Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga no século XVIII, designado por «Sete Fontes» | |||||
Designação | |||||
Designação | Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga no século XVIII, designado por «Sete Fontes» | ||||
Outras Designações / Pesquisas | Aqueduto de Braga / Aqueduto das Sete Fontes (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Fontanário | ||||
Tipologia | Fontanário | ||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||
Inventário Temático | |||||
Localização | |||||
Divisão Administrativa | Braga/Braga/Braga (São Vítor); Gualtar | ||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||
Concelho | Braga | ||||
Freguesia | Braga (São Vítor); Gualtar | ||||
Proteção | |||||
Situação Actual | Classificado | ||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||
Cronologia | Decreto n.º 16/2011, DR, 1.ª série, n.º 101, de 25-05-2011 (sem restrições) (ver Decreto) Procedimento prorrogado até 31 de Dezembro de 2011 pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30 de Dezembro (ver Despacho) Despacho de homologação de 29-05-2003 do Ministro da Cultura Parecer de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classifcação como MN Proposta de 5-05-2003 da DR do Porto para a classificação como CIP Despacho de concordância de 2-04-2001 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 27-03-2001 da DR do Porto para a redefinição da área a classificar Despacho de abertura de 18-04-1995 do presidente do IPPAR Proposta de abertura de 11-04-1995 da DR do Porto Proposta de classificação de 27-03-1995 da ASPA | ||||
ZEP | Portaria n.º 576/2011, DR, 2.ª série, n.º 110, de 7-06-2011 (sem restrições) (ver Portaria) Despacho de 4-10-2010 do director do IGESPAR, I.P. a indeferir as reclamações apresentadas Parecer de 29-09-2010 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. a propor o indeferimento de diversas reclamações apresentadas Parecer favorável de 30-04-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 27-01-2009 da DRC do Norte | ||||
Zona "non aedificandi" | |||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||
Património Mundial | |||||
Património Mundial Designação | |||||
Cadastro | |||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||
Descrição Geral | |||||
Nota Histórico-Artistica | A questão do abastecimento de água às cidades foi objecto de especial atenção ao longo dos séculos, embora com soluções diferenciadas em função dos meios técnicos e das possibilidades de cada época. Foi, no entanto, no decorrer dos séculos XVII e XVIII que o problema se colocou, novamente, e com maior acuidade, em consequência de uma série de factores, como o crescimento das cidades, mas também as melhorias técnicas, a importância da água no período barroco enquanto elemento indissociável da denominada "festa barroca", ou do próprio pensamento iluminista (ROSSA, 1989, p. 115). A estes factores veio juntar-se, naturalmente, o prestígio granjeado por parte de quem impulsionava as obras, que via assim reforçada a sua imagem. Em Braga, esta preocupação parece ter cabido, em larga medida, aos seus Arcebispos, que se interessaram pela questão da água desde, pelo menos, o século XVI. No início da centúria, D. Diogo de Sousa fazia chegar a água à Fonte dos Granginhos, em 1531 até à Fonte de Santiago e à da Pracinha, mandou construir a fonte da Carcova e edificou o fontanário no largo do Paço. Por sua vez, D. Rodrigo de Moura Telles abasteceu o Hospital de São Marcos e substituiu a última fonte referida pela dos Castelos (COSTA, 04/06/2001). É verdade que esta obras facilitaram o abastecimento da água, mas seria necessário esperar pelo governo de D. José de Bragança, irmão legitimado do rei Magnânimo e que pôs fim a 13 anos de sede vacante, para que Braga pudesse dispor de uma eficaz rede de águas, abrangendo toda a cidade, e chegando às próprias habitações, que evitavam, assim, recorrer aos fontanários públicos. D. José interessou-se por este assunto imediatamente após a sua chegada a Braga, logo em Agosto de 1741, e as obras decorreram a bom ritmo, pois a primeira data patente num dos depósitos é de 1744. A amplitude e eficácia desta obra foi de tal ordem que a rede se manteve em funcionamento até cerca de 1913, conservando-se ainda hoje (IDEM). É notável o sistema de engenharia hidráulica setecentista. As minas subterrâneas situam-se num local, a Norte da cidade, denominado "sete fontes". Destas minas, a água segue por galerias e condutas de pedra capeadas, apresentando uma série de depósitos à superfície (estrutura na junção de minas de água), dois dos quais datados e com a pedra de armas do Bispo. O mais antigo ostenta a data de 1744 no lintel da porta de entrada; e o outro remonta a 1752, ambos com a pedra de armas de D. José de Bragança. Um outro exibe as quinas de Portugal, outros dois revelam uma estrutura cilíndrica sobre base circular de cantaria, outro ainda tem cúpula piramidal. Dos depósitos, a água segue para a cidade através de uma conduta, distribuindo-se pelas casas, fontanários, quintas, conventos, etc. O percurso total é de cerca de 3500 m. Nesta extraordinária obra, encontramos não apenas uma funcionalidade destinada a melhorar as condições de vida da cidade, mas também uma significativa obra hidráulica, e um testemunho de arquitectura barroca que importa preservar como um todo, sem esquecer que esta estrutura só faz sentido se conservar a sua funcionalidade primeira e fundamento da sua existência - a água que corre no seu interior. Nesta medida, o sistema conhecido por Sete Fontes é mais do que um bem patrimonial; ele é, igualmente, um bem ambiental. (Rosário Carvalho) | ||||
Processo | Rua Areal de Cima | ||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||
Outra Classificação | |||||
Nº de Imagens | 11 | ||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"CHAFARIZ", Dicionário da Arte Barroca em Portugal | ROSSA, Walter | Edição | 1989 | Lisboa | |
"Sobre as Sete Fontes", Diário do Minho | COSTA, Luís | Edição | 2001 | ||
"O Arcebispo Dom José de Bragança e as Sete Fontes", Diário do Minho | COSTA, Luís | Edição | 2002 | ||
"A destruição das Sete Fontes", Diáro do Minho | Edição | 2000 |
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Entrada para a galeria
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Respiradouros
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Acesso à galeria e pedras da levada de água
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Acesso à galeria
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Respiradouro
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Levada subterrânea
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Interior da galeria: decantador
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Respiradouros
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Interior da galeria
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Interior da galeria: corredor
Sistema de Abastecimento de Águas à cidade de Braga «Sete Fontes» - Planta com a delimitação, a antiga ZP e a ZEP em vigor
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