Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Quinta da Vitória
Designação
DesignaçãoQuinta da Vitória
Outras Designações / PesquisasQuinta da Vitória (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViseu/Nelas/Canas de Senhorim
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- --Urgeiriça Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoViseu
ConcelhoNelas
FreguesiaCanas de Senhorim
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaEdital da CM de Nelas, publicado no jornal "Folha do Centro-Nelas", de 22-01-2007 e no "Jornal do Centro-Viseu", de 26-01-2007
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Localizada junto aos rios Dão e Mondego, na freguesia de Canas de Senhorim, a Quinta da Vitória corresponde a um conjunto edificado dividido em dois núcleos distintos, que distam cerca de 150 metros, ligando-se pelo caminho que percorre todo o interior da cerca da propriedade.
O primeiro núcleo é composto pela casa principal, com jardins nivelados, um pequeno lago artificial, garagem, piscina e respetivo anexo. O segundo núcleo abrange a designada casa do caseiro e um depósito para lenha.
A casa principal apresenta uma estrutura-modelo que mistura o granito característico da zona com os elementos típicos da Casa Portuguesa, como a cobertura em telha com beiral e parte da fachada pintada de branco, conservando a essência da sua estrutura original, com porta de moldura simples encimada por arco, chaminé, varanda "beirã" e alpendre.
A casa do caseiro recria a arquitetura típica das Beiras, composta por dois pisos, o térreo com curral e lagar, o superior destinado à cozinha e quartos, possuindo também um alpendre.
História
A Quinta da Vitória foi construída na década de 30 do século XX, situando-se a poucos quilómetros do Hotel da Urgeiriça, uma estância de veraneio muito procurada à época. O proprietário, Dr. Morgado, natural do Porto, decidiu adquirir os terrenos nas cercanias do hotel, para edificar uma casa de férias, à qual deu o nome da mulher.
O projeto da quinta foi executado pelo arquiteto Leonardo R. C. de Castro Freire, que nas décadas seguintes viria a realizar diversas obras, nomeadamente o Cinema Palácio, em Viana do Castelo, o Posto Fronteiriço de Vilar Formoso, o Tribunal de Pombal, e um aglomerado de prédios na Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa, pelo qual viria a receber o Prémio Valmor em 1970.
Esta casa de veraneio apresenta um gosto muito em voga na primeira metade do século XX em Portugal, recriando os modelos tradicionais da Casa Portuguesa e adaptando-os a uma tipologia mais rural, à semelhança do que acontecia com as Pousadas Regionais construídas na época por ordem de António Ferro, que eram desenhadas de forma a identificarem-se com o "estilo" de cada região (FERNANDES: 2003, p. 62).
Depois de ter mudado de proprietários por duas vezes, a Quinta da Vitória foi votada ao abandono depois de 1975, o que contribuiu para a ruína de parte da estrutura interior.
Atualmente, António Augusto Dias de Oliveira é o dono do imóvel, tendo apresentado, em 2003, a proposta de classificação da quinta, então muito deteriorada, tendo como objetivo recuperar o espaço e transformá-lo numa unidade de turismo rural.
O imóvel foi classificado como de interesse municipal em 2007.
Catarina Oliveira
DGPC, 2019
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Português Suave - Arquitecturas do Estado NovoFERNANDES, José ManuelEdição2003LisboaEnsaio que evidencia a diversidade e a qualidade internacionalizada das propostas modernas da arquitectura portuguesa do século XX. Aqui recupera-se criticamente muitos dos modelos historicistas e totalitários dos programas oficiais do regime, na metrópole e nas antigas colónias.

IMAGENS

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