Casa e Quinta do Mirante | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa e Quinta do Mirante | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Vandoma Casa do Lima Casa do Brigadeiro | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Quinta | ||||||||||||
Tipologia | Quinta | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Vila Nova de Gaia/Santa Marinha e São Pedro da Afurada | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Vila Nova de Gaia | ||||||||||||
Freguesia | Santa Marinha e São Pedro da Afurada | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Despacho de encerramento de 17-03-2006 da vice-presidente do IPPAR | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Edificada no século XIX, a designação de "Mirante" decorre do facto de a "Casa e Quinta" ostentar, numa das suas extremidades, voltada para o Rio Douro e para a cidade do Porto, com uma abrangência visual desde o Convento de Monchique (onde Camilo Castelo-Branco (1825-1890) fez passar parte do seu Amor de Perdição) até à Ponte da Arrábida, uma estrutura em pedra coberta de argamassa com uma porta e duas janelas de arco quebrado que, na opinião de alguns autores, teria sido propositadamente erguida para esse fim no limiar dos anos noventa da mesma centúria.
Este não terá sido, contudo, o primeiro nome que lhe foi conhecido, o que, de certo modo, explicará a multiplicidade de designações pela qual é reconhecida localmente. Desde "Castelo de Vandoma" (pela relação que manteria com a Academia do mesmo nome), até "Casa do Lima", passando pela "Casa do Brigadeiro", são, de facto, inúmeros os seus nomes. A "Casa", propriamente dita, ostenta uma gramática arquitectónica e decorativa que a caracterizam de modo inequívoco como edificação oitocentista. Não obstante, o edifício que nos surge na actualidade resulta também de uma campanha de restauro e de ampliação conduzida ainda nos anos oitenta do século XX, com base num desenho datado de 1640 encontrado pelo proprietário num acervo documental que teria pertencido à "Casa" e à "Academia Vandoma". Segundo a sua leitura, a "Casa" teria integrado originalmente o "Castelo de Gaia", este último concebido e edificado ainda no tempo de Filipe II de Espanha (1527-1598), I de Portugal. Mas, aparte estas considerações, o facto é que a construção que então existiu foi sendo parcialmente derruída com o volver dos tempos, acabando por incorporar o aspecto oitocentista que hoje visualizamos, com um cariz nitidamente revivalista, conferido, entre outros elementos estruturais e decorativos, pela presença de torreões e guaritas, certamente numa alusão à função primordial que exerceria, como parte totalizante que seria da área acastelada de Gaia (vide supra). Composta de três pisos, o primeiro registo da "Casa" foi essencialmente destinado a biblioteca e escritório, enquanto o segundo andar se acha ocupado por compartimentos de lazer e de convívio social (como o "Salão de Música" e a própria "Sala de Jantar"), encontrando-se a maioria dos aposentos de carácter privado no terceiro e último piso. Mas apesar do inegável valor arquitectónico do edifício, é sobretudo no seu interior que se encontram alguns dos elementos de maior valência histórica e artística. Com efeito, desde exemplares de mobiliário, passando por diversos elementos de estatuária, armaria, relojoaria, até quadros (muitos dos quais representando os antigos proprietários da "Casa") e livros, são inúmeros os testemunhos da riqueza memorial que encerra, testemunho do passar inelutável dos anos, ao mesmo tempo que um reflexo do gosto estético e dos interesses culturais dos seus sucessivos possessores. A importância do imóvel não se esgota, porém, na "Casa". Em seu redor, desenvolve-se um amplo espaço que perfaz o verdadeiro sentido de "Quinta". É a partir do segundo piso do edifício habitacional que se acede, por escadaria, a um jardim que o circunda e se encontra delimitado da área agrícola por um muro granítico, junto ao qual se encontra um chafariz aberto no próprio socalco e encimado por duas grandes floreiras esculpidas, de igual modo em granito, não sendo, porém, o único elemento aquático presente no local, pois, do lado Sul, a "Casa" ostenta um pequeno lago com repuxo. Quanto à área agrícola, ela é essencialmente composta de árvores de fruto, de vinha e de uma multiplicidade de espécies vegetais, complementadas por uma imensa variedade de árvores de jardim, a contribuir, no fundo, para a instalação de um ecossistema bastante singular. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Área do Castelo de Gaia | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Registos superiores do imóvel
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
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