Sítio Arqueológico de Colaride | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Sítio Arqueológico de Colaride | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Estação romana de Colaride / Sítio Arqueológico de Colaride (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Sítio | ||||||||||||
Tipologia | Sítio | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Sintra/Agualva e Mira-Sintra | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Sintra | ||||||||||||
Freguesia | Agualva e Mira-Sintra | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 187/2013, DR, 2.ª série, n.º 69, de 9-04-2013 (toda a área é considerada ZNA) (ver Portaria) Procedimento prorrogado até 30-06-2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 13-12-2012 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 13572/2012, DR, 2.ª série, n.º 200, de 16-10-2012 (ver Anúncio) Parecer de 26-09-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a classificação como SIP Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Parecer favorável de 31-10-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 28-05-2007 da DR de Lisboa para a classificação como IIP Edital N.º 202/02 de 17-04-2002 da CM de Sintra Despacho de abertura de 7-06-1999 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 2-06-199 do IPA para a abertura da instrução de proceso de classificação Proposta de 17-07-1997 da CM de Sintra para a classificação do Sítio Arqueológico de Colaride Proposta de 30-01-1995 da Associação "Olho Vivo" para a classificação do Sítio do Alto do Colaride | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 187/2013, DR, 2.ª série, n.º 69, de 9-04-2013 (sem restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 13-12-2012 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 13106/2011, DR, 2.ª série, n.º 181, de 20-09-2011 (ver Anúncio) Parecer favorável de 31-10-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 28-05-2007 da DR de Lisboa | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181504 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio O Sítio Arqueológico de Colaride ocupa uma área consideravelmente extensa ao longo de uma plataforma localizada no esporão sobranceiro à ribeira dos Ossos, beneficiando assim de uma excelente visibilidade sobre a paisagem envolvente. Implanta-se a Oeste do Monte Abraão, sendo circundado a Nordeste pela Gruta Natural de Colaride e, a Sudoeste, pelo moinho velho de Rocanes. O local carateriza-se por uma longa reutilização do espaço com uma primeira ocupação datada do Paleolítico Médio, tendo sido exumados vários instrumentos de sílex correspondentes a quatro oficinas de talhe diferenciadas que utilizavam a matéria-prima proveniente da região. Alguns objetos em bronze encontrados na área apontam também para uma ocupação Proto-Histórica apesar de não serem conhecidas estruturas deste período. O sítio foi ocupado depois durante o período romano, (séculos I e III), tendo sido encontrados vestígios de uma necrópole associada a um aglomerado habitacional com a mesma cronologia. Ainda de época romana foi identificada numa área mais elevada relativamente ao que se pensa ser o núcleo de habitat, uma pedreira de exploração a céu aberto, podendo estar relacionada com a necessidade de matéria-prima para a construção dos edifícios. Em relação ao espólio arqueológico exumado durante as intervenções arqueológicas realizadas ao longo dos anos, destacam-se os artefactos pré-históricos em sílex, um molde de fundição de foices da Idade do Bronze, pesos de tear, diversos fragmentos de cerâmica do período romano, nomeadamente terra sigillata, material de construção como tegulaee, imbrices e vestígios de argamassa (opus signinum) e, ainda, um anel em bronze. Os artefactos recolhidos encontram-se atualmente depositados no Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas e no Museu Nacional de Arqueologia. História A identificação desta estação arqueológica integra-se no movimento dos estudos arqueológicos que antecederam o grande evento que pretendia promover a Arqueologia em Portugal, o IX Congresso Internacional de Anthropologia e Archeologia Pre-histórica (CIAPP) realizado em Lisboa, em 1880. As primeiras notícias relativas a este sítio foram reportadas pelo engenheiro militar e geólogo Carlos Ribeiro (1813-1882), então ao serviço da Commissão Geológica de Portugal, tutelada pelo Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Carlos Ribeiro, mais atento à presença dos artefactos pré-históricos, registou no local diversos instrumentos feitos em sílex, classificando a estação como Paleolítica. Em 1898 inicia-se uma nova etapa na investigação do sítio devido à execução de alguns trabalhos agrícolas que colocaram a descoberto vestígios de uma necrópole romana, a par da entrada de uma gruta existente nas proximidades que serviu também como necrópole, ambos os locais prospetados por naturalistas britânicos e por José Leite de Vasconcellos (1858-1941). Em conjunto, estas intervenções suscitaram o interesse generalizado da comunidade científica nacional e internacional, motivando, em 1915, a deslocação do geólogo Paul Choffat (1849-1919) ao sítio onde recolheu alguns artefactos proto-históricos e romanos. Embora regularmente visitado por especialistas e curiosos ao longo de novecentos, um melhor conhecimento da área ocorreu apenas nos anos setenta do século XX, com a identificação de material de construção romano que aponta para a existência de um aglomerado habitacional deste período. Trabalhos executados para a instalação de uma rede de gás natural na região, já na década de noventa do séc. XX, permitiram identificar uma pedreira romana, bem como a respetiva área de telheiro para tratamento da matéria-prima. Ana Teresa Henriques e Maria Ramalho/DGPC/2018 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 23 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"La fin de l'Age du Bronze dans le Centre-Portugal", O Arqueólogo Português | COFFYN, André | Edição | 1983 | Lisboa | 4.ª série, vol. 1, pp. 169-196. |
"Sur un moule pour faucilles de bronze provenant du Casal de Rocannes", O Arqueólogo Português | FONTES, Joaquim | Edição | 1916 | Lisboa | 1.ª série, vol. 21, pp. 337-342. |
Estudos pré-históricos em Portugal. Notícia de algumas estações e monumentos pré-históricos | RIBEIRO, Carlos | Edição | 1980 | Lisboa | 2 vols., pp. 89 e 86 |
"Sítio Arqueológico de Colaride ", O Arqueólogo Português | - | Edição | 1968 | Lisboa | 3.ª série, vol. 2, pp. 191-192. |
"Estudo preliminar da pedreira romana e outros vestígios identificados no sítio arqueológico de Colaride ", Revista Portuguesa de Arqueologia | COELHO, Catarina | Edição | 2002 | Lisboa | n.º 5, vol. 2, pp. 277-323 |
Portugal Romano-a expoloração dos recursos naturais | Obra |
Sítio Arqueológico de Colaride - Planta com a delimitação do imóvel e com a proposta de ZEP apresentada pela DRL e com parecer concordante do CC (a ZEP só entra em vigor após publicação no DR)
Sítio Arqueológico de Colaride - Planta do imóvel com ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
Sítio Arqueológico de Colaride
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista parcial
Sítio Arqueológico de Colaride - Fotografia aérea
Sítio Arqueológico de Colaride durante o acompanhamento da obra.
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista parcial
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista parcial do terreno
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista parcial
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista parcial
Sítio Arqueológico de Colaride - Enquadramento geral
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista geral do terreno
Sítio Arqueológico de Colaride - Enquadramento geral do terreno
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista geral do terreno
Sítio Arqueológico de Colaride - Estrutura de pombal em ruínas
Sítio Arqueológico de Colaride - Pormenor do pavimento com vestígios arqueológicos
Sítio Arqueológico de Colaride - Estrutura de pombal em ruínas
Sítio Arqueológico de Colaride - Enquadramento geral do terreno
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista geral do terreno
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista geral do terreno
Sítio Arqueológico de Colaride - Pormenor de vestígios arqueológicos
Sítio Arqueológico de Colaride - Vista parcial de vestígios arqueológicos
Sítio Arqueológico de Colaride - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor