Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castro de Palheiros
Designação
DesignaçãoCastro de Palheiros
Outras Designações / PesquisasCastro de Palheiros / Fraguedo de Palheiros (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Castro
TipologiaCastro
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaVila Real/Murça/Noura e Palheiros
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
41.403007-7.380301
DistritoVila Real
ConcelhoMurça
FreguesiaNoura e Palheiros
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como SIP - Sítio de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 406/2010, DR, 2.ª série, n.º 114, de 15-06-2010 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 2-09-2009 do Ministro da Cultura
Parecer favorável de 28-06-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Parecer favorável 11-05-2006 do IPA
Proposta de 7-09-2005 da DR do Porto para a classificação como SIP
Despacho de abertura de 20-11-1997 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 14-11-1997 da DR do Porto
Proposta de classificação de 2-06-1997 de Maria de Jesus Sanches (FLUP)
Processo iniciado em 1986 na DR do Porto
ZEPPortaria n.º 406/2010, DR, 2.ª série, n.º 114, de 15-06-2010 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 2-09-2009 do Ministro da Cultura
Parecer favorável de 28-06-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Parecer favorável de 11-05-2006 do IPA
Proposta de 7-09-2005 da DR do Porto
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914648
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO "Castro de Palheiros" foi implantado no cimo de um morro durante a Idade do Ferro do Noroeste peninsular, num local que evidencia vestígios de uma ocupação anterior, designadamente calcolítica (embora aparentemente destituída de qualquer método defensivo), a confirmar, no fundo, as condições de excelência proporcionadas pelo sítio à sobrevivência das comunidades humanas que o foram escolhendo ao longo dos tempos, confirmadas, aliás, pela presença de elementos atribuíveis a uma fruição posterior, já durante o Bronze Final.
O povoado apresenta um complexo sistema defensivo constituído por duas linhas de muralha levantadas em pedra solta e taludes, apresentando marcas de terem sido, em dado momento da sua utilização, revestidas de protecção pétrea, precisamente nas áreas mais vulneráveis em termos defensivos devido à inexistência pontual de penedos e das elevadas falésias características do cabeço.
As investigações conduzidas ao longo da última década sob orientação de Maria de Jesus Sanches permitiram definir três etapas do povoado diferenciadas entre si pela alteração da orgânica funcional do espaço. Por conseguinte, enquanto que o denominado "Castro I" se reporta essencialmente ao período calcolítico (vide supra), o "Castro II" destaca-se pela presença de todos os elementos estruturantes da fortificação erguida na Idade do Ferro, que acabaram por alterar profundamente a distribuição espacial do povoado, agora disseminado ao longo de cerca de dois hectares e meio de terreno. Por fim, o "Castro III" corresponderá à ocupação da Idade do Bronze (vide supra) concentrada na plataforma inferior intra-muros, precisamente no local onde o anterior muralhado parece ter perdido a sua função original, e numa altura em que as estruturas domésticas edificadas sobre as ruínas do "Castro II" assumiram um carácter bastante mais perecível, destacando-se, ainda, a presença de uma estrutura funerária em tumulus, com incineração, dentro da própria área habitacional.
A maior parte das construções de uso quotidiano foi essencialmente identificada na plataforma inferior, onde, a par de uma lareira, se escavou uma estrutura pétrea de planta circular de dimensões consideráveis. Na verdade, o elevado número de elementos remanescentes de lareiras e de buracos de poste (entre outros aspectos) permitirá falar de uma ocupação doméstica relativamente intensa desta plataforma, porém dispersa, a denunciar, no fundo, uma permanente reformulação dos espaços habitacionais.
Quanto ao espólio associado, foram recolhidos, entre outros elementos mais significativos, alguns exemplares líticos, um artefacto de cobre e fragmentos de cerâmica manual lisa e com decoração, especialmente campaniforme, esta última exumada ao nível da plataforma superior.
Entretanto, projecta-se a construção de um "Centro Interpretativo" no "Castro de Palheiros", onde o público visitante poderá observar alguns materiais ilustrativos das diversas campanhas arqueológicas empreendidas no local, ao mesmo tempo que obter uma visão mais abrangente e coesa daquele que terá sido, em tempos, o "Castro de Palheiros".
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, 6 vols., Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade do MinhoLEMOS, Francisco SandeEdição1993Braga6 Vols.
"Pedras fincadas em Trás-os-Montes (Portugal)", Chevaux-de frise i fortificació en la primera edat del ferro europeaREDENTOR, Armando JoséEdição2003Lleida,n.ºs 27-29, pp. 135-154
"300 Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madanRAPOSO, JorgeEdição2001Almada2.ª série, n. º10, pp.100-157
"Uma estrutura funerária da Idade do Ferro em contexto habitacional no crasto de Palheiros - Murça (NE de Portugal)", Actas do 3º Congresso de Arqueologia Peninsular. Proto-História da Península Ibérica. Vila Real 1999NUNES, Susana AndreiaEdição2000PortoVol. 5, pp. 23-42
"Uma estrutura funerária da Idade do Ferro em contexto habitacional no crasto de Palheiros - Murça (NE de Portugal)", Actas do 3º Congresso de Arqueologia Peninsular. Proto-História da Península Ibérica. Vila Real 1999RIBEIRO, Ricardo ÁvilaEdição2000PortoVol. 5, pp. 23-42
"Introdução: breve evolução da Pré-História recente do Norte de Portugal (do VI.º ao II.º milénio A. C.)", Actas do 3º Congresso de Arqueologia Peninsular. Pré-História recente da Península Ibérica. Vila Real 1999JORGE, Susana de OliveiraEdição2000PortoVol. 4, pp. 7-12
"O Crasto de Palheiros-Murça. Notícia preliminar das escavações de 1995 e de 1996", Actas do 2º Congresso de Arqueologia Peninsular, Zamora, 1996SANCHES, Maria de JesusEdição1997ZamoraTomo II. pp. 389-399
"O castro de Palheiros (Murça). Do calcolítico à idade do ferro", PortugáliaSANCHES, Maria de JesusEdição2001Porton.ºs 21-22, pp. 5-40
"Estudo do material lítico do castro de Palheiros - Murça", Estudo do material lítico do castro de Palheiros - MurçaGOMES, Isidro M. T.Edição2001Portopp. 21-22, pp. 41-101

IMAGENS

Castro de Palheiros - Vista geral apartir de Nordeste

Castro de Palheiros - Vista geral

Castro de Palheiros - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Castro de Palheiros - Planta com a delimitação e ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt