Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Nossa Senhora da Purificação, Matriz de Pernes
Designação
DesignaçãoIgreja de Nossa Senhora da Purificação, Matriz de Pernes
Outras Designações / PesquisasIgreja Matriz de Pernes / Igreja Paroquial de Pernes / Igreja de Nossa Senhora da Purificação (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSantarém/Santarém/Pernes
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo do CemitérioPernes Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoSantarém
ConcelhoSantarém
FreguesiaPernes
Proteção
Situação ActualProcedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaEdital N.º 94/2006 de 11-08-2006 da CM de Santarém
Em 2-06-2006 foi dado conhecimento do despacho ao prorietário e à CM de Santarém
Despacho de 12-05-2006 da vice-presidente do IPPAR a revogar o despacho de abertura de 8-07-2003
Edital N.º 135/2003 de 13-10-2003 da CM de Santarém
Despacho de 8-07-2003 da vice-presidente do IPPAR a determinar a abertura da instrução do processo de classificação
Proposta de 3-07-2003 da DR de Lisboa para que seja proferido despacho de abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional
Despacho de concordância de 15-05-2003 do presidente do IPPAR
Parecer de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de 26-04-2003 da DR de Lisboa para que se considere que o imóvel não tem valor cultural para uma classificação de âmbito nacional
Proposta de classificação de 3-11-2002 da CM de Santarém
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDedicada a Nossa Senhora da Purificação, a igreja matriz de Pernes remonta ao século XVI, época que pensamos corresponder à sua primeira edificação. Ao longo dos séculos seguintes foi sendo alvo de diferentes campanhas de obras, que lhe alteraram, com certeza, a feição original, mas que respeitaram as intervenções anteriores, conservando parte dos seus elementos. São perceptíveis as marcas do século XVII, tal como as da segunda metade do século XVIII, quando o templo foi objecto de uma importante reestruturação, em consequência dos danos provocados pelo Terramoto de 1755.
Os elementos mais antigos que chegaram até nós, encontram-se numa das capelas da nave, aberta por arco de volta perfeita decorado por motivos vegetalistas, e exibindo, no interior, abóbada de nervuras estrelada, com bocetes esculpidos, apoiando-se sobre mísulas, também trabalhadas. Esta arquitectura quinhentista é, muito possivelmente, contemporânea da época da edificação do templo. Em todo o caso, nenhuma outra informação permite corroborar esta ideia, nem sequer perceber se existiu uma igreja de construção ainda mais remota. Os autores que dedicaram a sua atenção à matriz de Pernes apenas referem tratar-se de um "templo muito antigo" (SEQUEIRA, 1949).
A esta fase quinhentista seguiu-se um outra campanha, que podemos situar na primeira metade do século XVII, uma vez que datam deste período os azulejos de esquema enxaquetado que revestem duas capelas da nave. Na primeira, o padrão do silhar é mais compacto que o do registo superior, enquanto na outra capela existe apenas o padrão mais fechado. A nave é, também, percorrida por um silhar de azulejo seiscentista, de padrão polícromo. Retomando a questão das capelas, os seus arcos de volta perfeita, com colunas e entablamento a primeira (coberta por abóbada de berço em caixotões), e pilastras caneladas, suportando entablamento de métopas e triglífos, e frontão de lanços contracurvado formado por volutas, na segunda, pertencem, também, à campanha setecentista. Na verdade, e pelo alcance destas intervenções, a que podemos acrescentar os três arcos da parede fundeira, que correspondem à capela-mor, cremos que a espacialidade da igreja, unificada e de leitura imediata, ficou definida nesta época.
As Memórias Paroquiais de 1758 permitem perceber que o Terramoto de 1755 causou profundos estragos, ainda não reparados nesse ano. Remontam, assim, à segunda metade do século XVIII, a fachada e a torre sineira, bem como os retábulos de talha do interior. Com pilastras nos cunhais, este alçado é aberto, ao centro, pelo portal de verga curva, encimado por cornija. No registo superior, três janelas iluminam o coro alto, sendo a central de maiores dimensões, o que faz elevar a base do frontão que remata a fachada, desenhando um arco abatido. Num plano ligeiramente recuado, a torre sineira acompanha as linhas de força do alçado principal, com as sineiras em arco de volta perfeita, pináculos nos cunhais e remate em cúpula bolbosa.
Desta campanha são ainda os retábulos inscritos nos arcos fundeiros, correspondendo à capela-mor e diferenciando-se pelo desnível do pavimento. O retábulo-mor, de talha dourada e polícroma, a imitar marmoreados, foi custeado e oferecido à igreja pelo capitão-mor de Pernes, Marçal da Silva Botelho (IDEM).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom

IMAGENS

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