Casa da Fonte da Bouça, incluindo a quinta, o campo denominado Tapada e os anexos agrícolas | |||||
Designação | |||||
Designação | Casa da Fonte da Bouça, incluindo a quinta, o campo denominado Tapada e os anexos agrícolas | ||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa da Fonte da Bouça (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Conjunto | ||||
Tipologia | Conjunto | ||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||
Inventário Temático | |||||
Localização | |||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Ponte de Lima/Vitorino das Donas | ||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||
Concelho | Ponte de Lima | ||||
Freguesia | Vitorino das Donas | ||||
Proteção | |||||
Situação Actual | Classificado | ||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||
Cronologia | Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto) | ||||
ZEP | |||||
Zona "non aedificandi" | |||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||
Património Mundial | |||||
Património Mundial Designação | |||||
Cadastro | |||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||
Descrição Geral | |||||
Nota Histórico-Artistica | Sendo uma das mais graciosas vilas do Norte de Portugal (Guia de Portugal, 1983, p. 1019), Ponte de Lima beneficiou desde a mais alta antiguidade da sua localização estratégica no território peninsular, assumindo-se como ponto de cruzamento de vários caminhos, nomeadamente de uma das mais importantes vias militares lançadas ao tempo da conquista romana: a que unia Bracara Augusta (Braga) a Tuy (Pontevedra), ligando o actual território português à urbe de Santiago de Compostela. Uma via posteriormente convertida no denominado "Caminho Português", ou seja, num dos traçados privilegiados da peregrinação àquela cidade galega (Cf. PORTUGAL, J. e TÉRRON, A. G., 1995).
Com efeito, "Este espaço geográfico de eleição, dom da natureza e do trabalho do homem, é ainda enriquecido por um património histórico e antropológico extraordinariamente denso, valioso e de grande significado." (ALMEIDA, C. A. F. de, 1987, p. 100). A par de inúmeros testemunhos de arquitectura românica, gótica, maneirista e barroca, avultam exemplares de paços e casas nobilitadas, numa comprovação das potencialidades da terra (Ibidem), ao mesmo tempo que integravam uma das realidades mais presentes na vida nacional, uma vez que era em torno dos solares que se desenrolava todo um quotidiano de trabalho rural. Reflectiam, também por isso, a evolução da própria História do país, ilustrando algumas das suas mais notáveis e conturbadas páginas. Vitorino das Donas (assim designada por ter albergado um mosteiro beneditino) é uma das freguesias que ostentam testemunhos desta tipologia arquitectónica, a exemplo da "Casa da Torre das Donas" e do "Paço de Vitorino", ao qual se chamou "Casa Queimada", por ter sido incendiado ao tempo das lutas liberais oitocentistas. E era, justamente, desta última casa - de Vitorino - que dependia a "Casa da Fonte da Bouça" (designação atribuída pela existência, na quinta, de uma fonte) em meados do século XVII, até que, na centúria seguinte, foi doada a D. Joana de Abreu Coutinho, por seu pai, como dote de casamento, sendo neste período "[...] que surgem alguns dos tipos mais acabados e mais importantes de casas nobres que depois se vão impor." (Solares Portugueses, p. 55). Entretanto, levou-se a cabo, já na segunda metade de setecentos, uma ampla campanha de obras no Paço. Remodelaram-se, então, compartimentos e acrescentaram-se alas, remontando a este momento o levantamento de uma varanda alpendrada ao longo de todo o alçado virado a Este, através da qual se passava a aceder à torre da Casa, adquirindo o conjunto uma expressão mais conforme às tendências do carácter português (Idem, Ibidem, p. 66). Quanto à Torre, propriamente dita, ela inseria-se no tipo de casa nobre profundamente inspirado no modelo arquitectónico militar, assomado em finais da Idade Média, dando, assim, lugar ao "[...] primeiro tipo evoluído da residência nobre portuguesa que vai manter-se através dos séculos." (Idem, Ibidem, p. 55), constituindo a casa de planta em "U" a grande novidade trazida pelo século XVII. [AMartins] | ||||
Processo | |||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||
Outra Classificação | |||||
Nº de Imagens | 0 | ||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
Monografia do concelho de Ponte de Lima | AURORA, Conde de | Edição | 1946 | Porto | |
Anais Municipais de Ponte de Lima | LEMOS, Miguel Roque dos Reis | Edição | 1977 | Ponte de Lima | |
Ponte de Lima no tempo e no espaço | REIS, António Matos | Edição | 2000 | Ponte de Lima | |
Anais Municipais de Ponte de Lima | REIS, António Matos | Edição | 1977 | Ponte de Lima | |
Itinerários de Ponte de Lima | REIS, António Matos | Edição | 1973 | Ponte de Lima | |
Guia de Portugal, v.4, t. II : Entre Douro e Minho, Minho | DIONÍSIO, Sant'Ana | Edição | 1996 | Lisboa | |
Inventário Artístico da Região Norte - III (Concelho de Ponte de Lima) | Edição | 1974 | Porto | série «Estudos Regionais» - n.º 10 |