Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palacete do Chafariz d'El-Rei
Designação
DesignaçãoPalacete do Chafariz d'El-Rei
Outras Designações / PesquisasPalacete das Ratas / Palácio das Ratas / Palacete do Chafariz dEl-Rey (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Santa Maria Maior
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Travessa do Chafariz D'El-ReiLisboa Número de Polícia: 4-6
LATITUDE LONGITUDE
38.709799-9.129549
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaSanta Maria Maior
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
CronologiaEdital n.º 219/2017, de 5-12-2017 da CM de Lisboa, publicado no Boletim Municipal N.º 1243 de 14-12-2017
Deliberação de de 29-11-2017 da CM de Lisboa, a aprovar a classificação como MIM
Edital n.º 35/2017, de 13-03-2017 da CM de Lisboa, publicado no Boletim Municipal N.º 1205 de 23-03-2017
Despacho de 23-02-2017 do Diretor Municipal de Cultura da CM de Lisboa a determinar a abertura do procedimento de classificação como de IM
Edital n.º 27/2016, de 12-01-2016 da CM de Lisboa, publicado no Boletim Municipal n.º 1143 de 14-01-2016
Despacho de 12-01-2016 do diretor municipal de Cultura a determinar o encerramento do procedimento de classificação como de IM
Edital n.º 61/2006, de 21-08-2006 da CM de Lisboa, publicado no Boletim Municipal n.º 659 de 6-10-2006
Despacho de 23-06-2006 do Vereador da Cultura da CM de Lisboa a determinar a abertura do procedimento de classificação como de IM
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
O Palácio das Ratas, mais conhecido por Palacete do Chafariz d'El Rei por se encontrar parcialmente assente neste importante monumento classificado com origens medievais, integra-se na malha urbana do bairro de Alfama, numa posição altaneira de onde ainda hoje é possível avistar o rio Tejo.
De planta retangular e volumetria escalonada, o palacete possui cinco pisos sendo que dois se encontram semienterrados. Articulando dois volumes onde um deles integra um mirante destacado e virado ao rio, este Palácio destaca-se, desde logo, pela diversidade de vãos e pelo tipo de revestimento utilizado nas fachadas - cantaria de aparelho ciclópico irregular com algumas pedras de tom vermelho unidas por juntas de argamassa da mesma cor.
Outro elemento que enriquece o conjunto edificado é um pequeno jardim situado numa plataforma sobranceira ao chafariz. No corpo Este, de quatro pisos, o andar térreo avançado é rematado, ao nível do primeiro andar, por uma cobertura em terraço articulada com balaustrada em cantaria que serve de varanda a uma janela de sacada. Ainda no mesmo setor é possível observar, no último piso, uma varanda protegida por guarda metálica de varas. Do lado contrário, a Oeste, observa-se uma guarita de planta circular e cobertura em coruchéu cónico.
Relativamente ao interior, merece especial atenção a galeria de triplo pé-direito e cobertura em claraboia de vidros coloridos. Esta galeria desenvolve-se em função de eixo longitudinal definido pelo acesso principal prologando-se, depois, até ao alçado posterior. Dos lados Oeste e Este, desenvolvem-se duas escadas em caracol que asseguram o acesso a todos os pisos e que, no caso da do lado Oeste, se articula com a entrada.
É igualmente de destacar as soluções decorativas de alguns compartimentos contíguos à galeria articulados entre si por meio de uma porta com características Arte Nova onde se destacam, também, os vidros pintados. Entre os compartimentos com maior exuberância decorativa encontra-se um antigo salão com colunas de fuste canelado e paredes animadas por espelhos e emolduramentos em boiserie , para além dos tetos decorados com medalhões pintados. Outros espaços, como um antigo escritório com paredes e teto decorado a estuque de gosto neoárabe, uma casa de fresco com cascata, uma antiga biblioteca e sala de jantar com aplicação de embrechados cerâmicos nas paredes, completam este interessante conjunto de elementos decorativos que remetem para uma gramática típica do estilo eclético.
Igualmente nesta antiga residência apalaçada é possível registar a presença de uma capela que corresponde a um compartimento com planta retangular situado ao nível do primeiro piso. No seu interior destaca-se um retábulo com espaldar em talha pintada com marmoreados cujo remate, em cornija, é suportado por balaústres de madeira.
Independentemente dos diferentes usos a que esteve sujeito, o palácio continua a ser um interessante exemplo de uma residência burguesa da Lisboa da passagem do século, ostentando soluções arquitetónicas e decorativas singulares e de grande interesse cultural. Para além disso, é de salientar a sua estreita relação com outro monumento - Chafariz d'El Rei - bem como a sua integração no Bairro de Alfama, um dos espaços da cidade mais relevantes do ponto de vista patrimonial.

História
Antes de 1755, no local onde hoje se ergue o Palácio do Chafariz d'el Rei, existiu um edifício que pertenceu ao Marquês de Angeja mas que ruiu completamente com o terremoto. Entre 1872 e 1909 o palácio esteve na posse de emigrantes brasileiros (João António dos Santos e Augusto Vítor dos Santos) tendo depois, na década de 30 do século XX, sido vendido a Armando Dias da Cruz. Atualmente o edifício é utilizado como "Hotel de Charme".

Maria Ramalho/DGPC/2017, com base em SIPA - IPA nº 00011848
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCastelo de São Jorge e resto das cercas de LisboaChafariz D'El Rei, incluindo as estruturas hidráulicas conexas (reservatório, cisterna e mina de água)
Outra Classificação
Nº de Imagens3
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Palacete do Chafariz d'El-Rei, fachada principal virada a sul.

Palacete do Chafariz d'El-Rei (Lisboa). AnaTeresa Henriques, 2017.

Palacete do Chafariz d'El-Rei (Lisboa). AnaTeresa Henriques, 2017.

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt