Dois conjuntos dos Armazéns de Sal (Palheiros) do Canal de São Roque | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Dois conjuntos dos Armazéns de Sal (Palheiros) do Canal de São Roque | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Palheiros de Sal do Canal de São Roque / Conjunto de Armazéns do Sal do Canal de São Roque (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Mista | ||||||||||||
Tipologia | Mista | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Aveiro/Aveiro/Glória e Vera Cruz | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Aveiro | ||||||||||||
Concelho | Aveiro | ||||||||||||
Freguesia | Glória e Vera Cruz | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Anúncio n.º 365/2013, DR, 2.ª série, n.º 225, de 20-11-2013 (ver Anúncio) Despacho de 4-10-2013 do Secretário de Estado da Cultura a revogar o despacho de homologação de 29-05-2003 Anúncio n.º 250/2013, DR, 2.ª série, n.º 136, de 17-07-2013 (ver Anúncio) Parecer favorável de 23-04-2013 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Informação favorável de 14-02-2013 da DRC do Centro Proposta de revogação de 14-12-2012 da CM de Aveiro, tendo em atenção o estado de degradação do núcleo nordeste e considerando que o núcleo sudoeste apenas tem valor municipal Despacho de homologação de 29-05-2003 do Ministro da Cultura Parecer de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP Proposta de classificação de 11-07-2000 da DR de Coimbra Despacho de abertura de 14-09-1999 do vice-presidente do IPPAR Proposta de abertura de 8-09-1999 da DR de Coimbra Proposta de classificação de 15-04-1999 da CM de Aveiro | ||||||||||||
ZEP | Sem efeito, por força da revogação do despacho de homologação da classificação Parecer favorável de 7-11-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 2-10-2009 da DRC do Centro | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914631 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O desenvolvimento de Aveiro só poderá ser plenamente compreendido quando inserido num contexto mais abrangente, onde o factor de litoralização assumiu desde sempre um papel preponderante, quando não mesmo crucial, conferindo-lhe todo um conjunto de especificidades que o destacam dos demais centros urbanos do nosso território continental. De entre as particularidades vivenciais de Aveiro, sobressaí, sem dúvida, a exploração das salinas, absolutamente indissociável do seu povoamento, tendo contribuído para a consolidação do seu núcleo primordial, ainda em finais do século XVI, altura em que os fenómenos de assoreamento implicaram o surgimento de alguns reveses observados na barra local e, por inerência, no comércio mantido com o exterior, do qual fazia parte integrante a transacção do sal extraído nas salinas aveirenses, então imprescindível ao crescimento da própria política expansionista portuguesa. Esta situação de decadência foi, entretanto, lentamente superada com a implementação do Estado Absolutista, já em pleno século XVIII, enquanto oitocentos assistiu à beneficiação da zona directamente relacionada com a barra.
Enquanto isto, e sempre que não se conseguia vender o sal durante a safra, optava-se por conservá-lo em montes em forma de grandes pirâmides cónicas, cuja superfície deveria ser cuidadosamente batida com um instrumento especialmente concebido para o efeito, a fim de garantir o seu perfeito alisamento e compressão. Esta protecção era, ainda, reforçada por uma cobertura de junça ou bajunça - colhida na própria Ria de Aveiro - e de pedaços de terra relvada, as únicas matérias que pareciam minimizar suficientemente a influência nefasta da chuva e do vento. Apesar destes múltiplos cuidados, o facto é que alguns dos montes acabavam por sofrer a acção destes agentes naturais, que, não poucas vezes, ocasionava a abertura de fendas na sua superfície e, por conexão, a perda do próprio sal. E esta terá sido a razão principal pela qual alguns dos mais abastados proprietários das explorações salineiras de Aveiro começaram a erguer, defronte das próprias salinas (das quais distavam escassíssimos metros) estruturas executadas em madeira, utilizadas como armazéns de sal. E se o critério primacial para a sua construção decorria, sobretudo, da necessidades de preservar fisicamente o produto comercializável, o controle dos seus preços e mercados não terá desempenhado um papel de somenos relevância. É, deste modo, que, em Aveiro, ainda remanesce um reduzido número destes armazéns (ou "palheiros", como no caso dos situados junto ao «Canal de São Roque»), essencialmente destinados à recolha e venda do sal, embora alguns deles tenham sido convertidos nos últimos tempos em locais de convívio, enquanto outros permanecem num indesejável estado de abandono e degradação. Recentemente, a Universidade de Aveiro promoveu a realização do primeiro congresso integralmente consagrado ao sal, cuja principal finalidade parece residir na ponderação e procura dos meios essenciais à elevação do salgado a património, além real viabilidade de recuperação de toda a estrutura constituinte da indústria do salgado da Ria de Aveiro, enquanto se encontra em "Vias de Classificação" o «Conjunto de Armazéns do Sal do Canal de São Roque». [ACNM] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 11 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Aveiro | GONCALVES, António Nogueira | Edição | 1959 | Lisboa | |
Aveiro e sua região | ROSA, A. Quaresma | Edição | 1979 | Aveiro | |
Aveiro na História | GASPAR, Mons. João Gonçalves | Edição | 1997 | Aveiro | |
Aveiro - do Vouga ao Buçaco | NEVES, Amaro | Edição | 1989 | Lisboa | |
Aveiro - do Vouga ao Buçaco | SEMEDO, Enio | Edição | 1989 | Lisboa | |
Aveiro - do Vouga ao Buçaco | ARROTEIA, Jorge Carvalho | Edição | 1989 | Lisboa | |
Aveiro: Aspectos Geográficos e do Desenvolvimento Urbano | ARROTEIA, Jorge Carvalho | Edição | 1998 | Aveiro | |
Aveiro -Apontamentos históricos | QUADROS, Rangel de | Edição | 1906 | ||
Aveiro e sua região | REBELO, Fernando | Edição | 1979 | Aveiro | |
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 2000 | Lisboa | Academia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom |
Aveiro e sua Provedoria no Séc. XVIII (1690-1814). Estudo Económico de um Espaço Histórico | AMORIM, Inês | Edição | 1996 | Porto |
Armazéns localizados junto ao Canal de São Roque - Vista geral
Armazéns localizados junto ao Canal de São Roque - Fachada principal
Dois Armazéns de Sal do Canal de São Roque - Canal de São Roque
Dois Armazéns de Sal do Canal de São Roque - Armazém transformado em local de convívio
Dois Armazéns de Sal do Canal de São Roque - Armazém desactivado
Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor enquanto esteve em vias de classificação
Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCC e a SPAA do CNC (não chegou a entrar em vigor)
Conjunto de Armazéns do Sal do Canal de São Roque - Vista principal de um dos armazéns
Conjunto de Armazéns do Sal do Canal de São Roque - Vista geral de um dos armazéns