Igreja da Misericórdia de Viseu, incluindo o património integrado, adro e escadório | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja da Misericórdia de Viseu, incluindo o património integrado, adro e escadório | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Viseu (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Viseu/Viseu | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||
Concelho | Viseu | ||||||||||||
Freguesia | Viseu | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 690/2015, DR, 2.ª série, n.º 181, de 16-09-2015 (ver Portaria) Anúncio n.º 154/2015, DR, 2.ª série, n.º 111, de 9-06-2015 (ver Anúncio) Parecer de 6-05-2015 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura para a classificação como MIP da Igreja da Misericórdia de Viseu, incluindo o património integrado, adro e escaddório Proposta de 9-09-2014 da DRC do Centro para a classificação como MIP Anúncio n.º 302/2013, DR, 2.ª série, n.º 173, de 9-09-2013 (ver Anúncio) Despacho de 26-07-2013 do Secretário de Estado da Cultura a aprovar a abertura de novo procedimento Parecer favorável de 24-07-2013 da diretora-geral da DGPC Proposta de 12-07-2013 da DRC do Centro para abertura de novo procedimento de classificação (Igreja da Misericórdia de Viseu, adro e escadório) Anúncio n.º 13820/2012, DR, 2.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Anúncio) Despacho de arquivamento de 17-12-2012 da diretora-geral da DGPC, com fundamento na existência de deficiências de instrução consideradas insanáveis em tempo útil Procedimento prorrogado até 31-12- 2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de abertura de 27-10-1998 do vice-presidente do IPPAR Proposta de abertura de 23-10-1998 da DR de Coimbra (Igreja da Misericórdia de Viseu) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Muito se tem escrito sobre o edifício da Misericórdia de Viseu, questionando-se, primeiro, o problema da fundação e local original da primitiva igreja, e depois os problemas relacionados com a caracterização do edifício actual, principalmente a fachada setecentista, que é considerado o seu elemento de maior interesse e relevância. Não se sabe, ao certo, em que data foi fundada a Misericórdia, apontando-se como mais provável o ano de 1510, embora esta possa ser anterior e remontar a 1506, data em que o Cardeal de Alpedrinha foi Bispo de Viseu. Certo é que já existia em 1516, quando recebeu o Compromisso de D. Manuel (FREITAS, 2000, p.75). A mesma incerteza verifica-se em relação ao local e configuração da primitiva igreja, que poderia ou não corresponder à da actual. Os estudos de Maria Luísa de Freitas, que temos vindo a seguir, apontam para que a edificação seiscentista se deva à iniciativa do Bispo D. Jorge de Ataíde (1569-1578). As descrições subsistentes deste templo sugerem semelhanças planimétricas relativamente ao que hoje conhecemos e, até à grande obra da fachada, a documentação é omissa no que concerne a reformas arquitectónicas. Excepção, neste campo, constitui a definição do adro que antecede o templo, executado, em 1749, pelo pedreiro António de Almeida, e que deverá, ao que tudo indica, ser o actual (IDEM, p.77). A igreja, de nave única com anexos adossados (que se crê terem sido realizados no início do século XIX (PEREIRA, RODRIGUES, 1915, pp.679-680), desenvolve-se em volumes diferenciados, abertos nos alçados exteriores por diversas janelas e portas de moldura recta. No interior, os panos murários da nave e capela-mor são rasgados por portas e janelas de sacada com balaustrada. Os altares e respectivos retábulos são já neoclássicos, remontando às intervenções ocorridas ao longo do século XIX. A obra da fachada deverá ser compreendida no contexto da renovação urbana que Viseu conheceu em meados do século XVIII. O desejo de actualização estética por parte dos Irmãos da Misericórdia terá conduzido à encomenda de um novo frontispício para a sua igreja, cujo plano era uma realidade em 1764. Não se conhece o seu autor, e a documentação subsistente não permite avançar dados mais seguros. Contudo, o nome de António Mendes Coutinho, responsável pelo traçado das igrejas barrocas da cidade, tem vindo a ser apontado como o mais provável autor da fachada da Misericórdia, numa atribuição que ganha maior peso se compararmos esta obra com outras seguramente concebidas por Coutinho, como é o caso da igreja de Ribafeita (FREITAS, 2000, pp.79-81). Em todo o caso, esta obra é, também, devedora do seu mestre pedreiro, António da Costa Faro, que a arrematou em 1775. Desenvolvida num único plano, a fachada da Misericórdia é dividida por pilastras, que flanqueiam uma série de portas, no piso térreo, e janelas com balaustrada no segundo andar. Ao centro, abre-se o portal, encimado por varanda com balaustrada. A empena acompanha o desenho do frontão da fachada, enquadrando as armas reais. Sobre os panos laterais, uma cimalha interrompida por acrotérios percorre o edifício e, num plano mais recuado, duas torres projectam o edifício na vertical. Se, por um lado, este frontispício se assemelha a um palácio barroco (sem torres), podendo ser cotejado com a casa do Cabo de S. João da Pesqueira, a Casa de Cedovim ou a Casa dos Condes e Anadia (VALE, 1969, p.16), por outro, os pormenores decorativos apontam para a aproximação à igreja de N. S. dos Remédios (Lamego), ou à Casa dos Lobo Machado (Guimarães) (SMITH, 1968, p.108). Em todo o caso, esta obra parece assumir o espírito da arquitectura do século XVIII, onde se verifica um forte eclectismo, e onde "a arquitectura chã transparece claramente". A decoração parece aposta a uma fachada linear, sem relação entre si, "e o templo estira-se em largura até se perder qualquer hipótese de integração dos vários panos, um pouco à maneira do gótico tradicional" (GOMES, 1988, p.32). (RC) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 22 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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The art of Portugal 1500-1800 | SMITH, Robert C. | Edição | 1968 | Londres | |
Retábulos das Misericórdias Portuguesas | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2009 | Faro | |
Portugal - Diccionário Historico, Chorographico, Heraldico, Biographico, Bibliographico, Numismatico e Artistico | PEREIRA, L. A. Esteves | Edição | 1911 | Lisboa | |
Portugal - Diccionário Historico, Chorographico, Heraldico, Biographico, Bibliographico, Numismatico e Artistico | RODRIGUES, Guilherme | Edição | 1911 | Lisboa | |
Solares Portugueses - Introdução ao Estudo da Casa Nobre | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1969 | Lisboa | |
A cultura arquitectónica e artística em Portugal no séc. XVIII | GOMES, Paulo Varela | Edição | 1988 | Lisboa | |
"A Misericórdia de Viseu", Monumentos, n.º 13, pp. 75-81 | FREITAS, Maria Luísa Amaral Varela de | Edição | 2000 | Lisboa | |
Origens e Formação das Misericórdias Portuguesas | CORREIA, Fernando da Silva | Edição | 1999 | Lisboa | |
Viseu monumental e artístico | VALE, Alexandre de Lucena e | Edição | 1969 | Viseu |
Igreja da Misericórdia de Viseu - Fachada principal
Igreja da Misericórdia de Viseu - Planta com a delimitação do imóvel em vias de classificação e a respetiva ZGP (já foi classificado)
Igreja da Misericórdia de Viseu, incluindo o património integrado, adro e escaddório - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: retábulo-mor
Igreja da Misericórdia de Viseu - Enquadramento geral de norte (a partir do rio Paiva)
Igreja da Misericórdia de Viseu - Fachadas principal e lateral norte
Igreja da Misericórdia de Viseu - Enquadramento geral de nascente
Igreja da Misericórdia de Viseu - Fachada principal e torre sineira norte
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: órgão de tubos na parede do lado da Epístola
Igreja da Misericórdia de Viseu - Enquadramento geral de sul
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: coro-alto e guarda-vento
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: capela-mor
Igreja da Misericórdia de Viseu - Enquadramento geral de nascente
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior da capela-mor: retábulo-mor
Igreja da Misericórdia de Viseu - Guarda-vento (visto do exterior)
Igreja da Misericórdia de Viseu - Fachada principal
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: retábulo colateral do lado do Evangelho dedicado à Visitação
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: tela do retábulo-mor representando a Assunção da Virgem Maria (actualmente colocada na parede da nave do lado do Evangelho)
Igreja da Misericórdia de Viseu - Fachada lateral sul
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: portada do portal principal
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: nave e capela-mor
Igreja da Misericórdia de Viseu - Interior: retábulo colateral do lado da Epístola dedicado a Nossa Senhora da Piedade (ou do Pé da Cruz)
Palacete Vilar de Allen
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