Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Forte de Nossa Senhora da Guia
Designação
DesignaçãoForte de Nossa Senhora da Guia
Outras Designações / PesquisasForte da Baleeira / Forte de Nossa Senhora da Guia da Baleeira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Forte
TipologiaForte
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Vila do Bispo/Sagres
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
DistritoFaro
ConcelhoVila do Bispo
FreguesiaSagres
Proteção
Situação ActualProcedimento caducado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaProcedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12737527
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDo conjunto patrimonial do concelho de Vila do Bispo, um dos mais importantes é o núcleo de fortificações da linha de costa dependentes da Fortaleza de Sagres: Forte de São Vicente, Forte de Santo António do Beliche e Forte da Baleeira. Deste conjunto, apenas o Forte da Baleeira não possui protecção.
É propriedade privada, encontra-se em ruínas e pensamos que a sua actual existência se deve apenas às restrições de edificação pelo Parque Natural da Costa Vicentina, numa zona de grandes pressões e interesses ligados à actividade turística. Contudo em nome do bem público, parte dele já foi derrubado, aquando das obras de ampliação do porto da Baleeira. Os anos demonstram que corre o risco de desaparecer por completo, vítima das erosões naturais e das acções humanas, deixando uma lacuna no conjunto de bens de relevância cultural da Costa Vicentina.
Durante séculos o seu papel foi o da defesa da almadrava de atum e dos pescadores que aí habitavam contra as acções de pirataria. Por outro lado esta fortificação, integrada no sistema defensivo da linha de costa da região, possui também ela uma relação interpretativa com as outras fortificações do local.
Localizado no alto da falésia, sobranceiro ao porto de pesca, dominando a praia e a enseada da Baleeira, situa-se num prédio rústico com um coberto vegetal de matos rasteiros. É uma pequena fortificação de planta triangular abaluartada. Totalmente muralhada, continha no seu interior habitações da guarnição e uma ermida. Apresentava ainda uma plataforma a oeste, separada do recinto fortificado. Actualmente encontra-se arruinada, subsistindo apenas os arranques de parte da muralha e de um baluarte, das habitações e a arcaria de alvenaria da porta de entrada na fortificação.
Este pequeno forte, dependente da Praça de Guerra de Sagres, já se encontrava edificado em 1573, não se sabendo ao certo a data da sua construção. Os desenhos deixados à data do ataque de Francis Drake, apresentam-nos uma fortificação com sistema de construção igual ao da Fortaleza de Sagres, posteriormente ao ataque de Drake em 1587 e à reedificação levada a cabo entre 1633 e 1644 pelo Governador do Algarve D. Luis de Sousa: uma fortificação moderna, mantendo a sua traça triangular, mas agora abaluartada. No seu interior existiam as habitações da guarnição permanente e local de refúgio dos armadores em tempos de ataque e ainda uma ermida de invocação de Nossa Senhora da Guia, destruída pelo terramoto de 1755 que não voltou a ser reedificada.
Após as guerras civis liberais foi utilizado pela Praça de Sagres para ofensivas e vigilância de actos de contrabando, possuindo uma peça de artilharia funcional. Nos finais deste século foi alugado a um civil que o deixou ao abandono. Em 1940 foi entregue ao Ministério das Finanças e actualmente encontra-se totalmente abandonado. Com as obras do porto da Baleeira, nos anos 70 do século XX, todo o resto da muralha junto à falésia e o que restaria de dois baluartes foram arrasados.
Exemplar de arquitectura militar moderna, construído em alvenaria de pedra, apresenta traça triangular com um baluarte em cada vértice. Sobre a falésia, orientado para a enseada, corria um pano de muralha com merlões onde se encontravam posicionadas as peças de fogo. Um dos baluartes virado para terra flanqueava a porta de entrada do forte. No seu interior adossadas aos panos de muralhas entre baluartes, estavam edificadas as habitações dos militares.
Maria da Conceição Barão
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias13

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
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Levantamento Arqueologico do Algarve - concelho de Vila do BispoGOMES, Mário VarelaEdição1987FaroPublicado a 1987
A vila e a fortaleza de Sagres nos séculos XV a XVIIIFREITAS, JordãoEdição1983Lisboa
Levantamento Arqueologico do Algarve - concelho de Vila do BispoSILVA, Carlos Manuel Lindo Tavares daEdição1987FaroPublicado a 1987
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A freguesia da Vila de Sagres. Estudo histórico-monográficoMARTINS, José António JesusEdição2000Sagres
SagresGARCIA, José ManuelEdição1990Vila do Bispo
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"Duas descrições do Algarve no séc. XVI", Cadernos da Revista de História Económica e Social, nº3MAGALHÃES, J. RomeroEdição1983Lisboan.º 3
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Castelos, fortalezas e torres da região do AlgarveCOUTINHO, ValdemarEdição1997Faro
Algarve - Castelos, Cercas e FortalezasMAGALHÃES, NatérciaEdição2008Faro
"As fortificações da Praça de Sagres. Forte de Nossa Senhora da Guia da Baleeira", Revista da Marinha,CALLIXTO, Carlos PereiraEdição1987Lisboa
SagresCUNHA, Rui Manuel ManeiraEdição1990Vila do Bispo
A cidade e o termo de Lagos no período dos reis FilipesCORRÊA, Fernando Cecílio CalapezEdição1994Lagos
Aspectos do reino do Algarve nos séculos XVI e XVII: a descrição de Alexandre Massaii (1621)GUEDES, Lívio da CostaEdição1988Lisboa

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