Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Balneário Termal das Caldas da Felgueira
Designação
DesignaçãoBalneário Termal das Caldas da Felgueira
Outras Designações / PesquisasTermas das Caldas de Felgueiras (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViseu/Nelas/Nelas
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Avenida António MarquesCaldas da Felgueira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.488848-7.864058
DistritoViseu
ConcelhoNelas
FreguesiaNelas
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
CronologiaEdital n.º 159/2018, DR, 2.ª série, n.º 28, de 8-02-2018 (ver Edital)
Deliberação de 27-12-2017 da CM de Nelas a determinar a classificação como MIM
Em 14-12-2017 foi dado conhecimento do despacho à CM de Nelas
Despacho de concordância de 13-12-2017 da diretora-geral da DGPC
Informação favorável de 5-12-2017 da DRC do Centro
Novo pedido de parecer de 3-10-2017 da CM de Nelas sobre a classificação como MIM
Edital n.º 761/2017, DR, 2.ª série, n.º 189, de 29-09-2017 (abertura do procedimento de classificação como MIM) (ver Edital)
Pedido de parecer de 27-07-2017da CM de Nelas sobre a classificação como de IM
Deliberação de 28-06-2017 da CM de Nelas a determinar a abertura do procedimento de classificação como de IM
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Localizado no centro da povoação com que partilha a mesma toponímia, o Balneário Termal das Caldas da Felgueira corresponde ao edifício original das termas da Felgueira, erigido em finais do século XIX junto à nascente do Vale de Madeiros, e destinada a doenças de pele.
O edifício original foi profundamente transformado por obras de renovação realizadas na década de 90 do século XX. O projeto implicou a total demolição do espaço interior, no intuito de ampliar e modernizar a área de tratamentos, mantendo apenas as fachadas.
Os frontispícios mantêm o traçado de gosto revivalista, marcado por ameias de coroamento das estruturas e pelo aparelho de pedra de corte geométrico, que recria o rusticado da arquitetura classicista, nos cunhais do edifício e nas molduras de portas e janelas.
Originalmente, o edifício desenvolvia-se numa planta simétrica dividida em três corpos, um central e dois laterais, cuja disposição apresentava uma notória distinção do estatuto social dos utentes, já que existiam "entradas distintas para cada estatuto social" (Coimbra: 2012, p. 74). Integrava uma torre central de três pisos, com depósito de água, e os dois corpos laterais de dois registos, com espaços para homens e senhoras, escritórios para serviços e gabinetes do pessoal médico, e os espaços dos banhos, com banheiras e duches, divididos por cinco classes.
História
A nascente da Felgueira foi citada pela primeira vez nas Memórias Paroquiais de 1758 que, apesar de não fazerem menção à povoação, referiam uma "nascente quente e sulfúrica no limite do lugar de Vale de Madeiros".
Porém, somente no início do século XIX é que as águas começaram a ser aplicadas no tratamento de doentes que sofriam de males de pele, levando consequentemente à edificação das primeiras casas em torno do manancial.
Depois de feitas algumas análises à qualidade das águas, estas foram reconhecidas na Exposição Universal de Paris de 1867, sendo comprovado que, para além das afeções da pele, as mesmas beneficiavam a cura de doenças musculares, do aparelho respiratório e do aparelho circulatório.
No ano de 1882 foi constituída a Companhia das Águas Medicinais da Felgueira, para a exploração do local, datando de 1883 as primeiras plantas do projeto do Balneário, assinada pelo arquiteto Rodrigo Maria Berquó, autor dos Pavilhões do Parque das Caldas da Rainha.
A partir de 1886 a Companhia das Águas Medicinais da Felgueira passava a designar-se Nova Companhia do Grande Hotel Club das Caldas da Felgueira, tendo sido então edificado o Grande Hotel das Caldas da Felgueira.
Em 1995 a empresa proprietária iniciou as obras de remodelação das termas, optando por destruir o interior do edifício projetado por Berquó, para que o espaço original do Balneário pudesse ser ampliado e adaptado a novas tecnologias, mantendo apenas as fachadas exteriores e respetiva fenestração.
O imóvel foi classificado como de interesse municipal em 2018.
Catarina Oliveira
DGPC, 2018
ProcessoLisboa: A1 Coimbra Norte; IP3 Rojão Grande; EN 234 Canas de Senhorim; EM C. Felgueira;
Porto: A1 Albergaria-a-Velha; IP5 Mangualde; EN 234 Canas de Senhorim; EM C. Felgueira.
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens9
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Termas da Curia: abordagem da arquitectura termal. Tese de mestrado.COIMBRA, Ana Rita FreireEdição2012Lisboa
"Cronologia"PINTO, Helena GonçalvesEdição1997in Caldas da Felgueira: Memórias e Testemunhos. Companhia das Águas Minero-Medicinais da Felgueira, 1997 (não editado)
A Estância Termal das Caldas da FelgueiraMANGORRINHA, JorgeEdição1997Caldas da Felgueira: Memórias e Testemunhos. Companhia das Águas Minero-Medicinais da Felgueira, 1997 (não editado)

IMAGENS

Termas da Felgueira - Interior do Balneário: sala de repouso

Termas da Felgueira - Buvette

Termas da Felgueira - Balneário (reprodução de autor desconhecido)

Termas da Felgueira - Interior do Balneário: rampa

Termas da Felgueira - Interior do Balneário: corredor de banhos

Termas da Felgueira - Balneário: articulação exterior de corpos

Termas da Felgueira - Fonte das Águas Frias: fachada lateral

Termas da Felgueira - Hotel: vista geral

Termas da Felgueira - Interior da buvette

MAPA

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