Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de São Mamede
Designação
DesignaçãoIgreja de São Mamede
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial de São Mamede / Igreja de São Mamede (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo Dr. Evaristo CutileiroÉvora Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoÉvora
ConcelhoÉvora
FreguesiaÉvora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Proteção
Situação ActualProcedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoProcedimento encerrado / arquivado (processo individual). Abrangido em conjunto protegido
CronologiaDespacho de encerramento (processo individual) de 28-11-2008 do director do IGESPAR, I.P., por o imóvel se encontrar abrangido em conjunto protegido
Proposta de classificação de 21-07-2006 de particular
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património MundialAbrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA igreja de São Mamede é uma das igrejas paroquiais mais antigas de Évora, com existência comprovada documentalmente desde o início do século XIV.
Porém, no século XIII, há já referências documentais ao arrabalde de São Mamede, sendo que esta foi a primeira paróquia fora dos antigos muros da cidade, apesar de muito próximo destes; situada a norte, numa zona simultaneamente cristã e muçulmana, já que era a zona da mouraria, demonstra o crescimento eborense ao longo da época medieval.
O primitivo templo medieval sofreu completa remodelação no reinado de D. João III, em meados do século XVI, perdendo a sua feição gótica. Esta igreja apresenta uma tipologia arquitectónica que alia elementos da arquitectura maneirista e da arquitectura chã, como aliás ocorre frequentemente na arquitectura portuguesa deste período.
Desconhecemos o autor do risco; porém pela erudição de alguns elementos e desde logo pela galilé que a antecede, de clara influência serliana, poderemos levantar a hipótese de Diogo de Torralva, o melhor leitor de Serlio, mestre das obras da comarca do Alentejo e paços de Évora, ter sido o autor do risco.
A igreja apresenta uma planta rectangular, de uma só nave e capela-mor; de ambos os lados da capela-mor, rasgam-se capelas, de feição quadrada, cobertas por cúpulas. A nave é coberta por abóbada polinervurada, característica do tardo-gótico e muito presente ainda ao longo do século XVI, na arquitectura alentejana.
Exteriormente, apresenta, como já referido, um nartex, de mármores coloridos, maneirista; a fachada é rematada, superiormente, por frontão triangular. Lateralmente, a nave é amparada por contrafortes rectangulares, apresentando da banda ocidental torre campanário modernizada.
Interiormente alberga um notável conjunto de azulejaria seiscentista, bem como intensa pintura mural barroca, a decorar a abóbada. O coro era também coberto por pintura mural, que lamentavelmente se perdeu.
Tapetes azulejares, de grande intensidade cromática e decorativa cobrem praticamente o interior do templo, do rodapé até à cimalha; são utilizadas composições de brutescos e de padrão, onde se destacam os de maçaroca, de grande originalidade e raridade, pois ao invés do que acontece frequentemente, utilizam o esmalte verde, bastante mais raro na azulejaria portuguesa do século XVII.
A decoração do templo completa-se com a pintura mural, decorativa de brutesco que reveste a abóbada, datada de 1691, provavelmente ligada à oficina do pintor eborense Lourenço Nunes Varela; muito ao gosto da época dominam laçarias, arabescos, serafins, aves, flores, frutos, máscaras que envolvem medalhões centrais ornamentados com o Cálice, a Hóstia Sagrada, emblemas alusivos a S. Mamede, de grande cenografia e cromatismo intenso.
O retábulo do altar-mor de mármores de vários tons é obra tardia, já do período neoclássico.
Nos anexos deste templo, a Sala da Confraria do Santíssimo Sacramento apresenta o conjunto talvez mais interessante da azulejaria do templo, da autoria de Gabriel del Barco, conforme confirmação de Paulo Valente. Revestindo totalmente as paredes da sala, vários painéis figurativos azuis e branco narram cenas bíblicas, destacando-se Moisés fazendo brotar a água da rocha, ou o Filho Pródigo e o Regresso do Filho Pródigo, de grande expressividade, rigor de desenho e variedade de tons de cobalto, resultando num conjunto de grande monumentalidade barroca.
Ana Maria Borges, 9/9/2008
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Fachada principal

Vista parcial da fachada principal

Vista lateral direita

Vista do interior

Planta de localização

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