Solar de Água de Peixes | |||||
Designação | |||||
Designação | Solar de Água de Peixes | ||||
Outras Designações / Pesquisas | Paço de Águas de Peixe / Palácio dos Duques de Cadaval (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Solar | ||||
Tipologia | Solar | ||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||
Inventário Temático | |||||
Localização | |||||
Divisão Administrativa | Beja/Alvito/Alvito | ||||
Endereço / Local |
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Distrito | Beja | ||||
Concelho | Alvito | ||||
Freguesia | Alvito | ||||
Proteção | |||||
Situação Actual | Classificado | ||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||
Cronologia | Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto) | ||||
ZEP | |||||
Zona "non aedificandi" | |||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||
Património Mundial | |||||
Património Mundial Designação | |||||
Cadastro | |||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||
Descrição Geral | |||||
Nota Histórico-Artistica | O solar de Água de Peixes insere-se numa propriedade de grandes dimensões com quinta, pomar, vinha, azenha e casas de habitação e agrícolas (ESPANCA, Túlio, 1993). De planta rectangular, esta casa alentejana desenvolve-se em função de um pátio com poucas aberturas para o exterior, sendo por muitos considerada como "precursora" do monte alentejano (AZEVEDO, Carlos de, 1969, p. 106). As referências históricas sobre este núcleo remontam ao reinado de D. Dinis. Mas, ao longo dos séculos o solar teve diversos proprietários, de famílias distintas, que imprimiram ao conjunto valores estéticos e arquitectónicos diferenciados. Por isso encontramos hoje elementos góticos, manuelinos, mudéjares e maneiristas, que reflectem não um projecto único e coerente, mas sim uma série de intervenções estruturais e decorativas, resultantes do gosto e das imposições funcionais sentidas em diversos períodos da história deste conjunto. Subsistem alguns portais da época gótica, um dos quais com heráldica. No entanto, as principais construções remontam ao período manuelino, e as influências mudéjares que se observam em elementos decorativos, janelas e vãos, devem-se à intervenção de D. Rodrigo de Melo (Conde de Tentúgal e Primeiro Marquês de Ferreira), que, tendo vivido a sua infância e juventude no Sul de Espanha, foi muito influenciado pelas reminiscências islâmicas da arte andaluza. Um dos exemplos mais significativos desta opção estética observa-se no balcão geminado situado no ângulo oriental do conjunto, que apresenta arcos de ferradura ultrapassados e colunelos de mármore com decoração mudéjar. Tal como as janelas do andar nobre, maineladas, com arcos em ferradura (construídos em tijolo, técnica comum noutros edifícios desta época) e capitéis de inspiração árabe. Uma das janelas, na empena, anuncia as janelas de canto, que mais tarde se vão generalizar por via do renascimento italiano (AZEVEDO, Carlos de, 1969, p. 107). O claustro, de dois andares, com arcadas e colunas dóricas "atarracadas" no piso térreo, funciona como elemento distribuidor dos espaços, articulando as dependências em seu redor. No piso superior, de acesso à zona residencial, a galeria quinhentista com colunata é uma estrutura da primeira metade do século XVI com acabamentos da segunda metade do mesmo século. O portal principal, inscrito no alçado Este, de arquitectura manuelina-mudéjar, apresenta o brasão de D. Rodrigo de Melo, e o seu desenho reproduz, sem diferenças significativas, a portada da sala nobre da casa-mãe do Palácio Cadaval em Évora (ESPANCA, Túlio, 1993). No piso térreo, e comunicando com o claustro, destaca-se a capela de características manuelinas. Antecedida por nártex com abóbada de nervuras e portal gótico, a capela apresenta no seu interior nave de dois tramos com abóbada rebaixada nervurada, com cordão de cantaria (raro, segundo Túlio Espanca), chave central de grandes dimensões e mísulas de escultura de tradição gótica. Na capela-mor a abóbada é abatida e estrelada. Exteriormente, destacam-se os contrafortes cilíndricos, tão frequentes na arquitectura alentejana da época. As frestas de carácter gótico que iluminam a nave abrem para um fosso. SML | ||||
Processo | |||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Pelourinho de Água de Peixes | ||||
Outra Classificação | Pelourinho de Água de Peixes | ||||
Nº de Imagens | 1 | ||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Palácios e solares portuguezes (Col. Encyclopedia pela imagem) | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1900 | Porto | |
El mudejarismo en la arquitectura portuguesa de la epoca manuelina | PEREZ EMBID, Florentino | Edição | 1955 | Madrid | |
A arte manuelina na arquitectura de Alvito | MANIQUE, Luís de Pina | Edição | 1949 | Lisboa | |
Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra |
Solar de Água de Peixes - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor