Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Campo Militar de Aljubarrota - núcleo 1, correspondente à 1.ª posição do exército português; núcleo 2, correspondente à 2.ª posição de defesa do exército português
Designação
DesignaçãoCampo Militar de Aljubarrota - núcleo 1, correspondente à 1.ª posição do exército português; núcleo 2, correspondente à 2.ª posição de defesa do exército português
Outras Designações / PesquisasCampo Militar de São Jorge de Aljubarrota / Campo Militar de Aljubarrota (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Mista / Conjunto
TipologiaConjunto
CategoriaArquitectura Mista
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Batalha; Porto de Mós/Batalha (Batalha); Calvaria de Cima (Porto de Mós)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Quinta do Fidagfo Número de Polícia:
EN 1Calvaria de Cima Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.65613-8.831612
DistritoLeiria
ConcelhoBatalha; Porto de Mós
FreguesiaBatalha (Batalha); Calvaria de Cima (Porto de Mós)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaNúcleo 1 - Decreto n.º 18/2010, DR, 1.ª série, n.º 250, de 28-12-2010 (sem restrições) (ver Decreto)
Despacho de 23-03-2010 do director do IGESPAR, I.P. revogou o despacho de alargamento de 29-01-2009
Despacho de abertura (novo alargamento) de 21-01-2009 do director do IGESPAR, I.P.
Parececer do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. de 31-10-2007 a propor o alargamento da área de classificação
Despacho de homologação de 24-10-2002 do Ministro da Cultura
Despacho de abertura de 18-06-2001
Núcleo 2 - Decreto n.º 18/2010, DR, 1.ª série, n.º 250, de 28-12-2010 (sem restrições) (ver Decreto)
Despacho de homologação de 24-10-2002 do Ministro da Cultura
Parecer de 26-09-2002 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como MN
Despacho de abertura de 18-06-2001 do vice presidente do IPPAR
ZEPPortaria n.º 426/2012, DR, 2.ª série, n.º 175, de 10-09-2012 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de concordância de 26-07-2012 do diretor-geral da DGPC
Parecer de 18-06-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a manutenção da proposta de ZEP anterior, conforne Anúncio n.º 18152/211
Proposta de alteração de 14-06-2012 da DRC do Centro
Foram apresentadas 167 observações relativamente à proposta de ZEP
Anúncio n.º 18152/2011, DR, 2.ª série, n.º 234, de 7-12-2011 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 10-10-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 28-04-2011 da DRC do Centro
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Campo Militar de São Jorge, situado num planalto junto da povoação de Aljubarrota, foi o cenário de uma das mais importantes batalhas da história de Portugal. A Batalha de Aljubarrota constituiu episódio decisivo na afirmação da soberania nacional, bem como uma das mais relevantes batalhas medievais europeias. O seu desfecho representou a resolução da crise dinástica gerada aquando da morte de D. Fernando I.
Pelo tratado de paz de Salvaterra de Magos, assinado em 1383 entre o monarca português e D. João I de Castela, ficara acordado o casamento deste último com a infanta D. Beatriz de Portugal, celebrado pouco depois. Segundo as disposições do tratado, o filho que nascesse desse casamento herdaria o reino de Portugal, no caso de D. Fernando morrer sem deixar herdeiro varão. Quando tal aconteceu, e ficando regente D. Leonor Teles, o rei castelhano reclamou a coroa de Portugal e preparou a invasão do reino. Era assim desencadeada a crise de 1383-85, que esteve na origem da Batalha dos Atoleiros, em 1384, vencida por Portugal, e que terminaria com a vitória de D. João I em Aljubarrota, no ano seguinte.
O núcleo 1 corresponde à colocação inicial do exército português, enquanto o núcleo 2 respeita à posição final da batalha, a cerca de 2 km daquela, para onde se deslocou pouco antes da batalha, sob o comando de D. Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino. A contenda foi travada a 14 de Agosto de 1385 no cimo de um planalto, em posição bem defendida pelas características naturais do terreno e pela abertura de fossos e construção de barreiras de protecção camufladas.
O exército português adoptou um dispositivo rectangular, constituído por vanguarda apeada, com sucessivas filas de lanceiros, destinadas a enfrentar a cavalaria inimiga, numa táctica conhecida como técnica do quadrado, uma das novas técnicas de defesa da infantaria introduzida na Europa durante a Guerra dos Cem Anos. Os castelhanos avançam com a cavalaria, que é logo rechaçada nas obras de fortificação levantadas pelos portugueses, obrigando o inimigo a desmontar. Os atiradores do exército de D. Nuno castigam então os adversários, que encontram ainda uma frente de batalha afunilada, estreitada pelos fossos e barreiras. Ao mesmo tempo, as alas montadas não conseguiam rodear e cercar a formação portuguesa, devido à estreiteza do planalto. Assim, e repetindo noutra escala a proeza conseguida nos Atoleiros, os oito mil homens de D. Nuno Álvares Pereira e do recém-aclamado D. João I venciam as hostes de quarenta mil castelhanos comandados por D. João de Castela. O reino vizinho não conseguiu reorganizar nova campanha militar, pelo que a vitória nacional significou a manutenção da independência, juntamente como a afirmação de uma nova dinastia.
A Batalha de Aljubarrota é ainda uma das poucas na Europa onde é possível reconstituir o posicionamento das tropas. Diversas escavações arqueológicas, iniciadas por uma campanha que decorreu entre 1958 a 1960, e retomadas nos anos 80 e 90 e ainda em 2003 e 2004, permitiram encontrar 830 "covas de lobo" ou armadilhas escavadas, dispostas em quarenta filas, uma grande fossa com cerca de 182 metros de extensão e outras menores, para além de um fosso construído já depois da batalha, para prevenir o regresso dos castelhanos, e restos de ossadas de humanos e das suas montadas, que poderão estar relacionados com a batalha. De facto, Aljubarrota constitui um dos exemplos mais significativos da história dos sistemas e dispositivos tácticos utilizados na europeu de finais da Idade Média.
Junto ao campo militar existe uma capela, originalmente dedicada à Virgem, cuja construção se iniciou em 1393, e que traduz o agradecimento pela vitória de Portugal, expresso igualmente no Mosteiro da Batalha, levantado a partir de 1388. Ao lado da capela fica o novo Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, adaptação do antigo Museu Militar.
Sílvia Leite/ DIDA/ IGESPAR, I.P./2007
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCapela de São Jorge (Aljubarrota)Mosteiro da Batalha, compreendendo os túmulos, designadamente os de D. João I e da Rainha D. Filipa de Lencastre e do segundo Conde de MirandaViaduto conhecido por «Ponte da Boutaca»
Outra ClassificaçãoCapela de São Jorge (Aljubarrota)
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Escavações no campo da batalha de Aljubarrota: estado actual do problemaPAÇO, Manuel Afonso doEdição1960Lisboa
A Guerra em Portugal nos finais da Idade MédiaMONTEIRO, João GouveiaEdição1998Lisboa
"Memória da Batalha Real de 1385", in AA.VV., Tempos e História. Comemoração dos 500 Anos do Concelho e Vila da Batalha, pp. 37-75GOMES, Saul AntónioEdição2000Leiria

IMAGENS

Campo Militar de Aljubarrota - Planta com a delimitação e a ZEP do Campo Militar de S.Jorge de Aljubarrota (2ª posição)

Campo Militar de Aljubarrota - Planta com a delimitação e a ZEP do Campo Militar de S.Jorge de Aljubarrota (1ª posição)

Campo Militar de Aljubarrota - Planta com as diversas propostas de classificação

Campo Militar de Aljubarrota (núcleo 2) - Zona envolvente: monumento da missa campal

Campo Militar de Aljubarrota (núcleo 2) - Zona envolvente e acesso à Capela de São Jorge

Campo Militar de Aljubarrota (núcleo 2) - Zona envolvente

Campo Militar de Aljubarrota (núcleo 2) - Zona envolvente

MAPA

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