Hotel Ritz | |||||||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||||||
Designação | Hotel Ritz | ||||||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Hotel Ritz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Hotel | ||||||||||||||||||||||||
Tipologia | Hotel | ||||||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Avenidas Novas | ||||||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||||||||||
Freguesia | Avenidas Novas | ||||||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 740-CJ/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (ver Portaria) Relatório final do procedimento elaborado em 3-02-2012 Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Anúncio n.º 9222/2011, DR, 2.ª série, n.º 127, de 5-07-2011 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 24-03-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. Parecer de 23-02-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a classificação do Hotek Ritz como MIP Nova proposta de 4-02-2011 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a classificação como MIP Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Devolvido em 26-08-2010 à DRC de Lisboa e Vale do Tejo para juntar proposta de ZEP Proposta de 30-07-2010 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a classificação como MIP Edital N.º 27/2005 de 18-03-2005 da CM de Lisboa Despacho de abertura 27-01-2005 do presidente do IPPAR Proposta de 17-01-2005 da DRC de Lisboa e Vale doTejo para a abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional do Hotel Ritz, incluindo o património integrado Despacho N.º 76/2004 de 8-07-2004 do presidente do IPPAR a determinar que se estude a eventual clasificação do Hotel Ritiz | ||||||||||||||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 740-CJ/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (sem restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento elaborado em 3-02-2012 Anúncio n.º 9222/2011, DR, 2.ª série, n.º 127, de 5-07-2011 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 24-03-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. Parecer favorável de 23-02-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 4-02-2011 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo | ||||||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 181504 | ||||||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O Hotel Ritz, embora inaugurado em 1952, é ainda hoje a imagem mais emblemática da hotelaria de luxo em Lisboa. A sua construção veio colmatar a falta de uma infra-estrutura do género na capital do país, que estivesse pelo menos ao nível do Reid's do Funchal e do Palace Hotel do Buçaco, e foi programada a nível governamental. Constituiu-se para o efeito uma Sociedade de Investimentos Imobiliários, da qual faziam parte empresários investidores como Manuel Queiroz Pereira ou o banqueiro Ricardo Espírito Santo, que negociaram o nome do hotel com a luxuosa cadeia Charles Ritz e entregaram o projecto arquitectónico a Porfírio Pardal Monteiro. Embora Pardal Monteiro tenha morrido antes da conclusão dos trabalhos, este último projecto viria a tornar-se uma das suas obras mais emblemáticas, apresentando soluções totalmente novas dentro do discurso estético deste prestigiado arquitecto do modernismo português. O edifício foi erguido num ponto privilegiado da cidade, numa zona central sobranceira ao Parque Eduardo VII, proporcionando amplas panorâmicas de Lisboa e do rio Tejo. A sua localização permite um rápido acesso à Baixa, ao aeroporto e à auto-estrada para Cascais, a única que existia na época. A sua monumentalidade, absolutamente excepcional no momento da sua construção, permanece marcante no contexto arquitectónico lisboeta. A importância do projecto, tanto a nível do interesse central (estando na época o pelouro do Turismo na dependência directa da Presidência do Conselho de Ministros) como a nível da sociedade promotora ou do próprio Pardal Monteiro, fica patente também na extensa lista de nomes do panorama artístico português que participaram na sua realização. Artistas plásticos como Almada Negreiros, Jorge Vieira, Lagoa Henriques, Querubim Lapa, Sara Afonso, Carlos Botelho ou Jorge Barradas, entre outros, realizaram obras para o hotel, sendo de realçar a harmonia resultante desta diversidade de colaborações. Não foram poupadas despesas em relação aos materiais construtivos ou à decoração, que incluía mobiliário fornecido pela Fundação Ricardo Espírito Santo, tapeçarias fabricadas em Bruxelas, candelabros de cristal austríacos, portas em mogno americano, fachadas integralmente revestidas a mármore e janelas com vidros duplos, estes produzidos em série pela primeira vez em Portugal. Georges Marquet, então presidente da cadeia Les Grands Hotels Européens, foi o responsável pelo projecto de hotelaria. O edifício principal, onde ficam os 290 quartos do hotel, estrutura-se como um grande paralelepípedo de arestas marcadas e linhas puras, com cobertura em terraço, evidenciando claramente a influência do modernismo internacional. As fachadas são quase integralmente vazadas por janelas com varandas rectangulares muito profundas, dando-lhes o aspecto de uma imensa grelha quadriculada rica em jogos de luz e sombra, e reforçando a tendência geométrica do projecto. A cobertura é em terraço, aproveitando as vistas sobre a cidade que a implantação proporciona. O corpo principal assenta num edifício de dois pisos, que aproveita o desnivelamento do terreno, e dá acesso a um terraço inferior ajardinado, com um largo espelho d'água rectangular. Uma das características arquitectónicas mais marcantes do conjunto é, de resto, a forma como este edifício baixo, destinado ao restaurante e a diversos serviços, funciona como plataforma de apoio do grande paralelepípedo dos quartos, através de imponentes pilares de sustentação. Esta relação fica bem evidente em algumas perspectivas do conjunto, que não foram prejudicadas pela ampliação posterior do projecto realizada pelo arquitecto Leonardo Castro Freire, autor das galerias comerciais projectadas sobre a Av. Joaquim António de Aguiar e a Rua Castilho. O Hotel Ritz ocupa sem dúvida um lugar central na história da arquitectura portuguesa modernista e da cidade de Lisboa, honrando definitivamente os seus autores e promotores. Sílvia Leite / DIDA - IGESPAR, IP | ||||||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 32 | ||||||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Arquitectura Moderna e Obra Global a partir de 1900 | TOSTÕES, Ana | Edição | 2009 | Porto | Colecção Arte Portuguesa - Da Pré-História ao Século XX, n.º 16 |
Arquitectura do Século XX - Portugal (Catálogo da Exposição) | Obra | ||||
"Os Verdes Anos na Arquitectura Portuguesa dos Anos 50" | Obra | ||||
Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970. Um Património a Conhecer e Salvaguardar | Obra |
Hotel Ritz - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
Hotel Ritz - Interior de casa de banho (instalação sanitária) de quarto
Hotel Ritz - Grupo escultórico da fachada
Hotel Ritz - Fachada nascente: corpo das galerias (Rua Marquês de Subserra)
Hotel Ritz - Fachada nascente: acesso às galerias (Rua Marquês de Subserra)
Hotel Ritz - Fachada nascente: varandas dos quartos
Hotel Ritz - Vista geral de sul
Hotel Ritz - Terraço ajardinado e espelho d'água
Hotel Ritz - Terraço inferior (vista de Norte)
Hotel Ritz - Interior: escadaria principal
Hotel Ritz - Interior de casa de banho (instalação sanitária) de quarto
Hotel Ritz - Terraço inferior e espelho d'água
Hotel Ritz - Interior: átrio de suite
Hotel Ritz - Interior: átrio de suite
Hotel Ritz - Interior de casa de banho (instalação sanitária) de suite
Hotel Ritz - Interior: sala de conferências
Hotel Ritz - Interior: arca (mobiliário de época)
Hotel Ritz - Interior: sala de refeições
Hotel Ritz - Interior: pormenor de painel decorativo do átrio
Hotel Ritz - Interior de quarto
Hotel Ritz - Interior de suite
Hotel Ritz - Interior de suite: zona de estar e de refeições
Hotel Ritz - Interior: coluna com decoração cerâmica junto da escadaria do átrio
Hotel Ritz - Interior de suite: sala de estar
Hotel Ritz - Interior: coluna com decoração metálica
Hotel Ritz - Interior: passagem do átrio
Hotel Ritz - Interior: escadaria principal
Hotel Ritz - Vista envolvente a partir da varanda de quarto (Praça do Marquês de Pombal)
Hotel Ritz - Interior de quarto
Hotel Ritz - Fachada Sul: bloco de quartos
Hotel Ritz - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
Hotel Ritz - Terraço das galerias