Ermida de Nossa Senhora da Guia | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Ermida de Nossa Senhora da Guia | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Ermida de Nossa Senhora da Guia (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Ermida | ||||||||||||
Tipologia | Ermida | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Albufeira/Guia | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Albufeira | ||||||||||||
Freguesia | Guia | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Anúncio n.º 13527/2012, DR, 2.ª série, n.º 195 de 9-10-2012 (ver Anúncio) Despacho de arquivamento de 27-09-2012 do diretor-geral da DGPC Parecer de 26-09-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor o arquivamento, por não ter valor nacional Nova proposta de 12-06-2012 da DRC do Algarve, retirando o antigo cemitério do âmbito da futura classificação Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Despacho de 24-11-2011 do director do IGESPAR, I.P.a devolver o processo à DRC do Algarve Parecer de 23-11-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor o envio do processo à DRC do Algarve para informação atual sobre o imóvel Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Devolvido pelo Ministério da Cultura ao IGESPAR, I.P. para reponderar a classificação por ser propriedade da Igreja Católica, não podendo por isso ser classificado como de IM Despacho de homologação de 1-08-1997 do Ministro da Cultura Parecer de 25-03-1997 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como VC Despacho de abertura de 28-08-1996 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 23-08-1996 da DR de Faro do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação Proposta de classificação de 8-07-1996 da CM de Albufeira | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | As origens desta pequena mas relevante ermida remontam ao final da Idade Média. De acordo com o Santuário Mariano, a devoção a Nossa Senhora existe na Guia desde o século XV, estando ainda muito mal esclarecidas as condições que propiciaram esse culto. Os vestígios materiais mais antigos que actualmente se conservam não confirmam essa ancestralidade, nem permitem supor de uma construção durante a primeira metade do século XVI. A fachada principal possui um portal de verga recta, amplamente moldurado e dotado de pequena cornija saliente, que parece ser maneirista, datando, portanto, da segunda metade do século XVI. Esta entrada é ladeada por duas janelas quadrangulares, de perfil idêntico ao do portal, e sobrepujada por um janelão de cornija ligeiramente mais pequena, denunciando provavelmente a sua feitura posterior. No interior, o arco triunfal é de volta perfeita e assente sobre impostas salientes e em pilastras de pendor levemente eruditizante, o que aponta também para uma edificação conotada com o estilo maneirista. No entanto, são bem mais numerosos os elementos barrocos do actual templo. O principal ponto de interesse reside no seu retábulo-mor, de estrutura tripartida marcada por quatro colunas pseudo-salomónicas, profusamente decoradas com as alusões vegetalistas e animalistas do Paraíso, e amplo coroamento semi-circular de perfil radiante (LAMEIRA, 2000, pp.141-142). No nicho central, exibe-se a imagem do orago, datável da segunda metade de Seiscentos, pelo que é de supor que este retábulo joanino tenha substituído outro anterior. Igualmente do século XVII é o revestimento azulejar, de padrão geométrico, que reveste as paredes do templo. No exterior, a secção superior da frontaria é do século XVIII, mas provavelmente posterior ao terramoto de 1755, que sabemos ter causado alguns danos ao templo. O seu perfil contracurvado, muito pouco harmonioso, é uma característica comum às apressadas obras de restauro que se seguiram ao cataclismo e que se testemunham um pouco por todo o Centro e Sul do país. Existem ainda algumas soluções artísticas e construtivas pouco comuns, embora de menor importância para a avaliação do templo. Na fachada principal, as duas molduras laterais do portal são encimadas por pequenas pilastras pontiagudas, a imitar pináculos, que aqui são literalmente espalmados contra a caixa-murária. Tratar-se-á de uma curiosa solução pós-terramoto, ou ainda mais recente, que teve o intuito de dotar maior monumentalidade e impacto cenográfico à frontaria, mas cujo resultado foi nitidamente contra-producente. Ao nível do coroamento, a frontaria é limitada por duas pequenas sineiras de arco único, recurso que teve também o intuito de dar maior monumentalidade a uma fachada que é exageradamente horizontalizante. Do lado Norte, a estrutura é amparada por quatro contrafortes angulares, eventualmente destinados a apoiar um original ou projectado abobadamento do corpo. Associada ao cemitério da localidade, com cuja capela a fachada principal do monumento se toca, formando uma massa arquitectónica de grande impacto monumental, embora de tendência horizontal, a pequena ermida de Nossa Senhora da Guia é um bom exemplar de arquitectura religiosa moderna do concelho, e evoca simultaneamente os principais momentos de apogeu artístico da província durante os séculos da Modernidade. Partindo de obscuras origens na Baixa Idade Média, os séculos XVII e XVIII conferiram-lhe o actual aspecto, a ponto de se instituir como um monumento incontornável na caracterização arquitectónica e religiosa do Algarve central. PAF | ||||||||||||
Processo | Coord. geog. (Lisboa Hayford Gauss IGeoE): 185000; 17000 | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário artístico do Algarve. A talha e a imaginária. vol. I (Concelho de Albufeira) | LAMEIRA, Francisco | Edição | 1989 | Portimão | |
Itinerário do Barroco no Algarve | LAMEIRA, Francisco | Edição | 1988 | ||
A talha no Algarve durante o Antigo Regime | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2000 | Faro | |
A freguesia da Guia. Estudo histórico | NOBRE, Idalina Nunes | Edição | 1993 | Albufeira |