Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Convento de Santo António
Designação
DesignaçãoConvento de Santo António
Outras Designações / PesquisasConvento de Santo António / Igreja de Santo António (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Arganil/Vila Cova de Alva e Anseriz
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- --Vila Cova de Alva Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.282695-7.941281
DistritoCoimbra
ConcelhoArganil
FreguesiaVila Cova de Alva e Anseriz
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 885/2013, DR, 2.ª série, n.º 240, de 11-12-2013 (ver Portaria)
Anúncio n.º 13513/2012, DR, 2.ª série, n.º 192 , de 3-10-2012 (ver Anúncio)
Despacho de homologação de 23-10-2002 do Ministro da Cultura
Parecer favorável de 26-09-2002 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 7-06-1994 da DR de Coimbra do IPPAR para a classificação como IIP
Proposta de classificação de 1-09-1993 da proprietária
ZEPPortaria n.º 885/2013, DR, 2.ª série, n.º 240, de 11-12-2013 (sem restrições) (ver Portaria)
Anúncio n.º 13513/2012, DR, 2.ª série, n.º 192 , de 3-10-2012 (ver Anúncio)
Despacho de homologação de 23-03-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer favorável de 11-06-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR,I.P.
Proposta de 15-05-2008 da DRC do Centro
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDe fundação setecentista, o convento de Santo António de Vila Cova de Alva foi edificado entre 1713, ano do lançamento da primeira pedra pelo Bispo-Conde D. António de Vasconcelos e Sousa, e 1723, remontando a 24 de Fevereiro desse ano a cerimónia de trasladação do Santíssimo Sacramento para a igreja (ANACLETO, 1996, p. 78). De acordo com a lápide do túmulo de Luís da Costa Faria, presente no transepto, é a este homem, natural de Arganil e que desempenhou cargos tão significativos como, entre outros, o de Desembargador da Casa da Suplicação, de Procurador Fiscal da Junta dos 3 Estados e de Juiz da Chancelaria e dos Contos do Reino, que se deve a instituição do convento e, ao que tudo indica, uma boa parte do montante gasto na sua edificação (IDEM, p. 80). Na verdade, a sua acção mecenática revelou-se noutras duas obras da região, a reforma da igreja matriz e a construção da ponte sobre o rio Alva (IDEM). Entrou para o convento em data incerta e aí veio a falecer no dia 19 de Abril de 1730.
Regressando às fases construtivas do complexo conventual, sabemos que os primeiros religiosos chegaram em 1712, instalando-se em casas próximas com o objectivo de orientar os trabalhos do novo edifício. Estas, decorreram céleres, cabendo a concepção do projecto a João Coelho Coluna, um frade ou leigo, natural de Alvite, que se encontra sepultado sob a galilé (IDEM, p. 78).
As dependências conventuais estruturavam-se em função do claustro, de planta quadrangular, e em torno do qual se desenvolviam a igreja, a Sala do Capítulo e outras dependências de cariz mais prático e uso comum, como o refeitório, a cozinha, a adega, a portaria e alguns arrumos. As celas situavam-se no andar superior, muito possivelmente a par de um hospício de que restam alguns vestígios (IDEM; p. 83). Esta reconstituição dos espaços originais é, hoje, muito dificultada pelas intervenções de que o conjunto foi objecto após a extinção das ordens religiosas, em 1834. Na verdade, o edifício, que já havia sofrido fortes danos com as Invasões Francesas, foi vendido em hasta pública no ano de 1841, tendo sido, a partir de então, objecto de remodelações constantes que o descaracterizaram profundamente.
O claustro, com cinco vãos e muro a suportar a colunata de capitéis toscanos e arquitrave, conserva a sobriedade original, apesar da adulteração do segundo registo, fechado por janelas.
A igreja, de planta cruciforme, conserva, no interior, o esplendor da talha dourada que caracterizou os espaços barrocos no nosso país, contrastando vivamente com a austeridade própria da Ordem, bem visível da arquitectura depurada do conjunto conventual. A fachada, em empena de cunhais rusticados rematados por pináculos, é aberta por um arco abatido, também rusticado, sobrepujado pelo janelão do coro, e por um óculo. O portal, de verga recta, exibe, sobre a cornija, um nicho decorado por enrolamentos. No interior, a austeridade arquitectónica, com cornija na nave, arcos de volta perfeita a marcar o transepto arco triunfal também de volta perfeita, e restantes vãos de verga recta é equilibrada pelos altares colaterais, de talha dourada de estilo nacional, pelas sanefas que rematam as imagens sobre o arco triunfal, pelas pinturas deste último, e pelo imponente retábulo-mor, da mesma época. No coro-alto destaca-se o cadeiral de duas ordens, em talha.
Uma última referência à cerca conventual, onde se conservam várias fontes e bicas de água, que convidavam à meditação e repouso.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens10
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventario Artistico de Portugal - Distrito de CoimbraGONCALVES, António NogueiraEdição1993Lisboa
ArganilANACLETO, ReginaEdição1996Kisboa
Inventario Artistico de Portugal - Distrito de CoimbraCORREIA, VergílioEdição1993Lisboa

IMAGENS

Convento de Santo António - Planta do imóvel e da ZEP homologada pelo SEC (só em vigor após publicação no DR)

Convento de Santo António - Fachada Poente/Norte

Convento de Santo António - Fachada lateral esquerda

Convento de Santo António - Fonte situada nas traseiras

Convento de Santo António - Torre sineira na fachada poente/sul

Convento de Santo António - Aspecto do claustro

Convento de Santo António - Igreja e escadaria

Convento de Santo António - Fachada principal da igreja

Convento de Santo António - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

MAPA

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