Sítio Arqueológico do Alto da Vigia | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Sítio Arqueológico do Alto da Vigia | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Santuário do Sol e da Lua e Oceano (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Sintra/Colares | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Sintra | ||||||||||||
Freguesia | Colares | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 198/2021, DR, 2.ª série, n.º 94, de 14-05-2021 (com restrições) (ver Portaria) Relatório final aprovado por despacho de 13-11-2020 do subdiretor-geral da DGPC Anúncio n.º 162/2020, DR, 2.ª série, n.º 133, de 10-07-2020 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 15-06-2020 do diretor-geral da DGPC Parecer de 4-03-2020 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a aprovação das restrições porpostas em 15-01-2018 pela Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial da DGPC Proposta de 6-06-2018 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para reponderação do parecer de 21-03-2018 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Despacho de concordância de 4-04-2018 da diretora-geral da DGPC Parecer de 21-03-2018 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a classificação como SIP (sem quaisquer restrições) Proposta de 15-01-2018 da Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial da DGPC para a classificação como SIP e fixação das restrições julgadas convenientes Anúncio n.º 206/2016, DR, 2.ª série, n.º 183, de 22-09-2016 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 8-02-2016 da diretora-geral da DGPC Proposta de 3-02-2016 da Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial da DGPC para a abertura do procedimento de classificação de âmbito nacional Requerimento de classificaçãoo de 21-05-2015 de particular | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio O sítio arqueológico do Alto da Vigia (CNS 19458), regista ocupações na época romana, islâmica e moderna Os vestígios mais antigos até agora identificados poderão corresponder a um templo romano dedicado ao Sol Eterno, à Lua e ao Oceano. Do período islâmico destaca-se a construção de um ribat, e do moderno, uma torre de vigia. A implantação geográfica foi determinante na fixação e na natureza dos elementos em presença. De facto, constata-se uma longa diacronia sempre em consonância com a sua localização privilegiada, numa plataforma elevada com boa visibilidade sobre o mar. A norte está delimitada pela ribeira de Colares, corredor navegável, pelo menos, até à época medieval islâmica, com uso atestado, de forma indireta, na época romana. História O Templo romano Astral constitui um arqueossítio único na arqueologia nacional e com poucos paralelos em todo o mundo romano. Encontra-se em vias de classificação desde 22 de Setembro de 2016. Os testemunhos epigráficos recolhidos permitem datá-lo do início do século I, mais concretamente do imperialato de Tibério. Terá sido integrado no culto imperial, sendo os votos proferidos pela saúde do imperador e pela eternidade do império. Trata-se de uma fusão entre os cultos astral e imperial, colocando os astros ao serviço da eternidade do império e da saúde dos imperadores. Os dedicantes são, invariavelmente, governadores da Lusitânia e legados imperiais. A progressiva cristianização do império dita o abandono do santuário nos moldes iniciais. As elites locais pagãs reocupam o espaço, dotando-o de novos edifícios destinados ao culto. Não se conhecem as características exatas que revestiram esta recuperação do santuário, tendo sido apenas registada uma aedicula, possivelmente para albergar um pequeno altar. Para a sua construção reaproveitaram a matéria-prima do templo alto-imperial. Exibe uma planta retangular com entrada aberta para o oceano. O seu abandono terá ocorrido na transição do século IV para o V. A ocupação islâmica também conheceu diversas fases, correspondendo a primeira, à edificação das estruturas do ribat de Alconchel, recorrendo a elementos pétreos provenientes das construções romanas. Estas dispõem-se em três divisões consecutivas numa das quais com mirhab a indicar a qibla tratando-se assim, de uma pequena mesquita. Ainda no período medieval islâmico, identificou-se um espaço de necrópole. Trata-se de uma realidade posterior ao edificado do ribat. Consistem em sepulcros escavados no substrato geológico, em fossa, de forma retangular e, muitas, vezes, delimitados por esteios de pedra dispostos em cutelo. Foram detetados vários silos, um dos quais sob o pavimento da sala do mirhab. Dentro deste não foram recolhidos elementos que permitam avançar com uma proposta de cronologia. Os restantes encontram-se a nascente e constituem um conjunto de três silos abertos no substrato geológico. Enquadram-se igualmente dentro do período medieval islâmico, sendo que são mais recentes que as estruturas positivas e mais antigos que as sepulturas. Estavam atulhados com um sedimento argiloso, fragmentos de material de construção e algumas conchas. Finalmente, da época moderna, a Vigia de Colares materializava-se em alicerces que definiam uma planta quadrangular, com cerca de 6,5 metros de lado, e que apresentavam, a nascente, as fundações da escada de acesso ao terraço, onde se localizaria o facho. Tratava-se de uma edificação da época moderna, integrada na defesa costeira, junto a barras e portos. Não é possível apontar uma data exata para a sua construção. As escavações realizadas não permitem responder a esta questão, uma vez que cresce diretamente sobre as estruturas islâmicas e reutiliza alguns materiais romanos. Ana Vale DGPC, 2018 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Paisagem Cultural de Sintra | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Da Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa | HOLANDA, Francisco de | Edição | 1984 | Lisboa | |
"SOLI AETERNO LUNAE: O Santuário", Religiões da Lusitânia: LOQUUNTUR SAXA, p. 235-239 | RIBEIRO, José Cardim | Edição | 2002 | Lisboa | |
Alto da Vigia (Colares, Sintra): trabalhos arqueológicos de 2008 | JORDÃO, Patrícia | Edição | |||
Alto da Vigia (Colares, Sintra): trabalhos arqueológicos de 2008 | MENDES, Pedro | Edição | |||
"A defesa costeira do litoral de Sintra-Cascais durante o Garb al-Ândalus.I - Em torno do porto de Colares, Historia, Revista da FLUP, IV Série, vol.2 | BORGES, Marco Oliveira | Edição | 2012 | Porto | |
"Do topos clássico à paisagem cultural: Sintra e a sua envolvência na Antiguidade", Revista de História de Arte, n.º 4, 28-53 | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 2007 | Lisboa | |
Alto da Vigia (Colares, Sintra). Relatório dos Trabalhos Arqueológicos de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015. | GONÇALVES, Alexandre Marques | Edição | - | ||
Projecto de Investigação Alto da Vigia: Santuário Romano Astral e Ribat de Alconchel. AVISRARA | GONÇALVES, Alexandre Marques | Edição | 2014 | ||
Portugal Romano, Monumental Santuário Romano do Sol e da Lua. Sítio Arqueológico do Alto da Vigia, http://www.portugalromano.com/site/santuario-romano-ao-soli-et-lunae, | Edição | - |
Sítio Arqueológico do Alto da Vigia - Planta anexa ao anúncio de abertura, com a delimitação e a ZGP em vigor (já foi classificado como SIP, com a fixação de ZEP, em 2021)
Sítio Arqueológico do Alto da Vigia - Planta anexa à portaria de classificação como SIP e de fixação da respetiva ZEP, com a delimitação do sítio classificado e a respetiva ZEP em vigor
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