Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ruínas do antigo Sanatório-Albergaria Grandella
Designação
DesignaçãoRuínas do antigo Sanatório-Albergaria Grandella
Outras Designações / Pesquisas
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Loures/Lousa
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Tocadelos, Cabeço de Montachique Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoLisboa
ConcelhoLoures
FreguesiaLousa
Proteção
Situação ActualProcedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaEm 12-11-2021 foi dado conhecimento do despacho à CM de Loures
Despacho de 12-11-2021 do diretor-geral da DGPC a determinar o arquivamento da proposta de abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional
Proposta de 10-11-2021 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para o arquivamento da proposta de abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional
Proposta de 9-08-2021 da Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial da DGPC para a abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional
Pedido de informação de 8-07-2021 da CM de Loures sobre o valor patrimonial das ruínas
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaAs ruínas do Sanatório Albergaria situam-se junto à povoação de Montachique, freguesia de Lousa, no sopé do monte (antiga chaminé vulcânica, com 409 metros de altitude), junto à Estrada Nacional nº 374, no concelho de Loures.
Não é de estranhar, por isso, que nos finais do século XIX e início do século XX, Cabeço de Montachique tivesse sido uma importante estação de tratamento, muito procurada pelos familiares de doentes com tuberculose de poucos recursos, devido aos seus "bons ares". Esse fenómeno deveu-se, em parte, à propagação epidémica da tuberculose, que ocorria por toda a Europa nessa época. Criaram-se, então, sanatórios dedicados ao isolamento e tratamento da doença.
Assim, neste contexto, a localização geográfica de Cabeço de Montachique face a Lisboa, assume um papel importante nos cuidados de saúde contra a tuberculose. De salientar também, que as águas provenientes de Cabeço de Montachique eram, no século XVIII, conhecidas para efeitos terapêuticos.
Da autoria do arquiteto Rosendo Carvalheira (1863-1919), a ruína do Sanatório Albergaria corresponde a um gigantesco complexo para o tratamento e recuperação de doentes (femininos e indigentes) com tuberculose. Este complexo, como o seu nome indica, enquadrava-se numa grande área temática da filantropia: a luta contra uma das piores epidemias da viragem do século XIX/XX, a tuberculose. Apesar de ter sido um projeto tão emblemático no início do século XX, a construção do Sanatório Albergaria nunca chegou a ser finalizada e encontra-se ao abandono desde os anos 20 do século passado.
O Sanatório Albergaria Grandella foi idealizado como diz o nome, pelo capitalista Francisco de Almeida Grandella, cedendo o terreno urbano de dois hectares, que fora escolhido pelos Doutores Azevedo Neves e José Pontes, à benemérita Sociedade Secreta dos Makavenkos, para a construção desta infraestrutura. O início deste projeto deu-se dia 6 de Abril de 1919, com a colocação da primeira pedra. Esta iniciativa adveio da vontade de auxiliar os doentes com poucos meios financeiros, contra a luta da Tuberculose que afetava o mundo inteiro.
O plano inicial previa quartos para 36 doentes em regime de internato gratuito, quartos para vigilantes, uma grande cozinha, refeitório, varanda, farmácia, sala de pensos, arrecadações, banhos, forno crematório para pensos, desinfeção e enfermaria de isolamento. Para ajudar a custear os encargos da obra, seriam criadas também 14 moradias independentes, que também procurariam dar resposta "à grande falta de habitação para os que, embora com meios para se tratarem, careçam de aí se instalar".
Rosendo Carvalheira acabaria por não sobreviver para assistir ao lançamento da primeira pedra deste grandioso feito. A esta festa, compareceu a aristocracia da época, o que não impediu que desde logo existissem algumas limitações no que toca ao financiamento da obra.
Paulo Martins/DGPC, 2021.
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
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