Teatro Garcia de Resende | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Teatro Garcia de Resende | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Teatro Garcia de Resende (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Teatro | ||||||||||||
Tipologia | Teatro | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||
Freguesia | Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | Abrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN | ||||||||||||
Património Mundial Designação | Centro Histórico de Évora | ||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Em 1881, por iniciativa do rico proprietário eborense José Maria Ramalho Moniz Perdigão, o engenheiro Adriano da Silva Monteiro (1846/1925) concebe o projecto para o teatro Garcia de Resende. Uma vez que esta empresa implicava custos bastante elevados, o investimento inicial foi suportado pela Companhia Fundadora do Teatro Garcia de Resende, sociedade dedicada ao incremento do progresso artístico eborense, da qual José Perdigão era accionista maioritário. Adriano Monteiro giza um traçado de inspiração em modelos neo-clássicos, tendo como paradigma as formas análogas encontradas em teatros italianos de meados do século XVIII, fonte à qual também foi beber o arquitecto José da Costa e Silva, responsável pelo projecto do teatro Nacional de São Carlos, na última década do século XVIII. No teatro eborense, tal como em São Carlos, encontramos um olhar cuidado para propostas arquitectónicas italianas como o teatro dela Scalla de Milão de Guiseppe Piermarini, construído entre 1776 / 78. Esta inspiração, é particularmente notória na austeridade da fachada principal, que se pauta por uma ausência de pormenores decorativos, sendo os próprios apontamentos arquitectónicos, como os frontões que coroam as janelas ou o ritmo imposto pela arcada tripartida, que fazem a animação parietal. A fachada principal, possui três registos, sendo coroada por um frontão simples. A um primeiro nível, portas de moldura rectangular encimadas por um lintel, enquadram, ao centro, uma galeria avançada. No segundo registo, janelas de moldura recta, de sacada, coroadas por frontões, antecem um último nível, composto por uma linha vertical de pequenas janelas, de secção quadrangular. Contudo, até 1969, a fachada conservava ainda alguns apontamentos decorativos, bastante sóbrios, como rosáceas em estuque e algumas aplicações em ferro forjado rendilhado, seguindo os austeros modelos estéticos que já haviam estado em voga um século antes. As obras iniciaram-se a 11 de Abril de 1881, no terreno da antiga cerca do convento de São Domingos, sob a orientação do mestre de pedraria Manuel de Oliveira da Silva, tendo prosseguido, sem entraves, até 1883, data em que todo o exterior do edifício estava já praticamente acabado. Chegando ao fim a verba prevista para a construção do edifício e estando o interior do teatro ainda por terminar, a continuação do projecto é adiada até 1886, ano em que o eborense Francisco Eduardo de Barahona Fragoso, impulsiona uma nova fase construtiva, investindo uma soma considerável visando levar a bom termo o projecto iniciado anos antes. Sob o auspício deste novo investimento, são contratados para a realização da decoração do espaço interior, os pintores naturalistas João Vaz, António Ramalho, bem como J. Eloy Amaral e Luigi Manini. É de destacar o tecto da sala de espectáculo, da autoria de Ramalho, uma delicada alegoria alusiva aos temas da tragédia e da comédia, com representações de musas e génios, que se articulam em torno da esfera armilar, onde se inscreve o nome de Garcia de Resende. O temário manuelino, sob a orientação de Ramalho e de João Vaz, prolonga-se para o pano de boca, encenando uma estrutura arquitectónica manuelina, enquadrada por um jardim. Estéticamente, todo o interior apela a uma linguagem formal eclética, de inspiração revivalista, patente ao longo das três ordens de camarotes que enquadram uma plateia de 100 lugares. SCP | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Teatro Garcia de Resende - Vista geral (fachada principal)
Teatro Garcia de Resende - Fachada principal: frontão
Teatro Garcia de Resende - Interior: pormenor do balcão