Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palácio Conselheiro Branco
Designação
DesignaçãoPalácio Conselheiro Branco
Outras Designações / PesquisasPalácio do Conselheiro António Branco / Palacete de António Roberto de Oliveira Lopes Branco (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Palácio
TipologiaPalácio
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Figueira da Foz/Maiorca
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
40.165958-8.755609
DistritoCoimbra
ConcelhoFigueira da Foz
FreguesiaMaiorca
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaEdital n.º 137/05 da CM da Figueira da Foz, publicado em 31-03-2005, com adenda rectificativa de 13-06-2005
Despacho de abertura camarário de 2-04-2002
Despacho de encerramento de 15-05-2003 do presidente do IPPAR, por não ter valor nacional
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Implantado na zona antiga de Maiorca, próximo do Paço, o Palácio Conselheiro Branco destaca-se do casario que o envolve, pelas fachadas de linhas neoclássicas, cujo modelo radica no edifício da antiga feitoria inglesa da cidade do Porto.
O edifício desenvolve-se numa planta retangular, dividida em três pisos, à qual se adossa na zona posterior uma pequena construção. A fachada principal decompõe-se em três panos, marcados por pilastras, sendo marcada pela abertura regular de janelas. No piso inferior rasgam-se, lateralmente, janelas de peito com molduras de arco curvo que se prolongam até ao chão, recordando a arcaria da Feitoria. O tramo central apresenta três portas delimitadas por aparelho rusticado, que é aplicado apenas nesta secção.
No piso intermédio, as janelas de sacada alternam entre frontões semicirculares e triangulares, numa dinâmica contrária à que encontramos no referido edifício portuense, onde os frontões triangulares estão ao centro.
Segue-se um piso de janelas retangulares, encimado pelo remate da fachada, numa platibanda interrompida, ao centro, por uma grinalda, que originalmente exibia fogaréus, dos quais subsiste apenas um.
No interior, destacam-se os trabalhos de estuque e pintura em trompe l'oeil, de gosto neoclássico, principalmente os que decoram a claraboia, com elementos de arquitetura fingida que empregam um grande sentido cenográfico ao espaço.
História
Os dados referentes à construção do Palácio Conselheiro Branco são escassos, permitindo apenas avançar algumas propostas para reconstruir a sua história.
Pressupõe-se que a edificação datará das últimas décadas do século XIX, apontando-se o ano de 1884 como uma data eventual para o início dos trabalhos, muito embora nada possa confirmar esta informação. Do mesmo modo, o nome de André de Assunção tem surgido como o primeiro mestre de obras, embora não se conheçam quaisquer outras informações sobre a sua obra ou, sequer, sobre a sua participação no desenho ou na construção deste palácio (IPPAR, Processo de Classificação).
A edificação do imóvel deve-se a António Roberto de Oliveira Lopes Branco, importante figura política local que nasceu em Maiorca no ano de 1806, sabendo-se que se destinava a residência própria. Lopes Branco foi Juiz de Fora da Figueira da Foz e Governador Civil de Coimbra, tendo ficado conhecido por impulsionar o desenvolvimento da Maçonaria local como um dos fundadores da Loja Restauração. Desempenhou, também, importantes cargos ao serviço do Rei D. Luís, entre os quais se destacam o de Conselheiro de Estado e o de Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, tendo sido distinguido com brasão de armas em 1862. O Conselheiro viria a falecer em 1889.
Neste imponente palácio não deixa de ser interessante a utilização da antiga feitoria inglesa do Porto como modelo arquitetónico, já que aqui se transforma uma estrutura destinada a atividades comerciais em espaço de habitação. No entanto, deve salientar-se o eco bastante tardio desta replicação regional do neoclássico nortenho, já que o protótipo portuense foi desenhado em 1785, quase um século antes.
Depois da morte do Conselheiro, o imóvel albergou uma escola de freiras, um consultório médico, e uma creche, tendo sido adquirido cerca de 1930 pela Câmara Municipal da Figueira da Foz. Já na década de 1960 acolheu a Guarda Nacional Republicana, que entretanto desocupou o espaço. Todas estas diferentes funcionalidades obrigaram a reformas e adaptações, que alteraram e degradaram o edifício, principalmente os espaços internos.
O Palácio Conselheiro Branco foi classificado como de interesse municipal em 2005.
Catarina Oliveira
DGPC, 2018
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPPaço de Maiorca
Outra Classificação
Nº de Imagens9
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Neoclassicismo e Romantismo", História da Arte em PortugalANACLETO, ReginaEdição1986LisboaLisboa
Coimbra e RegiãoBORGES, Nelson CorreiaEdição1987Lisboa
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom
A Arte em Portugal no Século XIX (2 vols.)FRANÇA, José-AugustoEdição1990LisboaLisboa Data do Editor : 1966
Palácio Conselheiro Branco, Processo de Classificação, IPPAR/DRCPOLICARPO, IsabelEdição2002

IMAGENS

Palácio Conselheiro Branco - Planta com a delimitação e a ZEP do Palácio de Maiorca onde se situa (ver planta da ZEP publicada no DR em 28-01-2011)

Palácio Conselheiro Branco - Fachada principal

Palácio Conselheiro Branco - Fachada principal: remate superior

Palácio Conselheiro Branco - Fachada principal: entrada principal

Palácio Conselheiro Branco - Interior: pintura mural na caixa da escadaria nobre

Palácio Conselheiro Branco - Interior: escadaria nobre

Palácio Conselheiro Branco - Interior: clarabóia da escadaria nobre

Palácio Conselheiro Branco - Interior: tecto de uma das salas do piso nobre

Palácio Conselheiro Branco - Interior: tecto de uma das salas do piso nobre

MAPA

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