Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Santuário do Senhor de Perafita
Designação
DesignaçãoSantuário do Senhor de Perafita
Outras Designações / PesquisasSantuário do Senhor de Perafita (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Santuário
TipologiaSantuário
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaVila Real/Alijó/Vila Verde
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Perafita Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.388767-7.542109
DistritoVila Real
ConcelhoAlijó
FreguesiaVila Verde
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como CIP - Conjunto de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 171/2013, DR, 2.ª série, n.º 67, de 5-04-2013 (com restrição) (ver Portaria)
Procedimento prorrogado até 30-06-2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Anúncio n.º 13543/2012, DR, 2.ª série, n.º 197, de 11-10-2012 (ver Anúncio)
Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Parecer favorável de 23-02-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Nova proposta de 31-01-2011 da DRC do Norte
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Proposta de 28-10-2009 da DRC do Norte para a classificação como CIP
Despacho de abertura de 18-08-2003 da vice-presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 28-07-2003 da DR do Porto
Proposta de 7-02-2003 de um grupo de estudantes da Escola Superior de Educação de Lamego
ZEPPortaria n.º 171/2013, DR, 2.ª série, n.º 67, de 5-04-2013 (com restrição) (ver Portaria)
Anúncio n.º 13543/2012, DR, 2.ª série, n.º 197, de 11-10-2012 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 23-02-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Nova proposta de 31-01-2011 da DRC do Norte
Nova proposta de 11-05-2010 da DRC do Norte
Devolvido à DRC do Norte por despacho de 11-02-2010 do director do IGESPAR, I.P., para aplicação do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
Proposta de 28-10-2009 da DRC do Norte
Proposta de 15-02-2007 da CM de Alijó
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO primeiro milagre ocorrido na Fonte Santa remonta, de acordo com a tradição, ao século XVII, mas a construção do santuário só teve início na segunda metade da centúria seguinte. Não se sabe se entretanto houve alguma outra construção, mas as Memórias Paroquiais de 1758 apenas registavam a existência de uma capela dedicada a Santo António de Pádua e do cruzeiro que lhe era fronteiro, cuja imagem hoje se venera na capela-mor (de acordo com a lenda, foi para junto deste cruzeiro que jorrou a água milagrosa, pedida pelo pastor) (FERREIRA ALVES, 1987, p. 21).
Para as obras do santuário muito contribuiu a iniciativa do Arcebispo Primaz de Braga, D. Gaspar de Bragança, cuja importância neste processo é atestada pela colocação do seu brasão na fachada da igreja. A documentação subsistente estudada por Natália Ferreira Alves permite acompanhar as fases construtivas e conhecer os intervenientes. A capela-mor foi erguida antes da nave, em data incerta, seguindo-se, em 1774, o contrato para a obra de pedraria do corpo do templo, a cargo do mestre Francisco Correia de Matos (IDEM, p. 12, para a sua biografia veja-se pp. 15-16). Esta não deverá ter demorado muito tempo a ficar concluída pois no ano seguinte assinava-se o contrato para a obra de carpintaria com António de Mesquita Pais (IDEM, p. 15). Entre 1777 e 1778 era a vez da talha dourada (retábulo-mor, tribuna, retábulos colaterais, púlpitos, grades para o coro e para o púlpito), executada por Francisco Dias de Araújo, e com este documento encerra-se o ciclo de intervenções que se conhecem para a igreja (IDEM, p. 16).
No entanto, as obras prosseguiram e, na década de 1790, estava a ser construída a Casa dos Milagres, como atesta o ano de 1795 gravado no fecho de um dos arcos deste espaço.
Formado por um conjunto de edifícios que parecem desenhar um percurso interno, o santuário do Senhor de Perafita tem, para além da igreja, a Casa dos Milagres, a capela do Senhor dos Milagres, a fonte e o calvário.
A igreja, com nave octogonal e capela-mor rectangular profunda, flanqueada pelos corredores de acesso à sacristia, anexa à cabeceira, inscreve-se numa tipologia que se observa noutras igrejas nortenhas do denominado rococó bracarense (em Braga, Nossa Senhora da Guadalupe e a capela de São Sebastião, por exemplo), sob a influência de artistas como André Soares, à qual não é também estranha a fachada deste templo.
Com os cunhais marcados por pilastras e encimadas por fogaréus, a fachada principal é aberta por portal de verga curva envolto por pilastras e frontão interrompido pelas armas de D. Gaspar de Bragança. Esta envolvente liga-se à janela do coro, muito recortado, terminando o alçado num frontão contracurvado. No interior, as linhas estruturais estão marcadas por pilastras, destacando-se a presença de retábulos de talha dourada e branca. A capela-mor é coberta por tecto pintado em medalhões com a representação dos quatro Evangelistas e de Cristo, exibindo o retábulo uma antiga imagem pertencente ao cruzeiro que estava defronte da capela de Santo António de Pádua.
A torre sineira, de planta poligonal, e com uma fonte, encontra-se afastada da igreja. A Casa dos Milagres destaca-se pela varanda com arcarias. A partir desta, uma calçada conduz à capela com a mesma designação, também de planta poligonal e onde se encontram imagens alusivas à Crucificação, e muito perto localiza-se o Calvário, isto é, um recinto com cinco cruzeiros sem qualquer ornamentação.
Se na região de Trás-os-Montes a presença de santuários marianos era muito comum, o santuário do Senhor de Perafita insere-se numa vertente cristológica que denuncia a importância da devoção à Paixão de Cristo, no século XVIII, e à recriação do percurso do Calvário (IDEM, p. 2).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens21
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Três estudos bracarenses", Belas-Artes, Revista e Boletim da Academia Nacional de Belas ArtesSMITH, Robert C.Edição1970Lisboan.º 24-26 (2ª série)
O santuário do Senhor de Perafita: aspectos da mentalidade religiosa popular na segunda metade do século XVIIIALVES, Natália Marinho FerreiraEdição1987Vila Real

IMAGENS

Santuário do Senhor de Perafita - Fachadas norte e posterior

Santuário do Senhor de Perafita - Torre Sineira e Casa dos Milagres

Santuário do Senhor de Perafita - Fachada principal: remate do portal

Santuário do Senhor de Perafita - Fachada posterior e portão de acesso ao adro

Santuário do Senhor de Perafita - Torre Sineira e Casa dos Milagres

Santuário do Senhor de Perafita - Base da Torre Sineira e escada de acesso à Casa dos Milagres

Santuário do Senhor de Perafita - Vista geral da igreja

Santuário do Senhor de Perafita - Planta com a delimitação do conjunto e da ZP em vigor até ser fixada a ZEP

Santuário do Senhor de Perafita - Adro

Santuário do Senhor de Perafita - Planta com a delimitação do conjunto e da proposta de ZEP da DRCN e da SPAA do CNC (só em vigor após publicação no DR)

Santuário do Senhor de Perafita - Portão de acesso ao adro da igreja

Santuário do Senhor de Perafita - Capela dos Senhores dos Milagres e Fonte

Santuário do Senhor de Perafita - Fachada principal

Santuário do Senhor de Perafita - Capela do Senhor dos Milagres

Santuário do Senhor de Perafita - Portão de acesso ao adro e alçado sul da Casa dos Milagres

Santuário do Senhor de Perafita - Torre Sineira

Santuário do Senhor de Perafita - Escadaria de acesso à Capela do Senhor dos Milagres

Santuário do Senhor de Perafita - Fonte

Santuário do Senhor de Perafita - Casa dos Milagres

Santuário do Senhor de Perafita - Capela do Senhor dos Milagres

Santuário do Senhor de Perafita - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

MAPA

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