Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Colégio das Freiras
Designação
DesignaçãoColégio das Freiras
Outras Designações / PesquisasCasa na Rua Marquês de Ávila e Bolema, n.º 140 / Infantário das Doroteias / Colégio das Freiras (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCastelo Branco/Covilhã/Covilhã e Canhoso
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Marquês D'Ávila e BolamaCovilhã Número de Polícia: 140
LATITUDE LONGITUDE
40.278308-7.503391
DistritoCastelo Branco
ConcelhoCovilhã
FreguesiaCovilhã e Canhoso
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaBoletim Municipal N.º 16, de 31-07-2008
Deliberação camarária de 18-07-2008 a determinar a classificação como de IM
Despacho de encerramento de 26-05-2008 do director do IGESPAR, I.P., por não ter valor nacional
Informação favorável de 13-05-2008 da DRCCentro, sob proposta da Delegação de Castelo Branco
Pedido de parecer de 21-02-2008 da CM da Covilhã sobre a eventual classificação como de IM
Deliberação camarária de 7-12-2007 a determinar a abertura para IM
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Situado a sul da zona antiga da Covilhã, o edifício que hoje alberga o colégio da Fundação da Imaculada Conceição das Irmãs Doroteias surge destacado junto a uma das mais importantes vias da cidade, a rua Marquês d'Ávila e Bolama. Apesar do acesso principal se efetuar por essa estrada, a fachada posterior usufrui de belas vistas sobre um vale profundo. O desnível existente no terreno onde foi implantado o edifício foi vencido pela construção de um belo muro em silhares de granito. Tendo em conta a diferença de cotas, o alçado orientado ao vale apresenta três pisos, enquanto a frontaria, virada à cidade, é de apenas um andar.
Refira-se que o entorno deste relevante imóvel é bastante afetado pela presença das designadas "Galerias de São Silvestre", um prédio de grandes dimensões que não se enquadra na arquitetura da zona onde ainda subsistem interessantes exemplares de finais do século XIX, inícios do século XX.
A planta do edifício é retangular de um único volume surgindo, adoçado à fachada oeste, construções de épocas posteriores. É também nesta zona que se observa uma janela cega, certamente resultado de adaptações do espaço, permanecendo ainda o portão original em ferro forjado com motivos vegetalistas estilizados que daria acesso à propriedade.
As fachadas em branco são percorridas por um embasamento em cantaria de grande dimensão que se liga, de forma harmoniosa, aos cunhais apilastrados no mesmo tipo de pedra, originando assim um interessante contraste. Igualmente em cantaria à vista surgem as molduras dos vãos e as guardas plenas das janelas de sacada. No entanto, o elemento de maior destaque deste imóvel é, sem dúvida, o remate das fachadas principais em ameias de cerâmica branca com formato de flor-de-lis.
Igualmente interessante é o desenho dos vãos existentes na frontaria com um portal de entrada em arco de volta perfeita, ladeado por oito janelas, duas de sacada com mesmo desenho do portal, e seis de peitoril em arco abatido com pano de peito em cantaria almofadada e pequena grade de ferro. Sob cada uma destas janelas de peitoril existem, também, pequenos vãos retangulares protegidos por grades. De destacar o esmero das caixilharias ovaladas de madeira todas elas com bandeira no mesmo formato.
A fachada posterior de três pisos possui, ao nível térreo, um portão em arco de volta perfeita, portas de verga reta e janelas de peitoril com molduras simples. No segundo piso abrem-se dez janelas de peitoril e moldura simples, enquanto o terceiro andar ostenta, ao centro, duas janelas de sacada em arco abatido com guarda em ferro, e oito janelas de peitoril igualmente em arco abatido e molduras simples que se prolongam em falsos brincos.

História
O edifício, inicialmente destinado a habitação, foi mandado construir no século XIX por José Maria da Silva Campos Melo (1808-1866), descendente de uma família que se destacou durante a guerra civil pelo apoio dado à causa liberal, e uma das figuras mais marcantes da história da Covilhã dado o papel que teve no desenvolvimento da indústria têxtil e de lanifícios. Refira-se que foi José Melo que adquiriu o importante complexo industrial situado nas margens da Ribeira da Carpinteira, com origens no século XVII, designado como "Fábrica Velha".
Este industrial, para além do edifício do atual colégio, construiu na mesma rua outro importante imóvel, a "Casa Mourão", que se encontra igualmente classificado.
Após o regresso das Irmãs Doroteias à Covilhã em 1928, foi necessário encontrar um espaço para a instalação desta instituição religiosa dedicada ao ensino infantil, algo que foi conseguido com o apoio popular. Refira-se que o antigo colégio tinha sido encerrado devido às convulsões políticas que se seguiram à implantação da República e, depois de encontrado o novo espaço, aqui se mantém até à atualidade, fornecendo serviços de creche, jardim de infância e atividades de tempos livres.

Maria Ramalho/DGPC/2020.
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Colégio das Freiras - Vista geral nos anos 60

Colégio das Freiras - Vista aérea do centro da cidade com localização e enquadramento do imóvel

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt