Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Convento e Igreja da Graça
Designação
DesignaçãoConvento e Igreja da Graça
Outras Designações / Pesquisas
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCastelo Branco/Castelo Branco/Castelo Branco
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Bartolomeu da CostaCastelo Branco Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.82895-7.494112
DistritoCastelo Branco
ConcelhoCastelo Branco
FreguesiaCastelo Branco
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
CronologiaAviso n.º 6771/2020, DR, 2.ª série, n.º 78, de 21-04-2020 (ver Aviso)
Deliberação de 3-04-2020 da CM de Castelo Branco a aprovar a classificação como MIM
Em 24-02-2020 foi dado conhecimento do despacho à CM de Castelo Branco
Despacho de 22-10-2019 do subdiretor-geral da DGPC a determinar o arquivamento do pedido de abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional
Proposta de arquivamento de 28-03-2019 da DRC do Centro, por não ter valor nacional
Proposta de classificação de 4-12-2017 da CM de Castelo Branco, após deliberação de 17-11-2017
Pedido de parecer de 19-09-2017 da CM de Castelo Branco sobre a classificação como de IM
Aviso N.º 37/2017 de 7-07-2017 da CM de Castelo Branco
Deliberação de 7-07-2017 da CM de Castelo Branco a determinasr a abertura do procedimento de classificação como de IM
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Implantado em meio urbano, muito próximo do antigo Paço Episcopal, (atual Museu Tavares Proença Júnior), o antigo convento dos frades agostinhos surge isolado, numa zona aplanada e rodeado por um adro com muro baixo de granito e gradeamento em ferro.
Trata-se de um conjunto composto por edificações em redor de um claustro com igreja a sul cuja fachada principal, que corresponde a uma galilé, encontra-se voltada a oeste. Esta fachada possui pilastras toscanas de pedra a vista nos cunhais, uma entrada em arco de asa de cesto e uma janela de peitoril centralizada sendo superiormente rematada por frontão. É por este espaço que, por portas diferenciadas, se acede tanto à zona conventual, como ao interior do templo.
As antigas áreas conventuais são de dois pisos e apresentam, pelo exterior, janelas retangulares de molduras simples surgindo, na fachada oeste, uma janela de sacada encimada por frontão curvo duplo cujo tímpano ostenta um óculo ornamentado. A torre sineira (igualmente do lado sul), possui quatro registos na fachada sul, sendo que, ao nível do piso térreo se situa uma porta de vão reto sucedendo-se, no piso seguinte, uma varanda de sacada rematada por cornija. O terceiro registo é cego surgindo, no quarto espaço o compartimento do sino formado por arcos plenos. A torre é ainda rematada por um coruchéu piramidal pintado de branco, aliás como todas as fachadas deste complexo conventual.
O claustro é quadrangular com dois pisos sendo que, o piso térreo, apresenta em cada tramo três arcos abatidos que assentam em pilastras. O piso superior é fechado ostentando janelas de sacada e grade intercaladas por pilastras. O pavimento da zona central do claustro, hoje completamente lajeado, possui um tanque em losango.
Junto ao portal de acesso à igreja encontra-se uma lápide com a data de 1519 que deverá corresponder ao ano da primitiva edificação. A igreja, de planta retangular alongada apresenta um interior profundamente renovado. Possuiu uma nave única com piso em lajes de granito e soalho, bem como uma abóbada de berço abatido que hoje se encontra coberta por caixotões de fabrico recente pouco conducentes com o valor patrimonial do monumento. Observa-se, ainda, um arco triunfal de volta perfeita e uma capela-mor onde marca presença um retábulo de talha dourada e branca.
Do lado da Epístola surgem três altares e, do lado do Evangelho, duas capelas, um altar e um púlpito quadrangular com baldaquino.
Por trás da capela-mor encontra-se a capela dos Fonsecas de planta retangular e retábulo em talha onde, no pavimento, se podem ver as lajes sepulcrais da família, existindo ainda um cenotáfio embutido na parede.

História
O convento terá sido fundado em 1519, por iniciativa de Maria Rebelo e Fernando de Pina seu genro. Apesar da cronística dos Eremitas de Santo Agostinho referir que este edifício foi inicialmente ocupado pelos franciscanos e só em 1526 teria passado para a sua Ordem, não existem referências a esta casa entre os autores franciscanos (VASCONCELOS E SOUSA, p. 431). A invocação de Nª Senhora das Graças advém precisamente da época da fundação dos agostinhos que, pouco depois, em 1581, já estariam a implementar um conjunto de obras com o apoio da Câmara.
Será mais tarde, já no séc. XVIII, que se constrói o coro sobre o pórtico da igreja e um novo retábulo procedendo-se, também, a obras de ampliação do conjunto conventual.
Com a supressão das ordens religiosas, em 1834, o convento e toda a sua propriedade é vendido em hasta pública passando, em 1835, para a Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco. Os espaços encontravam-se já um mau estado de conservação recorrendo a Santa Casa a doações de modo a poder adaptá-los a hospital com duas enfermarias e área de apoio aos pobres. Mais tarde, em 1984, será adaptada uma área do convento a lar de idosos, para além de ser criado o "Museu de Arte Sacra Domingos Santos Pio".

Maria Ramalho/DGPC/2020.
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPPaço Episcopal de Castelo Branco, incluindo o Jardim Episcopal e o passadiço
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Ordens Religiosas em Portugal: Das Origens a Trento-Guia HistóricoBernardo Vasconcelos e SousaEdição2005Lisboa

IMAGENS

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt