Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Conjunto urbano da Avenida Duque d' Ávila, 18 a 32 F, e Avenida da República, 10 a 10 F
Designação
DesignaçãoConjunto urbano da Avenida Duque d' Ávila, 18 a 32 F, e Avenida da República, 10 a 10 F
Outras Designações / PesquisasEdifício na Avenida Duque de Ávila, n.º 28 a 30 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Edifício na Avenida Duque de Ávila, n.º 26 a 26B (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Edifício na Avenida Duque de Ávila, n.º 20 - 22 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Edifício na Avenida Duque de Ávila, n.º 24 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Edifício na Avenida Duque de Ávila, n.º 18 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Edifício da Avenida da República, n.º 10 - 10F / Avenida Duque de Ávila, n.º 32 - 32 F (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Avenidas Novas
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Avenida da RepúblicaLisboa Número de Polícia: 10-10 F
Avenida Duque d'ÀvilaLisboa Número de Polícia: 18-32 F
LATITUDE LONGITUDE
38.735468-9.144284
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaAvenidas Novas
Proteção
Situação ActualEm Vias de Classificação
Categoria de ProtecçãoEm Vias de Classificação (com Despacho de Abertura)
CronologiaDeclaração de Retificação n.º 731/2021, DR, 2.ª série, n.º 206, de 22-10-2021 (retificou a data do despacho) (ver Declaração)
Anúncio n.º 213/2021, DR, 2.ª série, n.º 182, de 17-09-2021 (ver Anúncio)
Despacho de 20-07-2021 da Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural a autorizar a abertura de novo procedimento de classificação de âmbito nacional
Despacho de concordância de 29-07-2020 do subdiretor-geral da DGPC
Proposta de 27-07-2020 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a abertura de novo procedimento de classificação de âmbito nacional
Anúncio n.º 149/2020, DR, 2.ª série, n.º 130, de 7-07-2020 (divulgou a caducidade) (ver Anúncio)
Procedimento caducado nos termos do artigo 24.º, n.º 5, da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro
Anúncio n.º 63/2017, DR, 2.ª série, n.º 85, de 3-05-2017 (ver Anúncio)
Despacho de abertura de 1-03-2016 da diretora-geral da DGPC
Proposta de 5-01-2016 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a abertura de procedimento de classificação de âmbito nacionnal do Conjunto urbano da Avenida Duque d' Ávila, 18 a 32 F, e Avenida da República, 10 a 10 F
Requerimento da JF das Avenidas Novas, que deu entrada em 2-03-2015, para a classificação da Frente de Quarteirão da Avenida Duque d' Ávila, 18-32, em Lisboa
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaConjunto
Conjunto urbano que abrange uma sequência de seis edifícios na frente norte da Avenida Duque d'Ávila, entre a Avenida da República e a Avenida dos Defensores de Chaves.
Estes imóveis apresentam três tempos e modos arquitetónicos. O mais antigo, de 1905, projetado pelo desenhador Arthur Júlio Machado, preenche o gaveto entre a Avenida da República e a Avenida Duque d'Ávila, com um sóbrio e elegante desenho de feição clássica. Seguem-se quatro edifícios de matriz Beaux-Arts, construídos entre 1919 e 1921, três dos quais concebidos pelo arquiteto Manuel Norte Júnior (n.os 28 a 30, 26 a 26B e 20 a 22) e um, presumivelmente, pelo arquiteto Edmundo Tavares (n.º 24). A terminar a sequência surge um edifício de desenho Artes Decorativas, de 1930, da autoria do engenheiro João Machado (n.os 18 a 18B).
São prédios concebidos para arrendamento, com volumetrias otimizadas face ao admitido nos regulamentos da época (20 metros de altura de fachada), oscilando entre os cinco e os seis pisos (sempre com mansarda). Cinco dos seis prédios já apresentam espaços comerciais no piso térreo, sinal da competência urbanística da sua conceção. A nível interno, se excetuarmos o prédio de gaveto, apresentam uma fração por piso, acesso por escada lateral e elevador (de origem, no que é sinal de estatuto elevado). Quanto à disposição espacial dos fogos, junto às fachadas principais ficam as áreas de maior sociabilidade (sala de visitas e escritório ou quarto de apoio), nas zonas intermédias ficam os quartos, a instalação sanitária e algum arrumo (que recebem luz de pequenos saguões/corredores laterais) e a tardoz os espaços de maior intimidade familiar (cozinha, copa e sala de jantar), no que constitui um modelo de organização que perduraria no tempo, pela sua adequação funcional e simbólica a uma estrutura social de lenta mutação.
As suas fachadas anteriores e posteriores apresentam-se muito diferenciadas, característica que se radicaliza nos quatro edifícios de inspiração francesa que, com as suas exuberantes fachadas públicas de corpos centrais balançados, ornados de complexas estruturas e motivos em cantaria, lhes imprimiam um prestígio extraordinário que as privadas, com as suas práticas marquises e escadas em ferro, não conseguiam alcançar, seja pelo caráter industrial da solução, seja pela sua menor durabilidade (à corrosão) e segurança (aos incêndios). História
O valor cultural do conjunto deriva, em primeira instância, da importância individual dos edifícios, com destaque para os três projetados pelo arquiteto Manuel Norte Júnior, que, com as suas exuberantes e animadas fachadas, enriquecem a frente urbana e, consequentemente, a cidade, numa tentativa - que se revelou afinal utópica - de estabelecer um modelo para "uma belle époque à lisboeta que no ambiente eufórico do pós-guerra, finalmente se anunciava", como refere a historiadora Raquel Henriques da Silva. É nesta perspetiva que podemos afirmar que, do ponto de vista cultural, o conjunto vale mais que a soma das partes, uma vez que as Avenidas Novas, como antes a Avenida da Liberdade, foram concebidas sem qualquer instrumento/regulamento urbanístico que norteasse as construções que deviam marginar as suas ruas e praças, de onde resultou uma amálgama constituída por edifícios de muito diversa índole (tipológica, construtiva, volumétrica, etc.) que propiciou que, logo a partir da década de 30 do século XX, se iniciasse uma política de substituição (por demolição) ou descaracterização (por ampliação e/ou alteração) continuada ao sabor dos interesses e circunstâncias, levando a que hoje subsistam poucos edifícios das décadas originais (1900 a 1930). A sobrevivência de uma sequência de seis edifícios de época, de qualidade arquitetónica e de idêntica volumetria, revela-se, assim, face aos circunstancialismos das Avenidas Novas, algo de raro e precioso que interessa relevar e, por consequência, proteger.
Paulo Duarte
DGPC, 2017
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Conjunto urbano da Avenida Duque d' Ávila, 18 a 32 F, e Avenida da República, 10 a 10 F - Planta anexa ao anúncio de abertura do procedimento de classificação, com a delimitação e a ZGP em vigor (este procedimento caducou, já foi aberto um novo em 2021)

Conjunto urbano da Avenida Duque d' Ávila, 18 a 32 F, e Avenida da República, 10 a 10 F - Planta relativa ao anúncio de abertura de novo procedimento de classificação, com a delimitação do conjunto em vias de classificação e a ZGP em vigor

MAPA

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