Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Quinta de São Vicente
Designação
DesignaçãoQuinta de São Vicente
Outras Designações / PesquisasQuinta de São Vicente (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Quinta
TipologiaQuinta
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Ferreira do Alentejo/Ferreira do Alentejo e Canhestros
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Quinta de São VicenteFerreira do Alentejo Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoBeja
ConcelhoFerreira do Alentejo
FreguesiaFerreira do Alentejo e Canhestros
Proteção
Situação ActualProcedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaAnúncio n.º 13460/2012, DR, 2.ª série, n.º 186, de 25-09-2012 (ver Anúncio)
Despacho de arquivamento de 14-06-2011 do diretor do IGESPAR, I.P.
Procedimento (indevidamente) prorrogado até 31-12-2011 pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Parecer de 28-10-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.a propor a revogação da homologação
Parecer de 15-07-2009 do Conselho Consultivo. do IGESPAR, I.P. a propor a reavaliação do processo, por existirem reservas quanto à atribuição de grau de interesse nacional
Despacho de homologação de 29-07-2003 do Ministro da Cultura
Parecer de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor o grau de IIP
Despacho de abertura de 29-07-2002 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 23-07-2002 da DR de Évora
Proposta de classificação de Março de 1998 da CM de Ferreira do Alentejo
ZEPSem efeito, por ter sido arquivado o procedimento de classificação
Parecer de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. a propor a reavaliação do processo
Proposta de 24-06-2009 da DRC do Alentejo
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaNão se conhece com exactidão a data da fundação da Quinta de São Vicente, embora se aponte o século XVIII como a época mais provável por ter sido também nesta centúria que se instalaram em Ferrreira os primeiros Pessanhas (ESPANCA). Todavia, o imóvel que hoje conhecemos foi objecto de sucessivas intervenções, entre as quais se destacam pelo seu maior impacto as que ocorreram em 1870, a expensas de Luís Maldonado Pessanha e uma outra, na década de 1930, quando eram proprietários da quinta Diogo Francisco da Fonseca Maldonado Pessanha e sua mulher Matilde de Vilhena.
Esta família foi uma das mais importantes da região, ligada ao desenvolvimento da produção vinícola, e desempenhando vários cargos de poder nas instituições da vila. A sua relevância social ficaria bem expressa na quinta de São Vicente onde encontramos vários elementos heráldicos que não apenas testemunham os diversos ramos dos Pessanhas que por aqui passaram, mas também uma imagem de poder e prestígio que se pretendia impor ao meio circundante. Assim, ao brasão dos Maldonados, Azevedos, Gamas e Lobos presente no pavilhão da fachada principal, acrescenta-se o brasão do portal posterior, e as armas dos Pessanhas, Fonsecas, Reboredos, Maldonados, Infantes e Lacerdas, no grande lago do jardim (IDEM).
A casa é antecedida por um pátio a que se tem acesso por portão de pilastras almofadadas decorado por volutas e outros enrolamentos. A fachada principal, que denuncia a introdução de volumes e elementos oitocentistas, próprios do gosto revivalista da época, desenvolve-se em diversos planos, criando um dinamismo pouco comum na arquitectura civil do nosso país. Duas escadas de lanços paralelos dirigem-se ao andar nobre, todo ele aberto por arcaria de colunas toscanas, sobre as quais se encontra um terraço. Este corpo central é também definido pelo pavilhão recuado, com remate em empena e flanqueado por volutas, atrás do qual se observa uma torrela ameada, claramente de meados do século XIX. No terraço, o neoclassicismo está presente nos bustos de imperadores romanos que o decoram.
A fachada posterior, formar um U, é rasgada por janelas de sacada no andar nobre e o portal exibe um brasão. No interior, ganha especial interesse o conjunto de pinturas murai restauradas em 1930 por Ventura Faria (IDEM).
A casa tem continuidade nos jardins, pontuado por estátuas sobre pedestais alusivas às Estações do Ano, onde se destaca o grande lago, revitalizado em 1930 por Vasco Regaleira. Da sua estrutura em arcadas, que recorda a do Palácio dos Marqueses de Fronteira, em Lisboa, sobressaem os azulejos azuis e brancos a imitar os modelos do século XVIII, mas também realizados em 1930.
Uma referência final para a capela, a Sul, com entrada directa para os jardins.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Monografias Alentejanas - Ferreira do AlentejoMURALHA, PedroEdição1945Lisboa
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom

IMAGENS

Fachada principal

Fachada principal

Interior

Interior. Aspecto de uma sala

Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor enquanto esteve em vias de classificação

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
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