Conjunto das Minas de São Domingos | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Conjunto das Minas de São Domingos | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Minas de São Domingos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Beja/Mértola/Corte do Pinto; Espírito Santo; Santana de Cambas | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Beja | ||||||||||||
Concelho | Mértola | ||||||||||||
Freguesia | Corte do Pinto; Espírito Santo; Santana de Cambas | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como CIP - Conjunto de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 414/2013, DR, 2.ª série, n.º 120, de 25-06-2013 (com restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 2-05-2013 da diretora-geral da DGPC Procedimento prorrogado até 30-06-2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Anúncio n.º 13815-A/2012, DR, 2.ª séire, n.º 250 (suplemento), de 27-12-2012 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 20-12-2012 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 17-12-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 14-12-2012 da DRC do Alentejo para a classificação como CIP Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de homologação de 28-01-1991 do presidente do IPPC Novo parecer de 14-01-1991 da 1.ª Secção do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como IIP Edital N.º 113 de 10-09-1990 da CM de Mértola Despacho concordância de 5-07-1990 do Secretário de Estado da Cultura Despacho de concordância de 30-05-1990 do presidente do IPPC Parecer de 21-11-1988 da 1.ª Secção do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como IIP Proposta de classificação de 7-09-1988 do IPPC | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 414/2013, DR, 2.ª série, n.º 120, de 25-06-2013 (com restrição da área de arqueologia) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 2-05-2013 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 13815-A/2012, DR, 2.ª séire, n.º 250 (suplemento), de 27-12-2012 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 20-12-2012 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 17-12-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 14-12-2012 da DRC do Alentejo | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A actividade mineira na região de São Domingos terá começado no período calcolítico, e continuado com maior intensidade a partir do século 8 a.C., particularmente durante o domínio romano. Na zona da mina fizeram-se diversos achados arqueológicos deste período, incluindo rodas hidráulicas então utilizadas para extracção da água. As minas estiveram abandonadas desde então, e até meados dos século XIX. Em 1854, dois anos após o decreto do Governo da Regeneração que pôs fim ao monopólio régio sobre a exploração mineira, Ernest Deligny, director das minas de Tharsis e Calañas (Huelva), enviou Nicolau Biava para fazer prospecção nas regiões de Grândola e Mértola. No mesmo ano, Biava requeria o direito de descobridor legal das minas de São Domingos, entre outras, e começava a preparar a exploração do local, onde existia uma importante jazida de pirite. Em 1857, Deligny, Louis Descazes e Eugène Duclerc recebem a concessão provisória da mina, e criam a empresa La Sabina. A empresa começou de imediato a extracção de minério, mas logo em 1858 arrendou o local a James Mason e Francis Barry, fundadores da Mason & Barry, que dinamizou verdadeiramente a exploração. A mina era composta por 27 poços verticais, e por uma rede de galerias e túneis rasgados na rocha em diversos níveis, entre as quais ainda se conserva a galeria romana. A exploração fixou inúmeros trabalhadores, fazendo o número de habitantes da região subir de poucas dezenas, à data da descoberta da jazida, até quase dez mil moradores nas novas aldeias erguidas no perímetro industrial. Estas aldeias, ou bairros operários, caracterizavam-se por casas térreas em banda, com fachadas caiadas, definidas por uma porta e uma janela, entre caminhos (largos) de terra batida. Os técnicos residiam em moradias com relvados à inglesa. Às habitações juntavam-se as casas das máquinas, oficinas e armazéns, uma central eléctrica (a primeira do Alentejo), instalações militares e de polícia, infrestruturas de lazer (biblioteca, teatro, campos desportivos), um hospital e respectiva farmácia, mercado, igreja e cemitério, uma estação de correio e telégrafos, duas represas, e por fim a linha de caminhos de ferro privativa, com c. 18 km., que ligava a mina ao Pomarão, o porto do Guadiana onde se carregava o minério destinado à exportação. Durante a vida activa da mina, foram retirados 25 milhões de toneladas de cobre. Porém, ainda em finais do século XIX o negócio entrou em crise, acompanhando a caída do valor do cobre nos mercados europeus, e levando ao início da exploração a céu aberto em São Domingos. Para tal, foram removidos três milhões de metros cúbicos de terras, ao longo de 20 anos. A operação voltou a garantir capacidade competitiva à mina, que era então a maior da Europa, com extracções anuais que chegaram a alcançar mais de 430.000 toneladas de pirite. A partir de 1920, depois da I Grande Guerra, a exploração entra em crise, e tenta-se compensar o declínio com a produção de enxofre em altos fornos, instalados em 1934. O enxofre, produzido a partir da pirite, destinava-se então essencialmente à CUF, no Barreiro. A exploração de pirite terminou em 1965, e a Mason & Barry declarou falência em 1968. A mina, encerrada em 1966, foi barbaramente saqueada por sucateiros logo após o encerramento, e ainda o é ao presente, encontrando-se em notório estado de abandono. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Conjunto das Minas de São Domingos - Planta anexa à portaria de classificação e fixação da respetiva ZEP, com a delimitação e a ZEP em vigor
Conjunto das Minas de São Domingos - Planta anexa à portaria de classificação e fixação da respetiva ZEP, com as condicionantes
Conjunto das Minas de São Domingos. Maria Ramalho, 2016.
Conjunto das Minas de São Domingos. Maria Ramalho, 2016.
Conjunto das Minas de São Domingos. Maria Ramalho, 2016.
Conjunto das Minas de São Domingos. Maria Ramalho, 2016.
Conjunto das Minas de São Domingos. Maria Ramalho, 2016.