Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Edifício da Alfândega
Designação
DesignaçãoEdifício da Alfândega
Outras Designações / PesquisasEdifício da Alfândega da Figueira da Foz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Alfândega
TipologiaAlfândega
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Figueira da Foz/São Julião da Figueira da Foz
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Cais da AlfândegaFigueira da Foz Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.149019-8.857277
DistritoCoimbra
ConcelhoFigueira da Foz
FreguesiaSão Julião da Figueira da Foz
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaEdital de 27-05-2004 da CM da Figueira da Foz
Pedido de parecer de 13-03-2001 da CM da Figueira da Foz sobre a classificação como de IM
Edital de 22-02-2001 da CM da Figueira da Foz
Deliberação de 21-02-2001 da CM da Figueira da Foz a determinar a classificação como de IM
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Implantado na zona sul do centro da Figueira da Foz, junto ao rio Mondego, o Edifício da Alfândega é uma construção de planta retangular, rematada por friso que antecede o telhado, cuja fachada principal corresponde a uma das frontarias mais pequena. O frontispício é dividido em dois andares, sendo delimitado lateralmente por pilares dóricos embebidos no pano murário. No piso térreo rasga-se ao centro o portal retangular, com porta de madeira e ferro, encimado por entablamento superior e flanqueado por duas janelas de guilhotina. No registo superior foram rasgadas duas janelas de sacada com guarda de ferro e entablamento, no alinhamento das janelas inferiores. Entre estas janelas superiores estava originalmente colocado um brasão com as armas reais. As fachadas laterais, também divididas em dois registos, são marcadas pela abertura de janelas de guilhotina no segundo piso, apresentando uma porta de entrada no piso térreo.
História
O Edifício da Alfândega foi edificado na primeira década do século XVIII, desconhecendo-se o autor do projeto. O imóvel veio substituir o primitivo espaço alfandegário da Figueira da Foz, então bastante arruinado.
As primeiras notícias de uma alfândega na foz do Mondego datam de meados do século XVI, registando-se a existência de um almoxarife em 1559 (IPPAR/DRC, Proposta de classificação: 2002). Tal justifica-se pela importância e dinâmica do cais, situado no largo onde está implantado o atual edifício da Alfândega, que acompanhou o crescimento do comércio e da indústria da Figueira da Foz ao longo da época moderna e consolidado no século XIX.
A partir de 1676 registam-se ecos da degradação do imóvel primitivo, que oferecia poucas condições para o bom funcionamento dos serviços alfandegários devido ao mau estado de conservação. Por esta razão, o Conselho da Fazenda ordenou a sua reedificação, em 1692. O primeiro projeto, desenhado por Manuel do Couto, não foi edificado, já que alguns anos depois foi encomendada uma nova planta a um arquiteto de Lisboa, que também não deverá ter agradado, já que o desenho final escolhido seria de um mestre construtor de Coimbra (ROCHA: 1954, pp. 84-85).
Assim, o estaleiro da obra arrancaria somente em 1707, terminando-se no ano de 1711. É este edifício que, apesar da intervenção de conservação do século XIX (ordenada por provisão régia), se manteve até hoje. A sua linguagem, característica da transição do século XVII para o XVIII, é bastante depurada e austera para um edifício estatal. Mas o facto que mais causa estranheza são as suas dimensões, que deveriam estar longe de ser suficientes para responder às necessidades da época e, principalmente, do desenvolvimento que se fez sentir a partir de então (BORGES: 1991, p. 46).
Implantado desde a sua instituição num local estratégico e fulcral da Figueira da Foz, o Edifício da Alfândega testemunha o conhecimento das tipologias de arquitetura de equipamentos do século XVIII, constituindo uma memória edificada da importância portuária desta localidade e da sua crescente dinâmica comercial, estando classificado como de interesse municipal desde 2004.
Catarina Oliveira
DGPC, 2019
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom
Figueira da FozBORGES, José Pedro de AboimEdição1991Lisboa
Materiais para a História da Figueira nos Séculos XVII e XVIIIEdição1893

IMAGENS

Edifício da Alfândega - Fachada principal

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