Sala do Definitório da Misericórdia de Abrantes | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Sala do Definitório da Misericórdia de Abrantes | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Edifício, Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes / Lar-Hospital D. Leonor Paler Carrera de Viega (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Abrantes/Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Abrantes | ||||||||||||
Freguesia | Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Integrado em conjunto com protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | (ver ficha 75042, "Igreja da Misericórdia de Abrantes, pátio do Definitório, Casa do Despacho e claustro anexo, incluindo o património imóvel ntegrado" - fusão e ampliação das 3 classificações anteriores) Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) Edital de 2-01-1976 da CM de Abrantes Despacho de homologação de 18-03-1975 do Secretário de Estado da Cultura e Educação Permanente Parecer favorável de 7-03-1975 da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE Proposta do delegado da JNE no concelho para a classificação como IIP | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Localizada no complexo da Misericórdia de Abrantes, a Sala do Definitório situa-se junto ao pátio do antigo hospital, sendo antecedida pelo Cartório. O espaço, que servia de local de reunião dos definidores da confraria, desenvolve-se numa planta retangular, possuindo uma porta de comunicação para a tribuna dos Mesário, edificada no interior da igreja. A sala destaca-se pelo programa azulejar barroco, alusivo às Obras de Misericórdia, atribuído a uma oficina lisboeta. Ao centro conserva-se o conjunto da mesa circular, rodeada pelos bancos, onde se reuniam os definidores. Os painéis de azulejo retratam as sete obras de misericórdia corporais, ilustradas através de "cenas do quotidiano, evocativas da prática das obras" (Carvalho: 2007, p. 139). Assim, numa leitura circular a partir da parede lateral à esquerda da porta de entrada, as cenas figurativas representam as práticas de dar de comer aos famintos, dar de beber aos que têm sede, curar os enfermos e visitar os presos, dar pousada aos peregrinos e pobres, remir os cativos, cobrir os nus, e por fim, enterrar os finados, numa cena onde se pinta "a própria actividade da confraria (¿) quando se representa um enterro de um irmão, com a procissão a ser dirigida pela bandeira da Misericórdia" (Idem). Todas as sete figurações são enquadradas por uma cercadura profusamente decorada, com sanefa superior, mascarões, cariátides e putti. História A data de fundação da Misericórdia de Abrantes permanece desconhecida; sabe-se, apenas, que data de 1516 a primeira referência documental que indica a existência da irmandade abrantina. A igreja terá sido edificada entre os anos de 1529 e 1548 (Ibidem: p. 135), e os anexos primitivos que serviam de Casa de Despacho aos irmãos datariam, também, desta campanha edificativa. No período barroco, o interior do templo recebeu "uma importante campanha de actualização estética", que se iniciou em 1728, à qual se seguiu "uma outra intervenção, bastante mais longam e que tinha como objectivo a construção da nova Casa do Despacho, em cuja Sala do Definitório se encontram os painéis de azulejo com a representação das obras de misericórdia." (Ibidem: p. 136). A obra foi executada pelo mestre lisboeta José Fernandes de Oliveira, que atuou como empreiteiro, não se conhecendo o nome dos pintores de azulejo ou dos azulejadores com quem trabalhou. Sabe-se, portanto, que o conjunto dos painéis que ornamentam a Sala do Definitório foi executado por uma oficina lisboeta, no terceiro quartel do século XVIII, tendo a sua autoria sido atribuída, por J. Meco, a Policarpo de Oliveira Bernardes (Meco: 1996, p. 226), embora tal referência careça de fundamento (Carvalho: 2007, p. 276). A Sala do Definitório está classificada como interesse público desde 1977, aguardando no momento a fusão e ampliação da classificação com a Igreja da Misericórdia de Abrantes, incluindo seis tábuas de pintura quinhentista e demais recheio, bem como com o Conjunto constituído pelo pequeno claustro, incluindo a cisterna com ferragem, a fachada do Definitório da Misericórdia e a sacristia onde está o lavabo, classificados autonomamente na mesma data. Catarina Oliveira DGPC, 2017 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | Conjunto constituído pelo pequeno claustro, incluindo a cisterna com a ferragem, a fachada do Definitório da Misericórdia e a sacristia onde está o lavabo | ||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria Portuguesa | MECO, José | Edição | 1986 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1985 |
Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes | MORATO, António Manuel | Edição | 2002 | Abrantes | |
A Santa Casa da Misericórdia de Abrantes nos séculos XVI e XVII, Dissertação de Licenciatura FLUC | SOUSA, António Soares de | Edição | 1996 | Coimbra | |
Por amor de Deus. Representação das Obras de Misericórdia, em painéis de azulejo, nos espaços das confrarias da Misericórdia, no Portugal setecentista. Tese de mestrado | Obra |