Casa Dr. Barata dos Santos | |||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||
Designação | Casa Dr. Barata dos Santos | ||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa de Francisco Barata dos Santos / Casa Dr. Barata dos Santos / Casa do Arquiteto Nuno Portas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Vivenda | ||||||||||||||||||||
Tipologia | Vivenda | ||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Vila Viçosa/Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu | ||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||||||||||
Concelho | Vila Viçosa | ||||||||||||||||||||
Freguesia | Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu | ||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 365/2017, DR, 2.ª série, n.º 203, de 20-10-2017 (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 25-08-2017 do subdiretor-geral da DGPC Anúncio n.º 59/2017, DR, 2.ª série, n.º 77, de 19-04-2017 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 9-11-2016 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 3-11-2016 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 20-11-205 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a classificação como MIP Despacho de 18-08-2015 do diretor-geral da DGPC a solicitar ao Departamento dos Bens Culturais da DGPC a instrução do procedimento Proposta de 3-08-2015 da DRC do Alentejo para que a instrução do procedimento seja entregue a especialista da arquitetura moderna Anúncio n.º 152/2015, DR, 2.ª série, n.º 111, de 9-06-2015 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 23-04-2015 do diretor-geral da DGPC Proposta de abertura de 10-04-2015 da DRC do Alentejo Proposta de classificação de 9-08-2012 de particular Despacho de encerramento de 26-05-2008 do director do IGESPAR, I.P., por não ter valor nacional Proposta de encerramento de 15-06-2007 da DRC do Alentejo Despacho n.º 67/2004 - PRES., de 18-06-2004, do Presidente do IPPAR a determinar que se estude a eventual classificação com carácter de urgência | ||||||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Moradia unifamiliar, concebida e construída na transição das décadas de 50 e 60 do século XX, na raia alentejana e, como tal, muito longe dos grandes centros urbanos do litoral, que se constituiu logo como uma referência obrigatória para o escol de arquitetos de então. As razões do seu protagonismo (ontem, como hoje) são várias. Desde logo, pela notoriedade do gabinete do arquiteto Nuno Teotónio Pereira e dos seus jovens e irreverentes colaboradores, Nuno Portas e Pedro Vieira de Almeida. Depois, porque a sua conceção foi alvo de uma profunda e inédita reflexão teórica, em resultado da consciência de que se vivia numa época complexa, porque de crise e de encruzilhada, mas também de oportunidade e esperança. Depois, ainda, pela sua localização num contexto de grande responsabilidade urbana, pela homogeneidade de um casario tradicional que é pontuado por imóveis de grande valor cultural, como o castelo medieval e artilheiro, o Convento dos Agostinhos ou a Casa dos Arcos. O quadro cultural português de então - no mundo da arquitetura e do urbanismo - balizava-se pelos paradigmas da "arquitetura de regime" do Estado Novo, que se queria definitivamente superado, do "movimento moderno", que se pretendia resgatar e retomar face aos equívocos do passado, e do Inquérito à Arquitetura Popular, que servia de mote ou inspiração para as novas realizações. Esta obra surpreendeu, causando estranheza e encanto, precisamente porque ultrapassa aqueles horizontes e introduz referências até então inéditas em Portugal. Trabalho de "pesquisa laboratorial" porque, ao contrário do que era prática, discorre da teoria (antropológica, sociológica, psicológica, espacial e histórica) para a prática (do projeto). Isto, porque o Homem (da 'realidade real', que não do 'laboratório moderno') é muito mais complexo do que se fazia crer. Depois, porque procura, de forma inédita, conciliar "global" com "local". Global por citação erudita (F. L. Wright, C. Scarpa, A. Aalto, A. Coderch, etc.) e civilizacional (a matriz mediterrânica, a vivência intimista entre muros e pátios, etc.). Local por recriação popular (a fragmentação volumétrica, a espessura e materialidade dos paramentos alvos e as coberturas em telha) e invenção culta (o uso do mármore, os balanços esquinados, os muros recortados, a complexidade espacial, a seleção de vistas, o apelo do desenho, etc.). Muitos mundos num só. Isso explica os seus logros e limitações. História No final de 1957, o Dr. Juiz Francisco Barata dos Santos encomenda ao gabinete de Nuno Teotónio Pereira a realização de uma moradia num terreno de sensivelmente 650 m2, de forte pendente, com três frentes em meio quarteirão, diante do castelo medieval. A proximidade de Nuno Portas a Vila Viçosa, sua terra natal, como ao cliente, seu tio, fez muita diferença, pelo protagonismo que lhes permitiu (a ele e aos colegas) no processo, pelo conhecimento e afeição ao lugar e pela interpretação que se permitiram das necessidades e vivências a introduzir no habitar. Daí o cuidado na introspeção da habitação, mas com pleno usufruto dos seus espaços exteriores, afáveis e relaxantes, na cuidadosa seleção de vistas (do castelo, do alto de São Bento e do Convento dos Agostinhos), na atenção aos imaginários familiares (o quarto em torre para a "princesa" da família), no controlo da formalidade e informalidade dos espaços, até ao ultrapassar sensível do orçamento. Paulo Duarte DGPC, 2017 | ||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||||||
Outra Classificação | Vila Viçosa, vila ducal renascentista | ||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970. Um Património a Conhecer e Salvaguardar | AA.VV. | Edição | 2004 | Lisboa | Catálogo que organiza o trabalho de levantamento e rastreio divulgado na exposição itinerante ¿Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970¿ que o IPPAR organizou e que tem vindo a ser apresentada em todo o território nacional e Moçambique. Conjunto de textos de enquadramento e fichas das obras mais representativas de um período de rara criatividade e de verdadeira internacionalização da arquitectura portuguesa, oferecendo simultaneamente uma visão global de toda uma época e sob as mais diversas perspectivas críticas e temáticas. Coordenação científica da Arqª. Ana Tostões. |
Arquitectura do Século XX - Portugal (Catálogo da Exposição) | TOSTÕES, Ana Cristina | Edição | 1998 | Frankfurt - Lisboa | Prestel / Deutsches Architektur - Museum, Frankfurt am Main / Portugal - Frankfurt 97 / Centro Cultural de Belém |
Arquitectura do Século XX - Portugal (Catálogo da Exposição) | BECKER, Annette | Edição | 1998 | Frankfurt - Lisboa | Prestel / Deutsches Architektur - Museum, Frankfurt am Main / Portugal - Frankfurt 97 / Centro Cultural de Belém |
Arquitectura do Século XX - Portugal (Catálogo da Exposição) | Wang, Wilfried | Edição | 1998 | Frankfurt - Lisboa | Prestel / Deutsches Architektur - Museum, Frankfurt am Main / Portugal - Frankfurt 97 / Centro Cultural de Belém |
Casa Dr. Barata dos Santos - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor
Casa Dr. Barata dos Santos - Planta anexa à portaria de classificação, com a delimitação e a ZGP em vigor