Ermida de São Sebastião, também denominada Igreja da Misericórdia de Canha | |||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||
Designação | Ermida de São Sebastião, também denominada Igreja da Misericórdia de Canha | ||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja da Misericórdia de Canha / Ermida de São Sebastião / Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Canha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Ermida | ||||||||||||||||||||
Tipologia | Ermida | ||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Montijo/Canha | ||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||||||||||
Concelho | Montijo | ||||||||||||||||||||
Freguesia | Canha | ||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||||||||||
Cronologia | Anúncio n.º 7/2013, DR, 2.ª série, n.º 6, de 9-01-2013 (ver Anúncio) Despacho de arquivamento de 24-01-2012 do diretor do IGESPAR, I.P. (ver Anúncio) Parecer favorável de 11-01-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de arquivamento de 14-12-2011 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo, por não ter valor nacional Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Devolvido pelo Ministério da Cultura ao IGESPAR, I.P. em 19-07-2010 para reponderar a classificação por ser propriedade da Igreja Católica, não podendo por isso ser classificado como IM Edital N.º 24/06 de 22-03-2006 da CM de Montijo Despacho de homologação de 30-07-1998 do Ministro da Cultura Proposta de 30-12-1997 da direcção do IPPAR para a classificação como VC, concordante com o parecer do Conselho Consultivo do IPPAR de 30-07-1993 Edital N.º 21/97 de 11-03-1997 da CM de Montijo Despacho de abertura de 15-10-1996 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 11-10-1996 da DR de Lisboa para a abertura da instrução de processo de classificação Parecer de 30-07-1993 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como VC Em 20-08-1986 a CM de Montijo enviou documentação relativa ao imóvel Em 17-01-1986 foi solicitado à CM de Montijo o envio de documentação para integrar um processo de classificação | ||||||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A tradição aponta a construção da igreja de São Sebastião de Canha no exacto local onde, no século XIII, a Ordem de Santiago ergueu um castelo, estrutura militar que se equaciona ter existido, mas da qual, infelizmente, nenhum outro elemento chegou até nós para além da memória toponímica na principal via da localidade: Rua do Castelo. Apesar das incertezas que rodeiam os primeiros séculos de existência de Canha, o facto de ter sido comenda santiaguista assegura uma relativa importância militar que, conjugada com as localidades de Belmonte e de Cabrela, reforçaria uma linha de defesa interior que, a seu tempo, se verificaria obsoleta mas que, num primeiro momento (logo a seguir às conquistas de 1147), teve, com certeza, a sua importância. Neste cenário, não admira que se comece a referir a igreja de São Sebastião no momento em que deixamos de ter notícias do castelo, em consequência da decadência da vila enquanto ponto estratégico. Com efeito, para a sua construção, o Município teve de obter autorização por parte da Ordem de Santiago. A carta de licença passada pelo mestre da Ordem, datada de 15 de Janeiro de 1571, só pode indicar que o castelo, se ainda existia, não tinha já qualquer valor para a instituição. De estrutura muito simples, composta pela justaposição da nave única e da capela-mor rectangular, o templo insere-se numa corrente estilística chã e rural, que tanto sucesso teve no Portugal interior e de menores recursos da segunda metade do século XVI e grande parte do século seguinte. A fachada principal é também marcada pela extrema simplicidade (característica reforçada por pequenas obras havidas ao longo dos tempos mais recentes) e a existência de duas portas laterais - que dão para outras tantas dependências posteriores à construção inicial do templo e que sugerem um interior mais amplo do que, na realidade, existe - não disfarçam essa modéstia construtiva. A modéstia artística está também bem presente no interior, em particular na solução dos tectos: em abóbada de meia laranja sobre a capela-mor e em madeira, de caixotões policromados (com o brasão de D. João V no painel central), sobre a nave. A partir de 1672, a igreja passou a ser a sede da Misericórdia de Canha, fundada, com grande probabilidade, em 1616 (SERRÃO, vol. IV, 1990, p.401), não obstante as tentativas de LANDEIRO, 17/3/1955, p.7 em recuar a fundação da instituição ao reinado de D. Manuel. Logo em 1622, Francisco Fernandes Meirinho determinou sepultar-se em campa rasa, à entrada da capela-mor, e ao longo do século XVII temos notícias de vários enterramentos no templo de importantes nomes da vila de Canha, que contribuíram com algumas obras de arte para embelezamento da igreja. De uma dessas iniciativas (o enterramento de Martim Fernandes e de sua mulher, Margarida Rodrigues, datado de 1674), chegou-nos o retábulo que ambor mandaram fazer, reaproveitado como retábulo-mor do templo, obra de talha dourada relativamente simples, com nicho axial para a imagem de Nossa Senhora da Conceição, sobrepujado por tela alusiva a São Martinho de Tours. No interior, conservam-se numerosas obras de proveniência desconhecida, casos de imagens devocionais dos séculos XVII e XVIII. De maior importância é a bandeira original da Misericórdia que, apesar de bastante repintada, revela bem a qualidade da pintura, atribuída, com grandes reservas, ao pintor maneirista André Reinoso (Vítor SERRÃO, seg. informação oral). Cortada a meio, as suas duas faces expõem-se na nave e representam a Mater Omnia, ou Virgem de Misericórdia (representação típica da Virgem que protege todas as classes sociais terrenas), e a Lamentação sobre Cristo Morto. PAF | ||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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História de Portugal, vol. IV | SERRÃO, Joaquim Veríssimo | Edição | 1990 | Lisboa | |
Igrejas e Capelas da Costa Azul | DUARTE, Ana Luisa | Edição | 1993 | Setúbal | |
As Misericórdias | GOODOLPHIM, Costa | Edição | 1897 | Lisboa | |
"A vila de Canha (IV)", A Província, nº5, 31/3 | LANDEIRO, José Manuel | Edição | 1955 | Montijo | |
"A vila de Canha (II)", A Província, nº2, 10/3 | LANDEIRO, José Manuel | Edição | 1955 | Montijo | |
"A vila de Canha (III)", A Provícia, 17/3 | LANDEIRO, José Manuel | Edição | 1955 | Montijo | |
Edifícios e monumentos notáveis do concelho do Montijo | GRAÇA, Luís | Edição | 1989 | Montijo | |
Subsídios para a História do Concelho do Montijo - cronologia geral | LUCAS, Isabel | Edição | 1992 | Montijo | |
Freguesias e Capelas curadas da Arquidiocese de Évora (sécs. XII-XX) | LOURO, Henrique da Silva | Edição | 1974 | Évora | |
Origens e Formação das Misericórdias Portuguesas | CORREIA, Fernando da Silva | Edição | 1999 | Lisboa |
Ermida de São Sebastião - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor enquanto esteve em vias de classificação
Ermida de São Sebastião - Fachada principal
Ermida de São Sebastião - Interior: capela-mor