Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços
Designação
DesignaçãoFábrica de Pólvora de Vale de Milhaços
Outras Designações / PesquisasFábrica da Pólvora Negra / Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços / S.A.P. - Sociedade Africana de Pólvora (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Fábrica
TipologiaFábrica
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSetúbal/Seixal/Corroios
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Quinta da Fábrica da PólvoraVale de Milhaços Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.619451-9.163508
DistritoSetúbal
ConcelhoSeixal
FreguesiaCorroios
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 740-BG/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (ver Portaria)
Procedimento (indevidamente) prorrogado até 31-12-2011 pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Diploma)
Edital N.º 078/2007 de 13-04-2007 da CM do Seixal
Despacho de homologação de 26-02-2007 da Ministra da Cultura
Parecer de 31-05-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação 23-12-2003 da DR de Lisboa
Edital N.º 94/2000 de 31-05-2000 da CM do Seixal
Despacho de abertura de 4-05-2000 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 3-05-2000 do Departamento de Estudos do IPPAR para a abertura de processo de classificação
Proposta de classificação de 22-04-1999 da CM do Seixal
ZEPPortaria n.º 740-BG/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (sem restrições) (ver Portaria)
Edital N.º 078/2007 de 13-04-2007 da CM do Seixal
Despacho de homologação de 26-02-2007 da Ministra da Cultura
Parecer favorável de 31-05-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Informação favorável de 27-01-2004 do IPPAR
Proposta de 23-12-2003 da DR de Lisboa
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181504
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA fábrica da pólvora de Vale de Milhaços iniciou a sua laboração em 1898, tendo em vista as perspectivas de exportação de pólvoras negras para Angola. Esta orientação da produção levou a que a própria empresa se chamasse "Companhia Africana de Pólvora" (CAP), relegando para segundo plano, ou mesmo para o esquecimento, o facto de terem sido capitais alemães a permitirem a sua constituição.
Dotada inicialmente de uma caldeira a lenha, os primeiros anos foram férteis em desenvolvimentos tecnológicos, provando-se, desta forma, quer o sucesso do empreendimento, quer a apetência dos seus proprietários e directores para constantemente actualizarem os processos de fabrico. Assim, logo em 1900 entrou ao serviço uma máquina a vapor Farcot, com potência de 125 cavalos. Em 1911, a primitiva caldeira deu lugar a outra, mais ampla e de fabrico nacional, que ainda hoje se mantém no conjunto, o que evidencia a sua grande capacidade para fazer frente a praticamente um século de produção a lenha.
A década de 20 marcou um período de renovado interesse pela matéria produzida em Vale de Milhaços, tendo a unidade sido adquirida por Francisco Camello, que deu nova designação à empresa gestora, passando esta a designar-se "Sociedade Africana de Pólvora" (SAP). Deve-se aos seus herdeiros a preservação do processo de fabrico da pólvora negra durante todo o século XX, até à definitiva desactivação da fábrica, ocorrida em 2001. Em 1997, decorrendo ainda a laboração, promoveu-se um detalhado registo do circuito de produção, com vista à sua preservação futura e disponibilização didáctica no Ecomuseu Municipal, bem como à musealização da unidade fabril, que se iniciou pelas antigas oficinas de carbonização.
O circuito de fabrico da pólvora negra é um complexo sistema de produção, que congrega vários sectores especializados e cuja disposição é ainda possível verificar no grande perímetro quadrangular ocupado pela fábrica, entre denso arvoredo. O ponto central é, todavia, a grande caldeira a vapor, sistema que permite o accionamento da energia mecânica que, por sua vez, faz funcionar toda a maquinaria, esta ligada entre si através de volantes de transmissão, veios e cabos aéreos teledinâmicos. São várias as oficinas dispersas ao longo da propriedade e que faziam parte integrante do sistema: trituração, encasque, prensagem, granulação, peneiração, lustração, secagem, pesagem e embalagem eram as actividades especializadas realizadas em cada uma, passando a matéria de pavilhão em pavilhão através de vagonetas em caminho de ferro. Esta relação de trabalhos dá uma ideia da dimensão da fábrica, que funcionava como estrutura integral de fabrico e de transformação, até à sua embalagem para exportação.
O perímetro industrial ainda se encontra em assinalável estado de conservação, incluindo dependências originais e abundante material de apoio. Escritórios, núcleo principal, refrigerador, casa de pesagem, estufa de vapor e praticamente todas as oficinas, com a sua característica arquitectura de tijolo, ferro e vidro, formando amplos espaços onde a produção podia ser facilmente realizada, são um conjunto patrimonial único no nosso país, estando o circuito de produção integralmente visitável por todos aqueles que assim o desejem.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens22
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços - Portão principal de acesso

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços - Arruamento principal com a portaria do lado direito

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços - Planta de localização e limites da Zona de Protecção do conjunto até ser fixada a ZEP

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, edifício da maquinaria a vapor.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, Oficinas de encasque na galga e de trituração de matérias-primas

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, edificio da máquina a vapor.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços,

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, pormenor do lago/Refrigerador, que liga ao edifício da maquinaria a vapor.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, pormenor das caldeiras de produção de vapor.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, oficinas.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, vista parcial da máquina a vapor (1900).

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, interior de uma das oficinas.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, vista parcial do interior do espaço da Fábrica da Pólvora.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, vista parcial da Casa das Caldeiras de produção de vapor

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, pormenor do carril de ligação entre oficinas

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, pormenor da oficina de encasque na galga e de trituração de matérias-primas

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, pormenor da Máquina a Vapor "Joseph Farcot" de 1900.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, vista junto às Oficinas de trituração de matérias-primas.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, interior de uma oficina.

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, vista parcial do volante da Máquina a Vapor "Joseph Farcot" (1900).

Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, vista parcial do interior da oficina de encasque na galga, Moinho de 2 galgas.

MAPA

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