Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo
Designação
DesignaçãoQuinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo
Outras Designações / PesquisasQuinta da Fidalga / Quinta da Fidalga / Quinta do Monte do Carmo / Colégio de Nossa Senhora do Carmo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Quinta
TipologiaQuinta
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Sintra/Agualva e Mira-Sintra
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça da RepúblicaAgualva Número de Polícia: 12
LATITUDE LONGITUDE
38.773148-9.297766
DistritoLisboa
ConcelhoSintra
FreguesiaAgualva e Mira-Sintra
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaEdital n.º 253/06 de 11-07-2006 da CM de Sintra
Despacho camarário de classificação de 10-07-2006
Despacho de encerramento de 15-05-2003 do presidente do IPPAR, por não se inscrever nas categorias de MN e IP
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
A Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo, também conhecida por Quinta da Fidalga, localiza-se na Praça da República espaço que recentemente sofreu uma profunda alteração paisagística e onde antes se realizava a feira tradicional da Agualva. No recinto subsiste ainda o antigo cruzeiro assente em três degraus de pedra. Em redor da fachada principal do edifício, mandado erguer no segundo quartel do século XVIII por José Ramos da Silva, existe um muro gradeado onde se abre um portal de pilastras em pedra rematadas por pináculos piramidais e porta metálica encimada pelo brasão de D. Maria Osório Cabral. Dos terrenos agrícolas da antiga quinta, bastante amputada pela urbanização que atingiu fortemente este concelho, subsiste apenas uma pequena parcela nas traseiras do edifício. A atual propriedade encontra-se parcialmente delimitada por um muro pintado a amarelo, a mesma cor das fachadas. Na avenida dos Bombeiros Voluntários, subsiste outro portal da antiga da quinta composto por pilastras rusticadas rematadas também por pináculos. Na parte rural permanece ainda um lagar de fuso com as respetivas dependências, entre as quais um armazém com arcos de cantaria de volta perfeita, uma cisterna e um tanque de rega.
Carateriza-se, este interessante conjunto, por uma arquitetura de grande depuração formal, observando-se que edifício principal, que corresponde à antiga residência senhorial, ostenta uma planta retangular de dois pisos onde, na extremidade oeste, surgem adossadas duas construções - uma capela e uma imponente torre sineira. A fachada do edifício residencial apresenta-se seccionada por pilastras, ostentando ainda um friso de cantaria que acentua as diferenças entre os dois pisos. Os vãos, simétricos e retos, abrem-se em ambos os andares, sendo que no piso térreo, certamente destinado a armazém e serviços da quinta, alternam as portas e as janelas de dimensões muito reduzidas mas, no andar nobre, mais valorizado por corresponder aos espaços habitacionais, subsistem um conjunto de janelas de sacada com remate de cantaria saliente. No interior da residência, apesar das alterações que foram ocorrendo, é possível identificar o vestíbulo com ligação aos corredores centrais e às várias dependências.
A capela, dedicada a Nossa Senhora do Carmo e onde se encontra sepultado José Ramos da Silva, falecido em 1743, tem o primeiro registo da fachada em cantaria, solução que se estende à torre sineira. O portal da capela de verga reta é flanqueado por duas janelas e, na torre, abre-se um óculo gradeado. No segundo registo da fachada da capela surge uma janela alta e outras duas laterais, terminando o alçado num frontão triangular com um painel de azulejos alusivo à padroeira. Na torre, um segundo óculo e o registo da sineira são igualmente em cantaria. No interior do templo, merecem especial destaque o retábulo em talha dourada e policromada de meados de setecentos, o púlpito, os tetos em caixotões e o altar do lado da Epístola aberto em arco de volta perfeita (já do século XIX).

História
José Ramos da Silva, natural do concelho de Penafiel, emigrou para o Brasil de onde regressou em 1717 adquirindo, em 1726, a Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Posteriormente, já na segunda metade do século XIX, a quinta foi angariada pelo conde de Mesquitela casado com D. ª Maria Osório Cabral, ficando então a propriedade conhecida como Quinta da Fidalga.
No início do terceiro quartel do século XIX iniciou-se o processo de desanexação dos terrenos sendo que, durante o 25 de Abril, a propriedade foi ocupada para aí instalar uma Escola Primária. Em 1977, por decisão judicial, a quinta e os seus bens móveis são devolvidos aos proprietários que, no entanto, a acabam por vender. Atualmente o edifício pertence à Câmara Municipal de Sintra que aí pretende instalar o Conservatório de Música de Sintra.
Rosário Carvalho/IPPAR/2007. Maria Ramalho/DGPC/2015
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
SintraSERRÃO, VítorEdição1989Lisboa
Quintas e palácios nos arredores de LisboaSTOOP, Anne deEdição1986Lisboa
Armorial Lusitano: genealogia e heráldicaZÚQUETE, Afonso Eduardo MartinsEdição1961Lisboa
Agualva-Cacém e a sua históriaSOUSA, Ana MacedoEdição2000Agualva-Cacém
Agualva-Cacém e a sua históriaMASCARENHAS, TeresaEdição2000Agualva-Cacém

IMAGENS

Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo - fachada principal. CMS.2015

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt