Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Vila Francelina
Designação
DesignaçãoVila Francelina
Outras Designações / PesquisasVila Francelina (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaAveiro/Albergaria-a-Velha/São João de Loure e Frossos
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Estrada Nacional 230 - 2Frossos Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.66558-8.550091
DistritoAveiro
ConcelhoAlbergaria-a-Velha
FreguesiaSão João de Loure e Frossos
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
CronologiaEdital de 22-09-2011 da CM de Albergaria-a-Velha, publicado no Diário de Aveiro de 28-09-2011
Deliberação camária de 17-08-2011 determinou a classicação como MIM da Vila Francelina
Edital 106/2009 de 8-07-2009 da CM de Albergaria-a-Velha
Deliberação camarária de 2-05-2002 determinou a abertura do procedimento para classificação da Quinta da Vila Francelina
Despacho de encerramento de 14-09-2009 do director do IGESPAR, I.P.
Proposta de encerramento de 9-09-2009 da DRC do Centro, por não ter valor nacional
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
A Vila Francelina está integrada numa quinta, com o mesmo topónimo, localizada na aldeia de Frossos, concelho de Albergaria-a-Velha. O imóvel, uma moradia unifamiliar, foi construído entre os últimos anos do século XIX e o final da primeira década do século XX.
A casa, implantada num socalco superior da propriedade, desenvolve-se numa planta retangular dividida em três andares com entrada voltada a oeste, estando circundada por um espaço de exploração agrícola e uma área florestal. Da propriedade fazem parte duas garagens, uma eira com alpendre, os antigos anexos agrícolas e de resguardo de animais, bem como uma mina de água e um poço para abastecimento da habitação e rega dos campos, respetivamente.
A fachada principal da Vila é precedida por escadas e pátio, apresentando-se marcada por três panos, o do centro ligeiramente destacado. No andar térreo rasga-se a porta de entrada, retangular, ladeada por duas janelas. No piso intermédio abre-se no espaço central uma janela tripartida por colunelos, que no meio forma um balcão com guarda de ferro, sob o qual foi colocado um friso de azulejos Arte Nova polícromos com motivos florais. Esta composição é também ladeada por duas janelas, a da direita decorada inferiormente por um painel azulejar com o nome da habitação, VILA FRANCELINA. O último pavimento, que corresponde ao sótão, exibe janela com varanda de ferro e balcão de pedra, assente sobre cachorros. As fachadas laterais e posterior são marcadas pela abertura de janelas, dispostas a espaços regulares.
O interior da casa exibe um interessante programa decorativo, composto sobretudo por pinturas murais, distribuídas pelos espaços de lazer, como o átrio, as salas de visitas e de jantar, representando paisagens (algumas onde se reconhecem povoações portuguesas, como a Murtosa e Leiria) enquadradas por motivos vegetalistas e zoomórficos. Os pisos são maioritariamente pavimentados com mosaico hidráulico, havendo espaços nobres assoalhados com composições de madeira. Os espaços de serviço, como a cozinha, mantêm o mobiliário e os azulejos originais.

História
Edificada entre 1897 e 1905, a Vila Francelina é um exemplar de moradia apalaçada mandada construir por um brasileiro de torna-viagem, Joaquim Nunes Sequeira, natural de Frossos, industrial da panificação que havia estado emigrado no Brasil durante alguns anos.
O imóvel é um exemplar da arquitetura eclética da região de Aveiro, juntando uma estrutura de chalet a um programa decorativo onde se integram elementos classicistas, como o balcão da fachada, claramente neo-renascentista, e motivos ornamentais Arte Nova, de que são exemplo os azulejos que adornam também o frontispício, executados na Fábrica Aleluia de Aveiro, e as pinturas do interior.
A autoria do projeto é atribuída a Ernesto Korrodi, em parceria com Francisco da Silva Rocha, justificada pela amizade do proprietário com o primeiro e pelas semelhanças da Vila Francelina com obras como o Restaurante Ferro e a Casa Pompeu Osório, da autoria do segundo (Oliveira: 2011, p. 50). No entanto, esta autoria carece de confirmação documental.
Atualmente, e depois de ter sido objeto de obras de recuperação e adaptação, que procuraram manter a traça original e os elementos Arte Nova que caracterizam o imóvel, a Vila Francelina integra uma unidade de turismo rural. O imóvel foi classificado como de interesse municipal em 2011.
Catarina Oliveira
DGPC, 2017
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens3
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de AveiroGONCALVES, António NogueiraEdição1959Lisboa
Arquitecturas marcantes da região de Aveiro na viragem do século. Que futuro para o património construído na região de Aveiro? Tese de mestrado.OLIVEIRA, Nélia Martins de AlmeidaEdição2011Coimbra

IMAGENS

Vila Francelina - Planta de localização

Vila Francelina - Vista geral

Vila Francelina - Planta com a delimitação do imóvel classificado

MAPA

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