Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Centro Histórico de Évora
Designação
DesignaçãoCentro Histórico de Évora
Outras Designações / PesquisasNúcleo urbano da cidade de Évora / Centro Histórico de Évora / Núcleo intramuros de Évora (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Évora Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.572157-7.908406
DistritoÉvora
ConcelhoÉvora
FreguesiaÉvora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaMN ao abrigo do art.º 15.º, n.º 7, da Lei n.º 107/2001, de 8-09-2001 (por ter sido inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO em 1986) (ver Lei)
Inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO na 10.ª sessão do Comité do Património Mundial da UNESCO, em Novembro de 1986 (ver Descrição)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património MundialInscrito na Lista da UNESCO
Património Mundial DesignaçãoCentro Histórico de Évora
Cadastro
AFECTACAO9914631
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO núcleo primitivo da actual cidade de Évora, localizado no topo de uma larga e suave colina sobranceira à planície alentejana, era já uma povoação importante quando foi conquistada pelos Romanos. O seu nome lusitano era Eburobrittium, provavelmente relacionado com a divindade celta Eburianus. Depois de concluída a conquista romana da Península, em 60 a.C., Júlio César refunda a cidade como Liberalitas Júlia, ainda que segundo Plínio-o-Velho (História Natural), Évora tenha sido chamada igualmente de Ebora Cerealis, nome que terá mantido durante o período da República romana.
Évora adquiriu grande importância nesta época, conservando ainda muitos e importantes vestígios arquitectónicos que o testemunham, como o Templo de Diana, de finais do séc. II, vários troços da muralha primitiva, incluindo o Arco Romano de D. Isabel, e ainda as ruínas das termas, sob o edifício da Câmara Municipal. A primeira cerca de Évora data justamente do período romano, mais concretamente do século III; depois de concluída, abrangia uma área de c.10 ha e estendia-se por uma extensão de quase dois mil metros, circundando a parte mais alta da cidade, onde hoje se situa a Sé Catedral. O núcleo intramuros da cidade mantém a mesma área desde o domínio romano, o que é sem dúvida raro.
Com a nova vaga de invasões bárbaras que acabaria por desintegrar o Império Romano, Évora caiu sob o domínio visigodo, e no século IV a cidade era já sede de um bispado. São muito parcos os vestígios arqueológicos desta época, ainda que abundem lendas a ela alusivas, como a da Torre dita de Sisebuto, monarca visigótico (Torre quadrangular). O mesmo se passa com o domínio islâmico, a partir de 715 d.C. ainda que neste período Évora tenha indubitavelmente recuperado importância política e económica. É difícil adivinhar a topografia da Évora islâmica, embora deva datar de então a construção do castelo, hoje irremediavelmente transformado, a reconstrução das muralhas, e diversas alterações na malha urbana, mesmo que parte considerável da população estivesse concentrada nos arrabaldes extra-muros. Mantiveram-se pelo menos uma série de topónimos, como o bairro da Mouraria.
Évora foi tomada aos árabes por Geraldo Sem Pavor em 1166, e teve foral concedido por D. Afonso Henriques no ano seguinte. A magnífica Sé Catedral, que coroa o recorte da cidade, sucedeu a um modesto templo primitivo, e foi erguida a partir dos primeiros anos do século XIII. Tudo aponta para que a cerca medieval de Évora tenha sido levantada no reinado de D. Afonso IV. O burgo havia crescido em importância e área urbana, com novos bairros surgidos em torno do antigo centro de origem romana e islâmica. As obras foram concluídas apenas no reinado de D. Fernando, razão por que é conhecida como cerca fernandina. Esta estrutura mantém-se nas suas linhas essenciais, com troços bastante bem conservados. A cidade foi eleita por vários reis de Portugal para sede da corte, e foi sendo enriquecida com grandiosos palácios e obras públicas. Em 1551 foi fundada a universidade. No século XVII, a Guerra da Restauração obrigou à modernização das fortificações, construindo-se então alguns baluartes.
O Centro Histórico de Évora ocupa uma área de c.107 hectares, e a linha de muralhas medievais tem uma extensão de mais de 3 km, formando uma cinta que guarda uma sucessão de construções levadas a cabo no decurso de quase dois milénios de história. Os maiores monumentos destacam-se entre o casario caiado de branco, pontuado por azulejos e varandas de ferro forjado. Da Praça do Giraldo divergem as vias principais, em estrutura radial, que convivem com ruelas estreitas, becos, travessas, pequenos pátios, hortas e jardins, e desembocam em largas praças cheias de luz. Este conjunto urbano único, e conservando boa parte da sua integridade original, foi inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO em 1986.
Sílvia Leite / DIDA - IGESPAR, I.P. / 2010
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Achados Islâmicos e Mudéjares no Centro Histórico de Évora", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 4, 2000, pp. 219 - 236PAULO, Luís CamposEdição2000Évora
"Évora 20 Anos de Património Mundial - Um Balanço: Contributo para a Avaliação do Impacto da Classificação na Cidade", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 7, 2007, pp. 23-46MIRANDA, EduardoEdição2007Évora
"Évora: a cidade e o futuro do centro histórico", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 5, 2001, pp. 359 - 360LOPES, NunoEdição2001Évora
"Évora: a cidade e o futuro do centro histórico", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 5, 2001, pp. 359 - 360MENESES, Ruben deEdição2001Évora
"Preservar e Divulgar o Centro Histórico de Évora", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 5, 2001, pp. 501 - 502BORGES, Ana Maria de MiraEdição2001Évora
Portugal, Património Mundial - Objectos singulares, objectos universaisPEREIRA, PauloEdição2001Lisboa
Portugal, Património Mundial - Objectos singulares, objectos universaisSANTANDREU, RobertoEdição2001Lisboa
Portugal, Património Mundial - Objectos singulares, objectos universaisNASCIMENTO, José CarlosEdição2001Lisboa

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