Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Nossa Senhora da Soledade, também denominada Igreja Pequena
Designação
DesignaçãoIgreja de Nossa Senhora da Soledade, também denominada Igreja Pequena
Outras Designações / PesquisasCapela de Nossa Senhora da Soledade / Igreja Paroquial de Olhão / Igreja de Nossa Senhora do Rosário / Igreja Pequena (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Olhão/Olhão
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua da SoledadeOlhãi Número de Polícia:
Praça da RestauraçãoOlhão Número de Polícia:
Rua do CompromissoOlhão Número de Polícia:
Rua do Capitão João Carlos MendonçaOlhão Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.025735-7.8412
DistritoFaro
ConcelhoOlhão
FreguesiaOlhão
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 740-EI/2012, DR, 2.ª série, n.º 252 (suplemento), de 31-12-2012 (ver Portaria)
Despacho de homologação de 23-05-2003 do Ministro da Cultura
Parecer de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR
Despacho de abertura de 13-05-1999 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 4-05-1999 da DR de Faro
Despacho de concordância de 17-12-1998, determinando a autonomização das propostas em processos individuais
Proposta de 4-12-1998 da DR de Faro para abertura de processos de classificação de vários imóveis
Proposta (1998?) de vários cidadãos para a classificação do Núcleo Histórico de Olhão
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaLocalizada no limite Norte da aldeia de pescadores de Olhão no século XVII, com a fachada principal voltada a Sul, para a localidade, a actual capela de Nossa Senhora da Soledade foi a primeira igreja matriz da povoação. A sua construção remonta à primeira metade de Seiscentos, altura em que Olhão despontava já como pólo proto-urbano a nascente de Faro, graças à sua activa e florescente comunidade piscatória.
De planta longitudinal composta por nave única e capela-mor quadrangular (esta coberta por uma cúpula oitavada), a igreja é uma obra barroca relativamente modesta, mas que denota alguma riqueza artística de âmbito regional, como a existência de uma cúpula (elemento que procurou alcançar alguma da monumentalidade cenográfica que caracteriza o período barroco). A fachada principal acentua a relativa simplicidade do projecto, ao organizar-se num corpo único de três andares, onde se inscreve um portal de arco recto e um grande janelão vertical, terminando em empena triangular irregular, cujo tímpano é decorado por um brasão sobrepujado por cruz. No interior, o espaço é amplamente iluminado por três pontos focais: lateralmente (por janelões na parede Norte da nave); verticalmente (através do lanternim da cúpula) e longitudinalmente (pelo grande janelão da fachada principal).
A autonomia concelhia dos olhaneses, conseguida em 1695, levou à construção de um templo de maiores proporções e de outro impacto urbanístico e cenográfico. No mesmo século em que havia sido construída, a primitiva matriz deixava de corresponder à imagem de poder e de autonomia de uma população em ascendência. Em 1715, o novo tempo tutelar da paróquia abria ao culto e transferiam-se, solenemente, os sinos da antiga matriz para a recém inaugurada igreja. Com esta mudança, a Soledade passava à condição de capela, utilizada para funções essencialmente devocionais e funerárias, como ainda hoje acontece.
Todavia, a transferência da sede religiosa não significou uma menor atenção por parte da comunidade de Olhão em relação ao seu primeiro templo. Se, em 1734, há a notícia de que uma parede se encontrava muito arruinada, não deixa de ser verdade que, meio século depois, houve recursos económicos suficientes para a feitura de um novo retábulo-mor. Este, foi contratado pelo Compromisso Marítimo, a 18 de Maio de 1779, com o entalhador farense Manuel Francisco Xavier, "o mais prestigiado entalhador algarvio no período rococó" (LAMEIRA, 2000, p.326) e, certamente, um dos mais caros artistas da época (na altura já em fim de carreira), facto que comprova o relativo desafogo económico da confraria dos marítimos de Olhão.
Com a actualização estética do ponto fundamental de religiosidade do interior da igreja, fechava-se um capítulo na história do templo. Depois dessa grande empreitada, só chegaram referências de obras menores de consolidação e de conservação dos elementos já existentes, como terá acontecido em 1855. Na actualidade, a função de apoio à igreja matriz, servindo de capela mortuária, é a principal função deste templo. Em todo o caso, mantém-se como um dos imóveis mais emblemáticos da cidade, não apenas pela componente de memória que encerra, mas, também, pela sua localização privilegiada, nas traseiras do Compromisso Marítimo (actual museu) e no mesmo conjunto urbano que a Igreja Matriz.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
A talha no Algarve durante o Antigo RegimeLAMEIRA, FranciscoEdição2000Faro
Monografia do concelho de Olhão da RestauraçãoOLIVEIRA, Francisco Xavier d'AtaídeEdição1906Porto
Cronologia geral da História de Olhão da RestauraçãoNOBRE, AnteroEdição1986Olhão
Edifício do Compromisso MarítimoLAMEIRA, FranciscoEdição2001Olhão
Acerca da antiguidade das freguesias de Quelfes e pechão e da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Olhão e sua primitiva confraria (subsídios)MASCARENHAS, José FernandesEdição1987Olhão
Igreja Matriz de OlhãoLAMEIRA, FranciscoEdição1994Olhão

IMAGENS

Igreja de Nossa Senhora da Soledade - Fachadas principal e lateral esquerda

Igreja de Nossa Senhora da Soledade - Planta com a delimitação e a ZP em vigor

MAPA

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