Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Casa da Gandarela, Capela de Santo António e jardim
Designação
DesignaçãoCasa da Gandarela, Capela de Santo António e jardim
Outras Designações / PesquisasCasa da Gandarela e Capela de Santo António (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Conjunto Urbano
TipologiaConjunto Urbano
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBraga/Celorico de Basto/Basto (São Clemente)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoBraga
ConcelhoCelorico de Basto
FreguesiaBasto (São Clemente)
Proteção
Situação ActualProcedimento caducado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaProcedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Despacho de abertura de 4-09-2000
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEdificada, muito possivelmente, no século XVII, a Casa da Gandarela é um dos muitos solares que caracterizam o concelho de Celorico de Basto, destacando-se pelo jardim, com as fantasiosas "esculturas" de buxo, na tradição dos denominados jardins de Basto, de influência inglesa e introduzidos na Casa da Igreja, por D. Emília Ermelinda Ferreira Pinto Basto.
O conjunto habitacional e a capela denunciam as diferentes remodelações de que foram objecto, principalmente durante as centúrias de Setecentos e início de Oitocentos, que corresponderam, como aliás em boa parte dos outros exemplos de quintas e solares, a um período de crescimento económico na região.
A via romana que ladeia a casa, a Sul (substituída a Norte pela estrada actual, em 1886), denota a antiguidade do lugar. A fachada principal do edifício de habitação revela uma linguagem depurada, própria do século XVII, desenvolvendo-se em comprimento e sendo aberta por um conjunto de vãos em ambos os pisos. Assim, no nível térreo, o portal, de verga recta, é flanqueado por uma janela e, do lado oposto, por uma outra idêntica e duas geminadas. A todos estes vãos correspondem janelas de sacada, assentes sobre volutas. Este alçado é prolongado pelo portal, de verga recta, mas encimado por um frontão de aletas com fogaréu central, já de linguagem barroca. Do lado oposto, o cunhal da casa recebe o brasão da família proprietária do imóvel, os Pereira, Araújo e Magalhães. São conhecidos alguns dos senhores da casa, todos eles detentores de cargos significativos: no início do século XVIII, Francisco Alves de Araújo, capitão-mor de Celorico, a que sucedeu o seu filho e neto, ambos mestres de campo dos Auxiliares de basto e fidalgos-cavaleiros da Casa Real (STOOP, 2004, p. 155). A casa foi vendida, no século XIX, a Jerónimo Pacheco de Campos Pereira Leite (deputado do Partido Regenerador), para pagar as dívidas contraídas por Manuel de Magalhães Araújo Pimentel (IDEM, p. 156). No interior da casa, destaca-se a escadaria de aceso ao andar nobre que, nestas edificações, é mais comum situar-se no exterior, e alguns tectos de masseira pintados.
A torre, integrada na fachada lateral da casa, inscreve-se na tradição das denominadas casas-torre de origem medieval, cujo modelo foi recuperado no século XVIII, restaurando as torres existentes nos edifícios ou construindo de raiz, como parece ser o caso da de Gandarela. Com três pisos, uma janela mainelada, e coroada por gárgulas de canhão e merlões, a torre tira partido de uma linguagem ecléctica, mais própria do século XIX, época em que deverá ter sido edificada ou reestruturada (IDEM, p. 156).
A capela, dedicada a Santo António, foi desmontada e deslocada do seu local original em 1886. A fachada termina em empena, com cruz sobre esfera, e é aberta por portal de frontão triangular. O elemento mais interessante é a torre sineira, cujo remate, em cúpula, deverá remontar ao século XIX. No interior, de nave única revestida por azulejos de estampilha, com coro alto, ganha especial interesse o retábulo-mor, de talha pintada de branco, que ocupa a totalidade da parede fundeira.
Por fim, resta referir os jardins, construídos já no século XX, mas segundo o modelo oitocentista, divulgado pelas irmãs Pinto Basto, e que tanto influenciou os jardins da região. São povoados por esculturas, fontes e "esculturas" de buxo, que alternam formas geométricas com outras formas de animais fantásticos.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Solares PortuguesesAZEVEDO, Carlos deEdição1988Lisboa
Palácios e casas senhoriais do MinhoSTOOP, Anne deEdição2000Porto
Casas antigas do Concelho de Celorico de BastoEdição1981Celorico de Basto

IMAGENS

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