Conjunto de arquitectura tradicional | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Conjunto de arquitectura tradicional | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | |||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Conjunto | ||||||||||||
Tipologia | Conjunto | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/São Brás de Alportel/São Brás de Alportel | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | São Brás de Alportel | ||||||||||||
Freguesia | São Brás de Alportel | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento caducado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) Despacho de abertura de 17-07-2000 | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Este conjunto, considerado representativo da arquitectura tradicional algarvia, é constituído por um edifício principal, de dois pisos, várias dependências anexas, reveladoras da história desta casa agrícola ao longo das últimas décadas, e ainda por uma horta que integra um igualmente tradicional sistema hidráulico de rega. A cronologia desta unidade patrimonial não está ainda inteiramente estabelecida, mas é de supor que o período inicial de construção remonte aos finais do século XIX ou à primeira década do seguinte, sendo certo que, entre as décadas de 30 e de 50 do século XX foi objecto de obras. O edifício principal é de planta longitudinal e o seu alçado principal apresenta uma organização simétrica de vãos: uma porta de acesso ao interior ladeada por seis janelas, três de cada lado, que encontra correspondência no andar superior, existindo aí seis janelas de sacada (protegidas com gradeamentos férreos situados na transição para o século XX) a ladear uma porta axial dotada de varandim. Neste piso nobre, existe ainda uma varanda que contorna o edifício por dois lados (sendo a parcela meridional - possivelmente a mais antiga - sustentada por colunata de cinco arcos), a que se acede através de uma dependência de cronologia posterior onde se integra uma cisterna. O interior organiza-se a partir de um corredor central em cada andar, sendo as dependências superiores destinadas à habitação familiar e as inferiores a actividades de apoio e de arrumação, possivelmente a maioria de carácter agrícola. São diversos os motivos de interesse no interior da casa. Na sala de entrada, ao nível do rés-do-chão, existem dois painéis de azulejos assinados por Jorge Colaço e datados de 23 de Outubro de 1933. Neles se representam actividades quotidianas típicas do Algarve (pesca de atum e camponesa montando um burro, tendo como fundo as amendoeiras em flor), realizados a partir de duas fotografias entregues ao pintor pelos então proprietários. Estes painéis provam a capacidade económica da família detentora do conjunto arquitectónico pelos anos 30, e também uma certa formação artística, eventualmente alcançada por via empírica, uma vez que recorreram a um dos mais importantes artistas azulejares do seu tempo, com trabalho documentado em relevantes obras nacionais, como o Hotel do Buçaco ou as muitas estações de caminhos de ferro do país. Nas principais salas da casa, os tectos foram tratados com fingimentos que, pela qualidade do trabalho, provam a presença de excelentes mestres-artífices. Ainda em relativo bom estado de conservação, estes fingimentos pretenderam recriar revestimentos de madeira (com ripas e molduras de caixotões), de damasco verde (na sala de jantar) e de pedras decorativas, numa considerável variedade de soluções que só enriquecem o conjunto. Na sala de entrada, um friso do tecto, composto por medalhões onde se pintaram aves exóticas e barcos, está assinado por Nunes Pinxil e datado de 1904, sintoma de que o enriquecimento artístico do interior do edifício terá sido uma constante logo desde a primeira hora. São diversas as dependências anexas ao conjunto, como díspares são as suas cronologias. Ao longo de duas ruas, que separam estas dependências do edifício principal, dispõem-se cocheira, adega, vacaria, pocilga, armazéns, celeiro, casa da caldeira, casa do forno, cozinha e diversos outros espaços de arrecadação. São construções de alvenaria rebocadas e caiadas, realizadas em cantaria, com telhados de telha de cano e uma açoteia com platibanda simples sobre o armazém. A horta ocupa cerca de 1ha. e está vedada por muro baixo, interrompido por portão de ferro ladeado por pilaretes. O sistema de rega aqui incluído é, paradoxalmente, o elemento de cronologia segura mais antigo, estando o poço (estrutura-base deste sistema) datado de 1894. Do conjunto fazem ainda parte diversos tanques e canais que percorrem o perímetro da horta, hoje inactivo. adapt. de Natércia Magalhães, 2001 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |