Ponte sobre o rio Ázere | |||||
Designação | |||||
Designação | Ponte sobre o rio Ázere | ||||
Outras Designações / Pesquisas | Ponte de Ázere (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Ponte | ||||
Tipologia | Ponte | ||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||
Inventário Temático | |||||
Localização | |||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Arcos de Valdevez/Ázere | ||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||
Concelho | Arcos de Valdevez | ||||
Freguesia | Ázere | ||||
Proteção | |||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||
Cronologia | |||||
ZEP | |||||
Zona "non aedificandi" | |||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||
Património Mundial | |||||
Património Mundial Designação | |||||
Cadastro | |||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||
Descrição Geral | |||||
Nota Histórico-Artistica | A ponte de Ázere é mais uma das várias pontes medievais que recorreram a características construtivas sumárias, em prejuízo de eventuais rasgos arquitectónicos ou estilísticos, que funcionem, no presente, como indicadores mais ou menos seguros de cronologia. O facto de alguns silhares evidenciarem siglas de pedreiros - de acordo com o método laboral tardo-medieval de contagem dos blocos aparelhados - aponta para uma datação entre os séculos XIII e XV (ALMEIDA, 1987, p.135), mas a verdade é que pouco mais poderemos saber acerca do momento específico em que se decidiu a sua construção e, consequentemente, acerca dos seus promotores e circunstâncias económicas. Por outro lado, as flagrantes diferenças entre os dois arcos e alguns aspectos da estrutura devem motivar algumas reflexões em matéria de cronologia, a que aludiremos adiante. Ela compõe-se de dois arcos de volta perfeita, de aparelho regular e relativamente cuidado, mas evidenciando algumas anomalias entre si: enquanto que o do lado Norte (o único que apresenta siglas nos seus silhares) é definido por aduelas estreitas e compridas, o do lado Sul apresenta aduelas mais largas e curtas, algumas delas almofadadas (DGEMN, on-line). Perante estas evidências, estamos perante duas fases construtivas distintas, uma claramente medieval e outra posterior. Ainda ao nível da estrutura, existe um talhamar prismático entre os dois arcos, sobrepujado por um pegão hoje entaipado. Também o tabuleiro revela as transformações por que a estrutura passou. Ao contrário das típicas duplas rampas de acentuado declive que caracterizam as pontes medievais, ele é horizontal, elevando-se imediatamente acima da curvatura dos arcos e dispensando, assim, os enchimentos. A sua largura é de aproximadamente 4,20 metros, medida razoável para a passagem de carros de tracção animal nos anos da Baixa Idade Média. Com base nestes dados, assumiria grande probabilidade a pré-existência de uma estrutura romana, posteriormente adaptada e reformulada no século XIII ou XIV. Possuímos, contudo, uma indicação precisa acerca de uma grande reforma verificada no século XVII, responsável pela configuração actual da ponte. A 2 de Agosto de 1613 celebrou-se um contrato com João Rodrigues para a sua reconstrução, mestre que ficou encarregue de executar também a reconstrução da ponte das Mestas (DGEMN on-line). É a essa reforma que se deve atribuir os silhares almofadados do arco meridional e, muito provavelmente, a horizontalidade do tabuleiro. Em Setembro de 1999, uma violenta enxurrada destruiu parte do talhamar, algumas aduelas e ainda uma pequena secção do tabuleiro. As obras que, no ano seguinte, a autarquia promoveu limitaram-se a repor um antigo açude a montante da ponte, que evita as grandes correntes nas épocas chuvosas, mas não interveio sobre a estrutura. Ela continua a apresentar um aspecto desolador, com grandes falhas nas guardas de protecção do tabuleiro e desprovida de um plano de restauro, desobstrução de arbustos e valorização. Uma realidade que contrasta com a sua importância, visto ser um marco fundamental na história da pontística medieval regional, e nacional, e ser um dos poucos exemplos de pontes medievais refeitas na Idade Moderna, de que temos um precioso testemunho cronológico e estilístico. PAF | ||||
Processo | Localizada na Freguesia de Ázere e na Freguesia de Couto e Giela | ||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||
Outra Classificação | |||||
Nº de Imagens | 0 | ||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Pontes Medievais nos Arcos-de-Valdevez ", Portvcale, vol. 1, n.º 2, pp.148- 156 | PEREIRA, Félix Alves | Edição | 1928 | Porto | vol. 1, n.º 2, pp. 148- 56 |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa |