Palácio Barahona | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Palácio Barahona | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa Ramalho / Palacete José Maria Ramalho / Palácio Barahona / Palacete José Maria Ramalho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||
Freguesia | Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Procedimento encerrado / arquivado (processo individual). Abrangido em conjunto protegido | ||||||||||||
Cronologia | Despacho de encerramento de 4-11-2008 do director do IGESPAR, I.P. Proposta de encerramento de 23-10-2008 da DRC do Alentejo | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | Abrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN | ||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O Palácio Barahona situa-se em Évora, ao fundo da Rua do Paço, hoje Rua da República, sobre a porta terminal do baluarte do Príncipe, junto à Porta do Rossio de São Brás. Tendo perdido a sua vocação inicial, continua, contudo a destacar-se na paisagem urbana, pela sua dimensão, arquitectura e até pelo colorido que imprime, rompendo com o tradicional branco da arquitectura alentejana e utilizando actualmente o verde e no início o rosa. Mandado construir em 1858 por um abastado lavrador alentejano - José Maria Ramalho Diniz Perdigão e sua mulher Inácia Angélica Fernandes, em meados do século XIX, deve a sua designação ao Dr. Francisco Barahona que, após a morte do seu promotor, casa com a viúva e passará a ser o seu novo proprietário. Este imóvel traz para Évora um novo gosto, pondo-a a par do que se fazia nos grandes centros urbanos - parece estar a gente em Lisboa quando se sai do Passeio e se vê a casa do Ramalho em frente, refere em 1867 Carlos Basto, o autor de Viagem a Évora e Beja. O italiano Giuseppe Cinatti, com prática e gostos de cenógrafo foi o arquitecto escolhido; aliás, Cinatti teve um papel preponderante na renovação urbana e no restauro do património eborense. Neste palacete, urbano e burguês, utilizará uma linguagem artística romântica, ecléctica, de cariz italianizante, algo depurada, nomeadamente ao nível da fachada, onde o ritmo das janelas faz lembrar os palácios italianos; contudo, aliará elementos mouriscos e de tradição arquitectónica da região no que toca, nomeadamente, à concepção do pátio interior, ajardinado, a partir do qual se faz a distribuição dos espaços, ou ao mirante. Muito ao gosto da época, adaptaram peças arquitectónicas oriundas de outros monumentos desta cidade, destacando-se duas magníficas peças provenientes do Convento do Espinheiro, um portal de mármore rococó de exuberante decoração, colocado nos jardins do baluarte e uma gárgula, adaptada a tanque, nos mesmos jardins. A par da arquitectura, as preocupações de conforto e decorativas foram também dominantes neste empreendimento. No que toca a conforto e a título de exemplo, refira-se que foi um dos primeiros edifícios da cidade a ser iluminado. Quanto à decoração, destaque-se desde logo o contributo dado por alguns dos pintores mais conceituados deste período: António Carneiro e António Ramalho. Para além da pintura, os estuques decorativos e até as madeiras do soalho demonstram o gosto e o requinte deste palacete. Em meados do século XX, esta magnífica residência foi adquirida pela Companhia de Seguros A Pátria, posteriormente Mundial Confiança e a partir de 2004 pela Fidelidade Mundial; porém apesar de perdida a sua primitiva função, as intervenções feitas têm tentado interferir o mínimo possível no edifício. Ana Maria Borges, 2008 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1966 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
Viagem a Beja e Évora | BASTO, Carlos Vieira de Sousa | Edição | 1867 | ||
Giuseppe Cinatti (1808/1879). Percurso e Obra, dissertação de Mestrado em História de Arte | LEAL, Joana Esteves da Cunha | Edição | 1996 | Lisboa |
Vista geral do imóvel
Planta de localização