Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Zona Histórica de Alpedrinha
Designação
DesignaçãoZona Histórica de Alpedrinha
Outras Designações / PesquisasZona Histórica de Alpedrinha / Núcleo urbano da vila de Alpedrinha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Mista / Centro Histórico
TipologiaCentro Histórico
CategoriaArquitectura Mista
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCastelo Branco/Fundão/Alpedrinha
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Alpedrinha Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.099708-7.467726
DistritoCastelo Branco
ConcelhoFundão
FreguesiaAlpedrinha
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como CIP - Conjunto de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 629/2020, DR, 2.ª série, n.º 206, de 22-10-2020 (com ASA e restrições urbanísticas) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por derspacho de 15-05-2020 do diretor-geral da DGPC
Anúncio n.º 204/2019, DR, 2.ª série, n.º 241, de 16-12-2019 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 23-10-2019 do subdiretor-geral da DGPC
Parecer favorável de 16-10-2019 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 3-04-2019 da DRC do Centro para a classificação como CIP
Parecer favorável de 21-02-2019 da CM do Fundão
Em 7-02-2019 a DRC do Centro solicitou parecer à CM do Fundão sobre a sua proposta de classificação como CIP e respetivas restrições
Anúncio n.º 143/2017, DR, 2.ª série, n.º 159, de 18-08-2017 (ver Anúncio)
Despacho de 19-04-2017 da diretora-geral da DGPC a determinar a abertura de novo procedimento de classificação
Informação favorável de 1-04-2016 da DRC do Centro
Proposta de 13-05-2015 da CM do Fundão para a abertura de novo procedimento de classificação de âmbito nacional
Enviada cópia do processo à CM do Fundão em 15-01-2015 para a ponderação de classificação como CIM
Despacho de 3-11-2014 do diretor-geral da DGPC a determinar o arquivamento do procedimento de âmbito nacional
Proposta de arquivamento de 13-10-2014 da DRC do Centro, por não ter um valor cultural de âmbito nacional
Em reunião na DRC do Centro, realizada em 28-04-2014, a CM do Fundão manifestou interesse em reiniciar o procedimento de classificação
Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
Despacho de abertura de 12-04-1994 do presidente do IPPAR
Proposta de 4-04-1994 da DR de Coimbra do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de um grupo de moradores (1984) para a classificação do Centro Histórico de Alpedrinha
ZEPPortaria n.º 629/2020, DR, 2.ª série, n.º 206, de 22-10-2020 (com 2 ASA e 2 zonamentos urbanísticos) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por derspacho de 15-05-2020 do diretor-geral da DGPC
Anúncio n.º 204/2019, DR, 2.ª série, n.º 241, de 16-12-2019 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 23-10-2019 do subdiretor-geral da DGPC
Parecer favorável de 16-10-2019 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 3-04-2019 da DRC do Centro
Parecer favorável de 21-02-2019 da CM do Fundão
Em 7-02-2019 a DRC do Centro solicitou parecer à CM do Fundão sobre a sua proposta de ZEP e respetivas restrições
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO povoado de Alpedrinha foi constituído durante a época de ocupação romana, designado então como Petratinia. Dessa época, a vila conserva ainda a estrada romana, que atravessa todo o seu perímetro longitudinalmente. Durante a Idade Média, a povoação era administrada por donatários, e em 1266 Diogo Lopes e Urraca Afonso doaram as terras de Alpedrinha à Ordem do Templo. Nesse mesmo ano terá sido iniciada a edificação da primitiva matriz de Alpedrinha, a Capela do Espírito Santo, cujas obras foram terminadas no ano de 1301.
Durante as duas centúrias seguintes a povoação foi conhecendo um crescimento progressivo, e na segunda metade do século XV inicia-se, segundo Jaime Cortesão, o "período de esplendor da vila", que se prolongaria até ao século XVII (CORTESÃO, Jaime, 1965, p. 10). Datam destas época as casas manuelinas edificadas no centro da vila, de que subsistem cinco edifícios. São exemplares de arquitectura rural cujos vãos de janelas são decorados com motivos em relevo de gosto manuelino. No conjunto destaca-se uma casa com janela de balcão ornamentada com elementos renascentistas.
Este período áureo da vila beirã deveu-se sem dúvida à actividade mecenática de D. Jorge da Costa, o conhecido Cardeal Alpedrinha, bem como da sua família. Exemplos disso são a fundação da Misericórdia local e a edificação da Capela de Santa Catarina.
A irmandade da Misericórdia de Alpedrinha foi uma das primeiras a ser instituídas no país, depois da fundação da Misericórdia de Lisboa, o que se explica pelo papel preponderante que teve D. Jorge da Costa na constituição desta última. O templo da irmandade terá sido construído nessa mesma época, mas o que actualmente subsiste no centro da vila é uma obra da segunda metade do século XVIII.
A Capela de Santa Catarina, ou Capela do Leão, foi mandada construir também em 1501 por D. Martinho da Costa, irmão do Cardeal Alpedrinha e arcebispo de Lisboa. É um templo renascentista, do qual se destaca o grandioso portal, uma obra inspirada na tipologia dos portais traçados por Nicolau de Chanterene, de que é exemplo a porta do ante-coro do Mosteiro de Santa Maria de Celas, em Coimbra.
Na centúria de Seiscentos a vila continuou a crescer, renovando o seu tecido urbano. Datam desta época a designada Casa do Cardeal Alpedrinha, uma edificação chã da primeira metade do século, e os Paços do Concelho, um grande edifício de planta rectangular dividido em três pisos edificado em 1680. Na realidade, a povoação de Alpedrinha foi elevada a sede de concelho no ano de 1675 pelo regente D. Pedro, tendo sido construído de imediato o pelourinho local, situado na praça central da vila.
O século XVIII assistiu ao enobrecimento da arquitectura civil de Alpedrinha, com a construção de um majestoso fontanário público num dos extremos da vila. Mandado edificar por D. João V em 1714, este chafariz barroco, designado como um dos maiores do país, foi traçado sobre a calçada romana, segundo um projecto da autoria de Valentim da Costa Castelo Branco, um engenheiro do Exército natural de Alpedrinha.
No final da centúria foi construído, nos arredores da povoação, o Palácio do Picadeiro, um solar de gosto barroco traçado pelo mestre Carlos Caetano Correia de Castro, edificado sobre uma antiga residência da Companhia de Jesus e actualmente arruinado.
Considerada uma aldeia típica da serra beirã, Alpedrinha conheceu um progressivo desenvolvimento urbanístico ao longo dos séculos. No entanto é curioso verificar que a renovação do seu centro histórico foi feita, sobretudo, através de uma constante actualização dos seus modelos arquitectónicos, uma vez que o traçado urbano medieval, desenvolvido em torno da estrada romana, se foi mantendo praticamente inalterado.
Catarina Oliveira
IPPAR/2003
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPVias antigas em Alpedrinha e Castelo Novo
Outra ClassificaçãoVias antigas em Alpedrinha e Castelo Novo
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Beira Baixa. A memória e o olharMARCELO, M. LopesEdição1993Lisboa
AlpedrinhaJunta de Freguesia de AlpedrinhaEdição1988Alpedrinha
Guia de Portugal, Beira II - Beira Baixa e Beira AltaDIONÍSIO, Sant'AnaEdição1984Lisboa
Alpedrinha e as varandas da GardunhaCORTESÃO, JaimeEdição1965Castelo Branco

IMAGENS

Zona Histórica de Alpedrinha - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor

Zona Histórica de Alpedrinha - Palnata anexa à portaria de classificação como CIP e fixação da respetiva ZEP, com a delimitação do conjutno (com ASA) e da ZEP (com 2 ASA e 2 zonamentos urbanísticos)

Igreja da Misericórdia de Alpedrinha - Fachada principal

Igreja da Misericórdia de Alpedrinha - Vista geral

Igreja da Misericórdia de Alpedrinha - Interior: tribuna da Irmandade

Igreja da Misericórdia de Alpedrinha - Vista geral posterior

Igreja da Misericórdia de Alpedrinha - Interior: nave, capela-mor e tribuna da irmandade

MAPA

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