Aldeia do Candal | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Aldeia do Candal | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Povoação do Candal (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Lousã/Lousã e Vilarinho | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Coimbra | ||||||||||||
Concelho | Lousã | ||||||||||||
Freguesia | Lousã e Vilarinho | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como CIM - Conjunto de Interesse Municipal | ||||||||||||
Cronologia | Edital n.º 726/2024, DR, 2.ª série, n.º 103, de 28-05-2024 (fixou as restrições) (ver Edital) Deliberação de 15-04-2024 da CM da Lousã a aprovar a decisão final relativa às restrições a aplicar ao CIM Edital n.º 2133/2023, DR, 2.ª série, n.º 246, de 22-12-2023 (projeto de decisão relativo às restrições a fixar) (ver Edital) Deliberação de 20-11-2023 da CM da Lousão a aprovar as restrições a aplicar ao futuro CIM Edital n.º 543/2015, DR, 2.ª série, n.º 117, de 18-06-2015 (ver Edital) Deliberação camarária de 1-06-2015 a aprovar a decisão final de classificação como CIM Edital n.º 165/2015, DR, 2.ª série, n.º 44, de 4-03-2015 (ver Edital) Deliberação camarária de 2-02-2015 a aprovar a abertura do procedimento de classificação como CIM Em 14-01-2015 foi dado conhecimento do despacho de arquivamento à CM da Lousã, sugerindo que proceda à publicação de cinco classificações, por se tratar de cinco aldeias Despacho de arquivamento de 6-10-2014 do diretor-geral da DGPC Proposta de 29-09-2014 da DRC do Centro para arquivamento do procedimento de âmbito nacional Edital n.º 372/2014, DR, 2.ª série, n.º 88, de 8-05-2014 (ver Edital) Pedido de parecer de 5-05-2014 da CM da Lousã sobre a eventual classificação como CIM Deliberação camarária de 21-04-2014 a determinar a abertura do procedimento de classificação como CIM (aldeias do Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro e Talasnal) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Localizada na vertente oeste da Serra da Lousã, a Aldeia do Candal integra um conjunto edificado de cariz rural, de planta irregular composta por núcleos de habitações e arruamentos estreitos, atravessado pela Ribeira do Candal e pela EN 236. A aldeia é formada por aglomerados de habitações, maioritariamente de xisto, que se dispõem em forma de anfiteatro pela encosta da serra; nestes seis conjuntos de casas - três, a sul, de maiores dimensões, que compõem o centro da povoação, e outros três, mais dispersos e diminutos, a este - predominam as residências unifamiliares rurais, erguidas em aparelho xistoso coberto por telha de canudo, apresentam, por norma, dois registos, com o piso cimeiro, originalmente formado por uma divisão com soalho de madeira, destinado a habitação, e o térreo, a curral ou armazém agrícola. No conjunto do povoado ganham destaque, pelos seus programas singulares, a antiga escola primária, edificada na década de 20 do século XX, com contribuições financeiras dos emigrantes candelenses que residiam nos Estados Unidos da América, o chafariz de espaldar, com tanque ao centro, ladeado por conversadeiras assentes sobre panos murários com pináculos nas arestas, cinco moinhos hidráulicos e um lagar de azeite, edificados entre 1919 e 1920 ao longo da margem direita da ribeira, o lavadouro público, inserido em cota baixa, com telheiro, e uma Alminha, a única construção religiosa que existe na aldeia. História À semelhança das restantes aldeias de xisto da Serra da Lousã, a Aldeia do Candal tem origens remotas. Os primeiros registos documentais dos povos da Serra datam da Idade Média, sendo possível que estas povoações derivem de grupos ligados à transumância que, paulatinamente, se foram fixando. Certo é que em 1687 o Candal era referido na documentação oficial como um "casal". Tal como as outras povoações serranas, o Candal vivia da pastorícia e da agricultura, estando ambas as atividades muito limitadas pelas condicionantes da paisagem, sendo esta última, essencialmente, um cultivo de subsistência. Como sustento paralelo, estas populações dedicavam-se à produção de carvão, que era vendido na Lousã e, por vezes, em Miranda do Corvo. As circunstâncias difíceis de uma economia local precária determinaram um fenómeno migratório desde pelo menos a centúria de Setecentos, primeiro com destino à vila da Lousã, depois para o Alentejo. Nos finais do século XIX estas povoações começaram a mudar-se para Lisboa e, alguns anos depois, os grupos de serranos começaram uma emigração progressiva com destino ao Brasil e à América. Em consequência, estas aldeias foram assistindo a um progressivo decréscimo do seu número de habitantes, culminando com um despovoamento ocorrido em meados da década de 80 de Novecentos. No início do século XXI, as aldeias da Lousã foram "redescobertas" e ocupadas por nova vaga de habitantes forâneos, sobretudo jovens estrangeiros, que procuraram reanimar a vida económica, social e cultural destas povoações. Integradas na rede Aldeias do Xisto, as aldeias da Lousã apresentam atualmente uma oferta turística de âmbito regional, que se baseia nas características únicas da sua arquitetura, no envolvência paisagística, nos recursos ambientais, e nas tradições gastronómicas e culturais locais. A aldeia do Candal, por ter uma acessibilidade privilegiada graças à sua localização junto à EN 236, apresenta-se, no momento, como a aldeia mais desenvolvida de Serra da Lousã. Catarina Oliveira DGPC, 2016 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Lousã, a terra e as gentes | DIAS, Pedro | Edição | 1985 | Lousã | |
A Lousã e o seu concelho | LEMOS, Álvaro Viana de | Edição | Publicado a 1950 | ||
"A Serra da Lousã". Do povoamento à desertificação.", Arunce, Revista de Divulgação Cultural, n.º 2 - 2.º semestre | CALDAS, Eugénio Castro | Edição | 1989 | Lousã | |
"Aldeias da Serra da Lousã", Arunce, Revista de Divulgação Cultural, n.º 2 - 2.º semestre | OSÓRIO, António Crespo | Edição | 1989 | Lousã | |
"Etnografia da Serra da Lousã", Arunce, Revista de Divulgação Cultural, n.º 2 - 2.º semestre | HENRIQUES, Manuel F. Louzã | Edição | 1989 | Lousã | |
"Aldeias da Serra da Lousã", Arunce, Revista de Divulgação Cultural, n.º 2 - 2.º semestre | HENRIQUES, Manuel F. Louzã | Edição | 1989 | Lousã | |
"Aldeias da Serra da Lousã", Arunce, Revista de Divulgação Cultural, n.º 2 - 2.º semestre | ALVES, Rui M. Vaz | Edição | 1989 | Lousã | |
Vila da Lousã e seu termo | MEXIA, Fernando de Magalhães | Edição | 1936 | Lousã | |
Lousã, a terra e as gentes | REBELO, Fernando | Edição | 1985 | Lousã |
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