Nota Histórico-Artistica | É um edifício representativo da arquitectura chã, datável da segunda metade do séc. XVIII. Serviu de morada à Família Crispim, nomeadamente a José Barrs Crispim, cônsul de Inglaterra.
Ocupa, na totalidade, o espaço do gaveto formado pelas Ruas de São Pedro e do Prior. A fachada original da Rua de São Pedro exibe, no nível superior, quatro janelas de sacada cornijadas e, no piso térreo, uma porta almofadada. Posteriormente, foram abertos dois vãos de acesso, e junto ao beirado, foi acrescentada uma ornamentação em trabalho de massa .
No pátio de entrada, nitidamente setecentista, registe-se a presença de um arco com ornatos concheados, tendo ao fundo óculo a abrir para um oratório. Acede-se ao piso nobre por uma escada de dois lanços. Naquele se localizavam as salas de aparato (tectos com ornatos de masseira de estuque) e o espaço vivêncial da família proprietária, enquanto o rés-do-chão era ocupado pela cozinha, apoios e dependências da criadagem.
O último piso foi, originalmente, ocupado por sótãos aos que se acrescentou, posteriormente , uma estrutura de vigia, orientada à ria e ao mar, que possibilitava o acompanhamento das actividades económicas que, aí se desenvolviam, e eram do interesse familiar. (Natércia Magalhães/DRFaro/2002) |