Igreja Nossa Senhora do Rosário, matriz de Olhão, e Capela de Nosso Senhor dos Aflitos | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja Nossa Senhora do Rosário, matriz de Olhão, e Capela de Nosso Senhor dos Aflitos | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja Matriz de Olhão e Capela de Nosso Senhor dos Aflitos / Igreja Paroquial de Olhão e Capela de Nossa Senhora dos Aflitos / Igreja de Nossa do Rosário e Capela de Nossa Senhora dos Aflitos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Olhão/Olhão | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Olhão | ||||||||||||
Freguesia | Olhão | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 275/2013, DR, 2.ª série, n.º 91, de 13-05-2013 (ver Portaria) Declaração de retificação n.º 54/2013, DR, 2.ª série, n.º 12, de 17-01-2013 (ver Declaração) Procedimento prorrogado até 30-06-2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Anúncio n.º 13808/2012, DR, 2.ª série, n.º 248, de 24-12-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 17-12-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta da DRC do Algarve para a classificação como MIP Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de abertura de 13-05-1999 Despacho de concordância de 17-12-1998, determinando a autonomização das propostas em processos individuais Proposta de 4-12-1998 da DR de Faro para a abertura de processos de classificação de vários imóveis Proposta (1998?) de vários cidadãos para a classificação do Núcleo Histórico de Olhão | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel A igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Capela de Nosso Senhor dos Aflitos encontram-se implantadas na extremidade Norte da vila, num amplo terreiro que, no século XVIII, correspondia à principal praça da povoação. A igreja não segue a orientação canónica, surgindo a fachada principal virada à vila (a SO), situação esta reveladora da importância que a comunidade local, que patrocinou a sua construção, dedicou a este templo. De nave única e transepto ligeiramente saliente possuiu uma capela-mor retangular profunda, sendo uma das melhores obras de arquitetura religiosa algarvia ligada ao ciclo chão. Contudo, são observáveis algumas deficiências de articulação entre os diferentes elementos, nomeadamente a fachada organizada segundo um alçado cenográfico de enorme impacto urbanístico sugerindo um interior mais sumptuoso do que verdadeiramente existe. De facto, as dificuldades determinaram que o arranque da abóbada de berço que cobre a nave ocultasse, parcialmente, alguns janelões da fachada principal. Na década de 80 do século XVIII, já sob o signo do Rococó, reformulou-se a fachada principal que passou a contar com um coroamento de feição triangular irregular, onde marca presença uma gigantesca coroa real ao centro, ladeada por dois anjos, tudo em trabalho de massa. Simultaneamente, foi contratado o entalhador Manuel Francisco Xavier para a realização do arco triunfal e dos dois retábulos das paredes laterais da nave, dedicados a Nossa Senhora da Conceição e ao Senhor Crucificado. O retábulo-mor, por sua vez, constitui o mais alto retábulo barroco algarvio e um dos melhores exemplos de talha nacional da região (LAMEIRA, 2000, p.247). A capela do Senhor dos Aflitos possuiu uma planta longitudinal retangular, de um tramo apenas, com um altar ao centro e toda a parede revestida por azulejos do século XX. Encontra-se este espaço inserido numa construção adossada à abside da igreja que, de facto, corresponde a três corpos de dois pisos, ostentando os edifícios laterais cunhais em pedra bem marcados, cobertura de quatro águas e, nas fachadas principais, duas janelas de sacada de vergas arquitravadas. De acordo com fotografias de finais do séc. XIX esta construção não corresponde à existente sendo apenas visíveis, numa primeira fase, os dois corpos torreados e, numa segunda, o acrescento do corpo central com o mesmo desenho arquitetónico mas com um telhado de apenas uma água. Com base em imagens dos anos 50 do século XX, verifica-se que esta fachada foi novamente alterada tendo sido executados o varandim superior e os três arcos gradeados no piso térreo onde se situa a Capela de Nosso Senhor dos Aflitos. Outros elementos arquitetónicos foram entretanto incorporados nesta construção tais como os pináculos nos extremos da cobertura da abside, o frontão triangular com beirado sob o qual se colocou um relógio e um registo de azulejo com um Cristo cruxificado. História Dados documentais apontam para que a construção da igreja, patrocinada pela comunidade de pescadores, se tenha iniciado a 4 de Junho de 1698 abrindo no entanto ao culto ainda em obras apenas em 1715. Em 1722, por sua vez, realiza-se o contrato para a execução da torre sineira, sendo que apenas quando ficaram concluídas todas obras de arquitetura se procede à decoração dos interiores. Assim, em 1726 é estabelecido um contrato entre o pároco e Francisco Ataíde para a realização do retábulo-mor mas, só em 1742, é adjudicado o seu douramento a artistas igualmente de notável renome como Francisco Correia da Silva, Clemente Velho de Sarre e seu filho, Diogo de Sousa e Sarre. Refira-se que foi durante o século XX que o culto ao Senhor dos Aflitos ganhou grande aceitação por parte da comunidade piscatória sobretudo porque a capela, localizada na zona externa da abside, estava permanentemente aberta. Paulo Fernandes/IPPAR/2004. Atualizado por Maria Ramalho/DGPC/2017 com o apoio de Sandra Romba/C. M. Olhão | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 9 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"O Barroco e o Rococó, encenações do poder religioso e laico", O Algarve. Da Antiguidade aos nossos dias, pp.321-328 | SERRÃO, Vítor | Edição | 1999 | Lisboa | |
Monografia do concelho de Olhão da Restauração | OLIVEIRA, Francisco Xavier d'Ataíde | Edição | 1906 | Porto | |
As mais belas igrejas de Portugal, vol. II | GIL, Júlio | Edição | 1988 | Lisboa | |
Igreja Matriz de Olhão | LAMEIRA, Francisco | Edição | 1994 | Olhão | |
A talha no Algarve durante o Antigo Regime | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2000 | Faro | |
"A igreja Matriz de Olhão", Correio Olhanense, 2/8/1928 | SANTOS, Honorato | Edição | 1928 | Olhão | |
"A igreja Matriz de Olhão", Correio Olhanense, 12/2/1953 | LOPES, Francisco Fernandes | Edição | 1953 | Olhão | |
Acerca da antiguidade das freguesias de Quelfes e pechão e da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Olhão e sua primitiva confraria (subsídios) | MASCARENHAS, José Fernandes | Edição | 1987 | Olhão | |
Cronologia geral da História de Olhão da Restauração | NOBRE, Antero | Edição | 1986 | Olhão |
Igreja Nossa Senhora do Rosário, matriz de Olhão - Fachada principal
Igreja Nossa Senhora do Rosário, matriz de Olhão - Fachada posterior
Igreja Nossa Senhora do Rosário, matriz de Olhão - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor
Edifício adossado à àbside da Igreja de Nossa Senhora do Rosário onde se situa a Capela de Nosso Senhor dos Aflitos (Olhão). Sandra Romba, C.M.Olhão, 2017.
Igreja Nossa Senhora do Rosário, Matriz de Olhão - fachada principal. Sandra Romba, C.M.Olhão, 2017.