Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Nossa Senhora da Alegria
Designação
DesignaçãoIgreja de Nossa Senhora da Alegria
Outras Designações / PesquisasCapela de Nossa Senhora da Alegria / Igreja do Castelo / Convento de Santa Catarina / Convento de Nossa Senhora da Alegria / Igreja de Nossa Senhora da Alegria (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Castelo de Vide/São João Baptista
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Terreiro de Nossa Senhora da AlegriaCastelo de Vide Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.418169-7.458691
DistritoPortalegre
ConcelhoCastelo de Vide
FreguesiaSão João Baptista
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 740-CN/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 16-11-2012 da diretora-geral da DGPC
Declaração de retificação n.º 1201/2012, DR, 2.ª série, n.º 184, de 21-09-2012 (ver Declaração)
Anúncio n.º 13415/2012, DR, 2.ª série, n.º 178, de 13-09-2012 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 12-09-2012 do diretor do IGESPAR, I.P.
Parecer favorável de 19-12-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Proposta de 15-11-2011 da DRC do Alentejo para a classificação como MIP
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Edital de 15-07-2004 da CM de Castelo de Vide
Despacho de 8-11-1996 do vice-presidente do IPPAR a determinar a abertura da instrução do processo de classificação
Proposta de 16-10-1996 da DR de Évora do IPPAR para a classificação como IIP
ZEPPortaria n.º 740-CN/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (sem restrições) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 16-11-2012 da diretora-geral da DGPC
Declaração de retificação n.º 1201/2012, DR, 2.ª série, n.º 184, de 21-09-2012 (ver Declaração)
Anúncio n.º 13415/2012, DR, 2.ª série, n.º 178, de 13-09-2012 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 12-09-2012 do diretor do IGESPAR, I.P.
Parecer favorável de 19-12-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 15-11-2011 da DRC do Alentejo
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSituada no interior das muralhas do castelo, a igreja de Nossa Senhora da Alegria deverá ter sido reedificada no início do século XVII, conforme a legenda inscrita sobre a porta da capela-mor, que dá para a sacristia - "Esta casa toda se fez no anno de 1638 à custa dos mordomos que nesse anno serviram". Uma data que coincide com a cronologia apontada por Santos Simões para o revestimento azulejar que preenche todo o interior da igreja.
Mais tarde, em 1720, e de acordo com uma outra inscrição igualmente na capela-mor, a igreja sofreu nova intervenção - "Virgini. Matri. A. Sa. Alegria (representa-se aqui um coração). Sub. Proct. Hujusce. Populi. Senatus. Imp. Joane. V. Portucalie. Rege. Sumpt. Laurentii. Bernardes uxoris. Et. Aliorum Anno 1720.+++". Esta última, que poderá ter sido responsável pela implantação do altar-mor em talha pintada deverá, no entanto, relacionar-se com a construção do convento de Santa Catarina, contíguo à igreja, e que nunca chegou a ser terminado.
O testamento de D. Marianna Eugénia de Mendonça Furtado, reconhecido a 8 de Outubro de 1730 e aberto a 12 de Dezembro de 1837, refere a instituição do convento, percebendo-se que a igreja já existia e que seria integrada como capela do convento (publicado por REPENICADO, António, 1965, pp. 143-147). No mesmo documento, D. Marianna pedia para que, se à data da sua morte o convento não estivesse ainda terminado, o seu corpo fosse sepultado na capela-mor da igreja, o que veio a acontecer. Os dados avançados não nos permitem, no entanto, perceber quando tiveram início as obras do convento. Sabe-se apenas que em 1716 não havia dinheiro para continuar a sua construção, o que motivou a intervenção de Manuel de Azevedo Fortes, pedindo à Câmara uma solução para o caso. Os problemas sucederam-se e em 1755 as obras foram embargadas definitivamente devido ao perigo que consistia a existência do Armazém de Pólvora nas imediações (REPENICADO, António, 1965, p. 147).
A igreja, de reduzidas dimensões, apresenta uma só nave e capela-mor coberta por abóbada semi-esférica, com sacristia anexa do lado da Epístola. Na fachada, rasga-se um pórtico de grande simplicidade, com verga recta em granito, sobrepujado por painel de azulejos de padrão que remata em cruz, e nicho central com a imagem de Nossa Senhora da Alegria em barro.
No interior, as paredes são totalmente revestidas por azulejos "de tapete" de diferentes padrões, que Santos Simões identificou no seu Corpus de Azujeria do século XVII, e que se podem considerar bastante comuns neste período. O revestimento prolonga-se pelo interior da abóbada da capela-mor, resultando do conjunto uma ilusão espacial bastante eficaz. As aberturas surgem quase inexistentes, lembrando seteiras, o que pode indiciar a existência de uma construção anterior, como defendem alguns autores, baseados no desenvolvimento urbanístico do casario do interior do castelo (JORGE, Ana Santos, 1991).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCastelo de Castelo de Vide, incluindo as fortificações medievais e modernas
Outra Classificação
Nº de Imagens10
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Azulejaria em Portugal no século XVIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1971Lisboa
Breve roteiro da notável vila de Castelo de VideREPENICADO, António Vicente RaposoEdição1966Castelo de Vide
Memoria historica da muito notavel villa de Castello de VideVIDEIRA, César Augusto de Faria,Edição1908Lisboa
Castelo de Vide - Arquitectura Religiosa, vol ITRINDADE, Diamantino SanchesEdição1981
Relação de Sucessos Históricos, Notícias e Acontecimentos Políticos, Administrativos, Sociais e Outros da Notável Vila de Castelo de Vide, separata do jornal O Castelovidense, n.º 281 - 397.REPENICADO, António Vicente RaposoEdição1965
Castelo de Vide, Subsídios para o Estudo da Arqueologia MedievalTRINDADE, Diamantino SanchesEdição1979Portalegre
The Old Burgo of Castelo de Vide, Portugal, Safeguard and Conservation, (dissertação de mestrado apresentada à Katholieke Universiteit Leuven)JORGE, Ana SantosEdição1991Lovaina
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom

IMAGENS

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Fachada principal

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Interior: capela-mor

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Interior: pormenor dos azulejos

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Interior: vista geral do revestimento cerâmico e capela-mor

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Interior: pormenor do padrão do silhar de azulejos inferior (tipo massaroca)

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Interior: pormenor do padrão do silhar de azulejos superior (tipo quadrílobos)

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Interior: pormenor do padrão da barra e friso de azulejos

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Interior: fresta da nave com revestimento azulejar

Igreja de Nossa Senhora da Alegria - Fachada principal: nicho com imagem e painel cerâmico sobre o portal

MAPA

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