Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ponte da Tôr
Designação
DesignaçãoPonte da Tôr
Outras Designações / PesquisasPonte romana de Tôr / Ponte Romana de Tor (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Ponte
TipologiaPonte
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Loulé/Querença, Tôr e Benafim
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- sobre a ribeira de AlgibreTôr Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.189911-8.027118
DistritoFaro
ConcelhoLoulé
FreguesiaQuerença, Tôr e Benafim
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
CronologiaAviso n.º 16782/2019, DR, 2.ª série, n.º 202, de 21-10-2019 (ver Aviso)
Adenda de 31-03-2015 da CM de Loulé ao edital de 14-11-2014
Despacho de 31-03-2015 do presidente da CM de Loulé a determinar a alteração da categoria de classificação para MIM
Edital de 14-11-2014 da CM de Loulé
Deliberação de 29-10-2014 da CM de Loulé a aprovar a conclusão do procedimento de classificação como de IM
Enviada cópia do processo pelo Ministério da Cultura à CM de Loulé, em 11-05-2010, a fim de ponderar a conclusão do procedimento
Despacho de homologação de 10-08-1998 do Ministro da Cultura
Parecer de 29-07-1998 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como VC
Despacho de abertura de 7-10-1994 do presidente do IPPAR
Proposta de 20-09-1994 da DR de Faro para a abertura do processo de instrução da classificação
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA ponte de Tôr é uma das mais importantes pontes romanas da região, relevância que está directamente relacionada com a sua posição interior no território, a Norte de Loulé e numa zona de plena serra, cruzando a ribeira de Algibre. Apesar da sua origem ser bem conhecida (e de estar bem atestada pelos vestígios materiais remanescentes), é possível e provável que tenha sido objecto de beneficiação na época medieval, senão já em cronologias mais próximas, quem sabe se no reinado de D. Sebastião, indicação constante da memória ancestral local que, certamente, Francisco Xavier de Ataíde OLIVEIRA, 1905, p.151, passou à escrita.
Estruturalmente, compõe-se de três arcos de volta perfeita, organizados entre si de maneira harmónica, com o arco central de maior amplitude e os laterais de menor abertura e simétricos. Aquele arco central é a marca mais clara da imponência da estrutura, elevando-se a cerca de 7 metros do nível médio das águas da ribeira e tendo um vão de aproximadamente 11 metros. O seu aparelho é composto por grandes e regulares silhares bem aparelhados e por aduelas de talhe perfeito, o que reforça a cronologia romana do conjunto. Outras evidências desse período é o tabuleiro tendencialmente rectilíneo, não apresentando um muito claro cavalete, como seria de esperar se tivesse existido uma reforma medieval profunda.
Essa reforma, todavia, ocorreu, mas, pensamos nós, terá deixado marcas muito leves. Num dos arcos menores da estrutura, existe um escudo português, catalogado por PINTO, 1998, p.182, como "talvez renascentista", mas que pode bem corresponder à Baixa Idade Média. Por outro lado, este mesmo arco "apresenta um pequeno patamar na sua linha de lançamento, mostrando uma técnica construtiva diferente da mais frequentemente usada pelos romanos" (IDEM, p.182). Por estas características, facilmente se compreende como a campanha reformadora (consolidadora) se pautou por uma grande economia de meios, actuando tenuamente sobre partes que, eventualmente, ameaçassem ruir.
É por isso que quer a estrutura da ponte, quer os seus talhamares triangulares, quer ainda a linearidade do seu tabuleiro nos pareçam genericamente romanos, não existindo outros dados visíveis (que poderão estar ocultados pelo reboco de cal que cobre grande parte do conjunto) que nos levem a pensar o contrário.
A ponte englobava, na sua origem, cinco arcos (IPA on-line, em 24/6/2005), de que são visíveis apenas três, sendo este facto decorrente do progressivo assoreamento da ribeira (em particular na margem Norte), que, em época romana, era mais larga e teria um caudal bem mais forte, razão pela qual o arco central apresenta um vão tão largo.
Apesar da sua antiguidade e da coerência material das suas partes constituintes, a ponte romana de Tôr não foi ainda objecto de um estudo integral, que permita fazer um levantamento gráfico da estrutura e possibilite, então, o seu restauro. A distância do monumento em relação aos principais centros administrativos do país, bem como a relativa segurança da estrutura, tem facilitado este aparente abandono científico, mas cada vez mais se afigura como necessária uma consolidação que não pode prescindir de um estudo monográfico prévio. Nos últimos anos, efectuou-se um restauro pontual, de que não temos conhecimento administrativo, mas que se limitou a rebocar parte do enchimento dos arcos com cimento.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roman PortugalALARCÃO, Jorge Manuel N. L.Edição1988WarminsterPublicado a 1988
Pontes romanas de PortugalPINTO, Paulo MendesEdição1999LisboaData do Editor : 1999
Loulé. O património artísticoCARRUSCA, SusanaEdição2001Loulé
Arqueologia do Concelho de LouléMARTINS, Isilda Maria PiresEdição1988Loulé
Fornos de cerâmica e outros vestígios romanos no Algarve. Por Terras do Algarve. Ensaio de História e ArqueologiaMASCARENHAS, José FernandoEdição1974Maputo (Lourenço Marques)
Arqueologia Romana do Algarve. 2SANTOS, Maria Luisa Estácio da Veiga Afonso dosEdição1972Lisboa
Monografia do Concelho de LouléOLIVEIRA, Francisco Xavier d'AtaídeEdição1905Porto
Carta Arqueológica de Portugal: concelhos de Portimão, Lagoa, Silves, Albufeira, Loulé, São Brás de AlportelEdição1992Lisboa

IMAGENS

Ponte romana de Tôr - Vista de montante

Ponte romana de Tôr - Arco visto de montante

Ponte romana de Tôr - Remate de arco com pedra de armas (face montante)

Ponte romana de Tôr - Planta de localização

MAPA

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