Convento e Igreja do Corpus Christi (antigos) | |||||||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||||||
Designação | Convento e Igreja do Corpus Christi (antigos) | ||||||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Convento do Corpus Christi / Convento de Corpus Christi / Igreja de Corpus Christi (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Convento | ||||||||||||||||||||||||
Tipologia | Convento | ||||||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Santa Maria Maior | ||||||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||||||||||
Freguesia | Santa Maria Maior | ||||||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 628/2013, DR, 2.ª série, n.º 182, de 20-09-2013 (ver Portaria) Despacho de concordância de 29-08-2013 da diretora-geral da DGPC Proposta de 26-08-2013 da Unidade de Coordenação de Classificações da DGPC para alteração da designação para "Convento e Igreja do Corpus Christi (antigos) Anúncio n.º 2869/2012, DR, 2.ª série, n.º 30, de 10-02-2012 (ver Anúncio) Despacho de homologação de 12-02-2010 da Ministra da Cultura Despacho de concordância de 7-11-2007 do director do IGESPAR, I.P. Parecer de 31-10-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. a propor a classificação como IIP Despacho de abertura de 14-02-2002 do vice-presidente do IPPAR Proposta de de 9-01-2002 da DR de Lisboa para a abertura da instrução de processo de classificação do antigo Convento de Corpus Christi | ||||||||||||||||||||||||
ZEP | Despacho de 18-10-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. a concordar com o parecer e a devolver o processo à DRC de Lisboa e Vale do Tejo para apresentar propostas de ZEP individuais, ou conjuntas nos casos em que tal se justifique Parecer de 10-10-2011 da SPA do Conselho Nacional de Cultura a propor o arquivamento Proposta de 22-08-2006 da DR de Lisboa para a ZEP conjunta do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente | ||||||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 181504 | ||||||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A primitiva Igreja do Corpus Christi foi edificada a partir de 1648, sob os auspícios da rainha D. Luísa de Gusmão, em acção de graças após o falhado regicídio de D. João IV, intentado no exacto local da Baixa lisboeta onde se ergue o templo e no decorrer da tradicional procissão do Corpo de Deus, ao qual foi dedicado. O episódio foi rapidamente aproveitado como instrumento de propaganda contra Castela, servindo igualmente para reforçar a tese da protecção divina do reino de Portugal, associada à devoção pelo Santíssimo Sacramento. A capela integrava-se assim num conjunto de obras régias de forte carga ideológica, apresentando-se como um dos primeiros monumentos de celebração do sucesso da Restauração. O convento anexo foi edificado posteriormente, e entregue aos Carmelitas Descalços em 1661, embora as obras se tenham prolongado pelo menos até à primeira década do século seguinte. Da campanha de obras inicial, concebida por Teodósio de Frias, conhecem-se algumas descrições. Segundo fontes coevas, o templo, de planta quadrada, erguia-se sobre um soco baixo, tendo torre sineira e fachada vazada por pórtico de arcada dupla dando acesso ao portal de feição clássica, enquadrado por duas janelas e encimado por frontão ornado com as armas reais e por um nicho. No interior destacavam-se os alçados marcados por grandes arcos redondos, rematados por cimalha e articulados com as trompas de apoio ao zimbório, as seis tribunas, uma de maiores dimensões, e ainda os mármores de revestimento. Com o Terramoto de 1755 e o incêndio subsequente, o convento terá sofrido destruição quase total, ficando a igreja muito arruinada, embora possivelmente de pé. A sua reedificação no mesmo local não terá sido decidida de imediato, já que para aí esteve inicialmente prevista a vizinha Igreja de São Nicolau. Quando enfim tomou corpo, a reconstrução, a cargo do arquitecto Remígio Francisco de Abreu, integrou os edifícios na malha ordenada da Baixa Pombalina, e o novo convento, ocupando quase todo o quarteirão, foi parcialmente dividido em lojas e apartamentos para aluguer, destinadas a proporcionar rendimento aos frades. A igreja oitocentista reproduzirá pelo menos os traços fundamentais do templo original, sendo mesmo possível que tenha incorporado parte da estrutura sobrevivente, suposição permitida pela análise da planta e da sua inserção urbanística, dos alçados internos, com cobertura em cúpula assente igualmente em quatro arcos com cimalha corrida, e de alguns revestimentos marmóreos de embutido largo, muito empregue na arquitectura portuguesa da primeira metade do século XVII (VARELA GOMES, 2001, SOROMENHO, 2004 e RIBEIRO DOS SANTOS, idem). A planta centralizada (quadrado de cantos cortados), que constitui caso único na Baixa Pombalina, conserva o simbolismo de moimento, e até de martyrium, do edifício anterior, evocando o milagre da vitória régia sobre a morte, com uma conotação funerária que fora igualmente aproveitada aquando do sepultamento provisório de D. Luísa de Gusmão, em 1666. O espaço interior esteve dividido em sobrados, sendo hoje possível voltar a admirar a sua grande altura, bem como o esplendor dos mármores brancos, negros e rosa, iluminados pelas oito janelas da cobertura. A actual frontaria é o resultado de uma série de alterações posteriores à extinção das ordens religiosas e à consequente venda e remodelação do templo e do convento para usos comerciais, nomeadamente o desaparecimento do portal de frontão curvo interrompido da igreja pombalina, de que resta um desenho do século XIX, substituído por três portas de verga recta no piso térreo e igual número de janelas de sacada no segundo andar. As janelas do terceiro andar mantiveram-se, embora com alterações, sendo ainda hoje encimadas pelo frontão contracurvado, único elemento da fachada a recordar a antiga função religiosa, apenas coadjuvado pelo zimbório octogonal que sobressai da regularidade dos telhados pombalinos. DGPC/2013 | ||||||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||||||||||
Outra Classificação | Lisboa Pombalina | ||||||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Peregrinações em Lisboa | ARAÚJO, Norberto de | Edição | 1939 | Lisboa | Lisboa Número : 12 |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | ATAÍDE, M. Maia | Edição | 1988 | Lisboa | Local de Edição - Lisboa Data do Editor : 1988 |
Conventos de Lisboa | CAEIRO, Baltazar | Edição | 1989 | Lisboa | |
Arquitectura, Religião e Política em Portugal no século XVII - A Planta Centralizada | GOMES, Paulo Varela | Edição | 2001 | Porto | |
Mappa de Portugal | CASTRO, João Baptista de | Edição | 1763 | Lisboa | |
"O Convento de Corpus Christi: um caso de estudo", Monumentos, n.º 21, pp. 116-131 | SOROMENHO, Miguel | Edição | 2004 | Lisboa | |
"O Convento de Corpus Christi: um caso de estudo", Monumentos, n.º 21, pp. 116-131 | SANTOS, Maria Helena Ribeiro dos | Edição | 2004 | Lisboa | |
Dicionário da História de Lisboa | Edição | 1994 | Lisboa | ||
História dos Mosteiros, Conventos e Casas Religiosas de Lisboa, Vol. II | Edição | 1804 | Lisboa |
Antigo Convento de Corpus Christi - Fachada principal: registo superior e frontão da igreja
Antigo Convento de Corpus Christi - Fachada lateral (sul) e zimbório da igreja
Antigo Convento de Corpus Christi - Planta de localização do imóvel dentro da Baixa Pombalina, classificada como IIP (entretanto já ampliada para Lisboa Pombalina e classificada como CIP).
Antigo Convento de Corpus Christi - Planta ao nível do primeiro andar
Antigo Convento de Corpus Christi - Alçado principal (nascente)
Antigo Convento de Corpus Christi - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor