Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Santa Marinha, Paroquial de Vila Marim
Designação
DesignaçãoIgreja de Santa Marinha, Paroquial de Vila Marim
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial de Vila Marim / Igreja de Santa Marinha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Fresco
TipologiaFresco
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaVila Real/Vila Real/Vila Marim
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
41.308969-7.776565
DistritoVila Real
ConcelhoVila Real
FreguesiaVila Marim
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 226/2011, DR, 2.ª Série, n.º 12, de 18-01-2011 (ver Portaria)
Despacho de homologação de 11-12-2006 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer favorável de 28-06-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 26-01-2005 da DR do Porto para a classificação da Igreja como MIP
Despacho de abertura de 7-10-1994 do presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 26-09-1994 da DR do Porto (apenas para os frescos quatrocentistas e quinhentistas)
Proposta de classificação de 30-08-1994 da Paróquia de Vila Marim
ZEPPortaria n.º 226/2011, DR, 2.ª Série, n.º 12, de 18-01-2011 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 11-12-2006 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer favorável de 28-06-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 26-01-2005 da DR do Porto
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Localizada num extremo da povoação de Vila Marim, a Igreja de Santa Marinha é um templo de fundação medieval, que se destaca pelo conjunto de pinturas murais que adornam a nave e a capela-mor.
De planta retangular, a igreja é formada por três corpos em aparelho de pedra, o maior correspondente à nave, ao qual se adossa à esquerda a torre sineira e, na zona tardoz, um volume quadrangular mais baixo, que alberga a capela-mor e a sacristia.
A fachada, rematada em empena coroada por pináculos, é marcada pela abertura do portal principal, em arco de volta perfeita, encimado por óculo. À esquerda ergue-se a torre sineira, finalizada por merlões. Os panos murários laterais, rematados por cachorros, são rasgados por janelas no primeiro registo.
O interior é um espaço de nave única, com coro-alto de madeira, e baptistério inserido num arco pleno, do lado do Evangelho. Ainda deste lado ergue-se o púlpito e abre-se uma capela com retábulo de talha, dourada e policromada, confrontante com duas capelas similares, rasgadas na parede do lado da Epístola.
Também na parede do lado do Evangelho, junto ao arco triunfal, encontram-se dois conjuntos de frescos sobrepostos, executados entre o século XV e o primeiro quartel do século XVI; no primeiro identifica-se, na zona superior, uma representação de Santa Catarina, ladeada por motivos de estampilha; do segundo conjunto, cuja composição se divide em três registos, identificam-se, no plano inferior, São Brás, Santo Antão e São Roque, no plano intermédio, a representação de Cristo no Jardim das Oliveiras, ladeado por Pedro, Tiago e João, e o Beijo de Judas, e no último registo, motivos de grutesco. O arco triunfal é, também, decorado por pintura mural, oitocentista, representando a adoração da Sagrada Eucaristia.
O espaço da capela-mor é, também, decorado por frescos, que correspondem igualmente a duas fases de execução. Da primeira, tardo-quatrocentista, subsiste a composição tripartida da parede fundeira, onde se representam Santa Marinha, São Bento e São Bernardo como três figuras de corpo inteiro identificadas por legendas, encimadas por uma cena de caça de falcoaria e ladeadas por painéis de tapetes decorativos. Na zona inferior, foi executado um lambrim de cubos perspetivados. Sobre este foi executado, no terceiro quartel de Quinhentos uma segunda pintura que se prolonga pelas paredes laterais, integrada num frontão, com representações de grutescos em amarelo, ocre e vermelho, e no canto inferior esquerdo, encontra-se figurado um galgo. Em cada uma das portas laterais foi pintada em trompe l'oeil uma porta, e do lado da Epístola encontram-se vestígios da representação de São Miguel e de um sol.
História
A fundação da igreja de Vila Marim, dedicada a Santa Marinha, situa-se entre os séculos XIII e XIV. O edifício medieval foi alterado no século XVIII, quando foi construída a torre sineira e um novo arco cruzeiro, que obrigou ao alteamento da nave e da capela-mor.
O templo destaca-se, sobretudo, pelo importante conjunto de pinturas de fresco preservadas no seu interior, que correspondem a quatro campanhas diferenciadas, atribuídas a outras tantas oficinas, que Joaquim Caetano identificou como Oficinas I, II, III e IV (Caetano, 2001). À Oficina I corresponde a execução da primeira representação da nave (Santa Catarina), datada do século XV; à Oficina II atribui-se o painel central, também quatrocentista, que ornamenta a parede fundeira da capela-mor (Santa Marinha, São Bento e São Bernardo); da autoria da Oficina III é a representação que ocupa parte da nave com as cenas cristológicas e os santos Brás, Antão e Roque, datáveis do primeiro quartel do século XVI; por fim, à Oficina IV correspondem as restantes pinturas que envolvem a figuração central da capela-mor, nomeadamente a elegante figura do galgo, as representações em trompe l'oeil e o frontão com grutescos, datadas de 1549 (Idem).
Catarina Oliveira
DGPC, 2017
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens6
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
O Marão e as oficinas de Pintura Mural nos Séculos XV e XVICAETANO, JoaquimEdição2001LisboaEd. Aparição
"Pintura mural em Santa Marinha de Vila Marim, S. Martinho de Penacova, Santa Maria de Pombeira e na capela funerária anexa à igreja de S. Dinis de Vila Real...". Cadernos do Noroeste. Série História 3, vol 20 (1-2)BESSA, PaulaEdição2003Braga
"O mosteiro de Pombeiro e as igrejas do seu padroado: mobilidade de equipas de pintura mural".Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte 7BESSA, PaulaEdição2005Porto
Motivos decorativos de estampilha na pintura a fresco dos séculos XV e XVI no Norte de Portugal. Relações entre pintura mural e de cavalete. Tese de doutoramento.CAETANO, Joaquim InácioEdição2010Lisboa
"A Pintura Mural de Vila Marim", in Boletim n.º 6 da ADCR, Março de 1997Edição1997Lisboa
"O Marão e as Oficinas de Pintura Mural nos Séculos XV e XVI", in Actas do Congresso "Amarante Congresso Histórico 98", III Vol., Património, Arte e ArqueologiaEdição1998Amarante

IMAGENS

Igreja Paroquial de Vila Marim - Interior da capela-mor: pintura mural do altar-mor

Igreja Paroquial de Vila Marim - Interior da capela-mor: pintura mural na parede do lado Norte

Igreja Paroquial de Vila Marim - Interior: pintura mural na parede da nave do lado Norte

Igreja Paroquial de Vila Marim - Fachada principal

Igreja Paroquial de Vila Marim - Fachada lateral norte: escadaria de acesso ao coro-alto

Igreja Paroquial de Vila Marim - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

MAPA

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