Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja da Santa Maria Madalena da Falperra / Capela de Santa Maria Madalena da Falperra / Santuário de Santa Maria Madalena / Santuário da Falperra (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Braga; Guimarães/Longos; Nogueira, Fraião e Lamaçães | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Braga; Guimarães | ||||||||||||
Freguesia | Longos; Nogueira, Fraião e Lamaçães | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 1/2017, DR, 1.ª série, n.º 1, de 2-01-2017 (ver Decreto) Classificação aprovada no Conselho de Ministros de 3-11-2016 Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 2-09-2016 do subdiretor-Geral da DGPC Anúncio n.º 117/2016, DR, 2.ª série, n.º 82, de 28-04-2016 (nova consulta pública) (ver Anúncio) Anúncio n.º 113/2016, DR, 2.ª série, n.º 81, de 27-04-2016 (deu sem efeito o anúncio anterior, por não ter sáido com a planta em anexo) (ver Anúncio) Anúncio n.º 101/2016, DR, 2.ª série, n.º 64, de 1-04-2016 (promoveu a consulta pública relativamete à eventual classificação como MN) (ver Anúncio) Anúncio n.º 17/2016, DR, 2.ª série, n.º 12, de 19-01-2016 (incorretamente, promoveu a consulta pública relativamente à eventual classificação como MIP) (ver Anúncio) Despacho de concordância de 11-12-2015 do diretor-geral da DGPC Parecer de 11-11-2015 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a classificação como MIN/MN Proposta de 5-03-2015 da DRC do Norte para a classificação como MIP Anúncio n.º 347/2013, DR, 2.ª série, n.º 215, de 6-11-2013 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 3-10-2013 da diretora-geral da DGPC Proposta de 3-10-2013 da Unidade de Coordenação de Classificações da DGPC para alteração da designação para Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra Proposta de 1-10-2013 da DRC do Norte para a abertura do procedimento de classificação da Capela de Santa Maria Madalena da Falperra | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Localizado numa área limítrofe entre os concelhos de Guimarães e Braga, e construído por forma a estar visualmente voltado para o centro urbano desta última cidade, o Santuário da Falperra é um complexo religioso de romagem, de grande devoção popular, edificado num alinhamento de montanhas (Serra do Carvalho, Serra dos Picos, Monte do Sameiro e Monte de Santa Marta) onde se edificaram alguns dos mais importantes santuários do Norte, nomeadamente o Bom Jesus, o Sameiro e Santa Marta das Cortiças. Implantado na cota mais alta do Monte da Falperra, o santuário é formado pelos edifícios da Capela de Santa Maria Madalena, erigida ao centro, pela Capelinha, ou Nicho, de Santa Maria Madalena a Penitente, edificada na alameda que conduz à fachada lateral da capela principal, e, finalmente, pelo cruzeiro. O conjunto é precedido por uma monumental escadaria. A Capela de Santa Maria Madalena da Falperra apresenta uma curiosa planta centralizada, em losango, interrompida por um corpo retangular que corresponde à fachada principal, a um átrio coberto e ao coro alto. O frontispício, de exuberante desenho rococó, divide-se em três panos e dois registos, demarcados pela decoração de granito, em contraste com os panos murários brancos. No eixo central rasga-se o portal, ornamentado a toda a volta com concheados e volutas, encimado por grande janela, que interiormente ilumina o coro, e por uma moldura com a imagem da santa padroeira. O conjunto é rematado por frontão contracurvado, com os corpos laterais erguidos em forma de torres, profusamente decoradas. O espaço interior apresenta planimetria centralizada com capela-mor profunda, aberta no eixo da entrada, ostentando um grande altar de talha rococó policromada que alberga a imagem de Cristo Crucificado sobre o nicho onde se insere a imagem de Santa Maria Madalena. As capelas laterais, também profundas, exibem dois retábulos polícromos de talha rococó com imagens de vulto, sendo as principais as de Santo António e de Nossa Senhora da Conceição. A pequena ermida de Santa Maria Madalena Penitente é um edifício de planta quadrangular com remate piramidal e altar interior, erguido na estrada que leva ao templo principal, e o cruzeiro, assente sobre três socos de pedra, foi edificado frente a esta em 1775, conforme atesta a inscrição. História As primeiras referências à existência de uma capela no Monte da Falperra remontam ao arcebispado de D. Diogo de Sousa (c. 1461-1532), que terá ordenado obras numa capela medieval existente no local, nomeadamente a execução de retábulos e pintura da capela-mor. Na segunda metade de Seiscentos foram realizadas novas obras, registando-se o douramento dos retábulos. Em 1693 a Irmandade de Santa Maria Madalena da Falperra, responsável pelo espaço desde 1635, decidiu reconstruir a capela num local mais salubre e que, sobretudo, fosse visível da cidade de Braga. O templo, de planta em forma de losango, foi projetado ainda nos anos finais do século XVII, desconhecendo-se o seu autor. Em 1752 a irmandade contratava outro arquiteto para fazer a nova fachada da capela, sendo sua intenção entregar o projeto ao arquiteto João da Costa. Porém, o risco da obra foi assinado pelo entalhador-arquiteto André Soares (1720-1769), ficando a obra a cargo dos mestres João Rodrigues e Domingos Álvares. André Soares, que entretanto foi aceite como confrade da irmandade encomendante, foi ainda o autor do risco da grande escadaria, em 1757, e do retábulo principal, em 1763. O conjunto do Santuário da Falperra apresenta-se, assim, como uma unidade coerente de significativo impacto arquitetónico, integrando uma das mais notáveis obras de André Soares, a magnífica fachada que marcou a introdução definitiva do rococó na arquitetura bracarense. Catarina Oliveira DGPC, 2016 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
André Soares, arquitecto do Minho | SMITH, Robert C. | Edição | 1973 | Lisboa | |
André Soares e o Rococó do Minho. Tese de doutoramento. | OLIVEIRA, Eduardo Pires de | Edição | 2011 | Porto | |
"Ensaio sobre a arquitectura barroca e neoclássica a norte da bacia do Douro". Revista da Faculdade de Letras. Ciências e Técnicas do Património, pp. 135-153 | ALVES, Joaquim Jaime Ferreira | Edição | 2005 | Porto | |
A Capela de Santa Madalena do Monte da Falperra: nova abordagem. Separata da Revista Humanística e Teologia, fascículo 1-2 | ROCHA, Manuel Joaquim Moreira da | Edição | 1996 | Porto | |
A Falperra | ABREU, Leonídio | Edição | 1958 | Braga |
Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra - Planta anexa ao anúncio de abertura do procedimento de classificação, com a delimitação e a ZGP em vigor
Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra - Planta anexa ao decreto de classificação, com a delimitação e a ZGP em vigor
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt